Os preços médios do açúcar cristal seguiram em alta no mercado spot do estado de São Paulo na última semana oficial da entressafra 2021/22. De acordo com dados do Cepea, de 28 de março a 1º de abril, a média do Indicador CEPEA/ESALQ, cor Icumsa de 130 a 180, foi de R$ 141,58/saca de 50 kg, avanço de 1,51% em relação à da semana anterior (de R$ 139,47/sc). Pesquisadores afirmam que a sustentação dos preços tem sido atribuída a estoques limitados do cristal Icumsa até 180 nas usinas. A demanda, por sua vez, não tem dado sinais de aquecimento.
ETANOL: MENOR OFERTA IMPULSIONA PREÇOS EM SP
Os valores dos etanóis anidro e hidratado subiram de 28 de março e a 1º de abril no mercado paulista. O Indicador CEPEA/ESALQ semanal do hidratado fechou a R$ 3,4135/litro, elevação de 4,26% frente ao período anterior. No caso do anidro, o aumento foi de 1,7%, com o Indicador CEPEA/ESALQ fechando em R$ 3,8288/litro. Segundo pesquisadores do Cepea, o período foi caracterizado por pequenas oscilações nos valores. Ainda assim, com a menor oferta em função dos baixos estoques, as cotações se mantiveram elevadas. Algumas distribuidoras também voltaram ao mercado spot, negociando volumes maiores. SAFRA 2021/22 – De abril/21 a março/22, o Indicador CEPEA/ESALQ do hidratado teve média de R$ 3,2752/litro, alta de 34,6% na comparação com os R$ 2,4336/litro de igual período da temporada anterior, em termos reais (as médias mensais foram deflacionadas pelo IGP-M de março/22). No caso do etanol anidro, a média do Indicador CEPEA/ESALQ foi de R$ 3,7714/litro na safra 2021/22, 38,5% superior à da temporada anterior.
TRIGO: RECUO DO DÓLAR PRESSIONA VALORES NO BRASIL
Os preços do trigo continuam em queda no mercado interno. Segundo informações do Cepea, a pressão vem da contínua desvalorização do dólar, que pressiona a paridade de importação. Entre 28 de março e 4 de abril, o dólar caiu 3,3% frente ao Real, fechando a R$ 4,612 na segunda-feira, 4. Produtores, inclusive, ficaram mais afastados do mercado spot nacional, passando a focar no cultivo da nova temporada e, em alguns casos, na comercialização de produtos da safra de verão, cenário que reduziu a liquidez. DERIVADOS – Na semana passada, as cotações das farinhas seguiram em alta, devido ao elevado custo com a matéria-prima e ao fato de alguns moinhos já terem sinalizado previsão de novos reajustes positivos em abril. No caso dos farelos, o repasse dos custos e a realização de negócios estão mais difíceis, pois há disponibilidade de substitutos com menor preço para alimentação animal.
MELANCIA: PREÇOS RECUAM EM SP, MAS SE RECUPERAM NA BA
As cotações da melancia registraram queda em Marília/Oscar Bressane (SP), de acordo com dados do Hortifruti/Cepea. Nessa região, a colheita ocorreu normalmente na semana passada, mas foi levemente intensificada em Itápolis (SP), o que pressionou as cotações paulistas. A melancia graúda (>12 kg) teve média de R$ 1,00/kg de 28 de março a 1º de abril, desvalorização de 8,4% em relação à semana anterior. Já em Teixeira de Freitas (BA), a melancia de mesmo calibre teve média de R$ 0,88/kg, alta de 8,9% no mesmo comparativo. Vale ressaltar que, apesar dos menores valores frente a fevereiro e à primeira quinzena de março, os preços continuam suficientes para cobrir os custos de produção. Menores cotações também foram registradas na Ceagesp, onde a graúda foi cotada a R$ 2,22/kg, queda de 4,1% na semana.