Os preços do açúcar cristal negociado no mercado spot do estado de São Paulo ainda não mostraram tendência definida e oscilaram com certa força nos últimos dias. Enquanto o Indicador CEPEA/ESALQ, cor Icumsa de 130 a 180, esteve firme no primeiro dia deste mês, na casa dos R$ 130,00/saca de 50 kg, voltou a operar abaixo desse patamar na quinta-feira, 2. Nesse dia, algumas usinas venderam lotes da nova safra a preços mais baixos, devido à necessidade de “fazer caixa”. Porém, na sexta-feira, 3, a demanda se aqueceu, levando o preço a ter nova reação. No balanço da semana (de 30 de maio a 3 de junho), a média do Indicador CEPEA/ESALQ, cor Icumsa de 130 a 180, foi de R$ 130,13/saca de 50 kg, recuo de 0,89% em relação à da semana anterior (de R$ 131,29/sc).
ETANOL: INDICADORES RECUAM 5%
As cotações dos etanóis anidro e hidratado recuaram na semana passada no mercado spot do estado de São Paulo, de acordo com dados do Cepea. O mercado esteve pouco movimentado no começo do período, com negócios envolvendo apenas pequenos volumes. Entre 30 de maio e 3 de junho, o Indicador CEPEA/ESALQ semanal do hidratado fechou em R$ 3,0861/litro, queda de 5% frente ao do período anterior. No caso do preço do anidro, a baixa foi de 5,7%, com o Indicador CEPEA/ESALQ a R$ 3,6216/litro. Vale ressaltar que esse cenário foi observado mesmo com o aumento do ritmo de comercialização a partir da quinta-feira, 2, devido à necessidade de distribuidoras refazerem estoques.
TRIGO: MESMO COM QUEDA NOS EUA, PREÇO SOBE NO BRASIL
Apesar do recuo dos preços do trigo nos Estados Unidos, os valores no Brasil acompanharam o avanço das cotações argentinas, de acordo com informações do Cepea. Quanto às negociações, estiveram em ritmo lento no mercado brasileiro, em decorrência da baixa disponibilidade do grão e dos altos preços. A possibilidade de a Rússia liberar as exportações de grãos ucranianos pelo Mar Negro tem pressionado com força as cotações do trigo nos Estados Unidos. O movimento de queda foi intensificado na sexta-feira, 3, pela expectativa de que a Rússia exporte maior volume na safra 2022/23.
MANDIOCA: MENOR OFERTA SUSTENTA COTAÇÕES
As cotações da mandioca seguem firmes, sustentadas pela menor oferta. Segundo colaboradores do Cepea, a disponibilidade das lavouras de segundo ciclo, sobretudo das cultivadas na segunda metade de 2020, tem diminuído a cada semana. Além disso, mandiocultores sinalizam a intenção de postergar a comercialização das lavouras mais novas até que a produtividade agrícola e o rendimento industrial aumentem. As chuvas registradas na maior parte das regiões produtoras também limitaram a oferta na última semana, visto que atrapalharam o avanço da colheita. Assim, estimativas do Cepea apontam redução de 30% no volume de esmagamento das fecularias entre 30 de maio e 3 de junho. No mesmo período, o preço médio nominal a prazo da tonelada de mandioca posta fecularia subiu ligeiro 0,2% frente à média da semana anterior, para R$ 832,72 (R$ 1,4482 por grama de amido). Atualizada (deflacionamento pelo IGP-DI), essa média está 60% acima da observada no mesmo período do ano passado.