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Os preços do açúcar cristal praticados no mercado spot do estado de São Paulo seguem em queda nestes primeiros dias de agosto. Na quinta-feira, 2, o Indicador do açúcar cristal CEPEA/ESALQ (cor Icumsa de 130 até 180, mercado paulista) voltou à casa dos 50 reais por saca de 50 kg, patamar que não era observado desde a temporada 2008/09, em termos reais (valores deflacionados pelo IGP-DI base junho/18). De 30 de julho a 6 de agosto, especificamente, o Indicador CEPEA/ESALQ caiu 2,35%, fechando R$ 51,55/saca nessa segunda-feira, 6. Segundo pesquisadores do Cepea, por mais que projeções indiquem tendência de queda na produção de açúcar em São Paulo para a atual temporada 2018/19, a pressão baixista sobre os preços, ao menos no curto prazo, continua sendo provocada pela flexibilidade de algumas usinas, que têm reduzido ainda mais os valores pedidos frente a uma demanda que não mostra sinais de aquecimento. Além disso, os valores internacionais do açúcar demerara em Nova York (ICE Futures), que exercem forte influência sobre o comportamento dos preços domésticos, também seguem em queda.
ETANOL: VOLUME DE HIDRATADO NEGOCIADO CRESCE 23%, MAS PREÇO CAI 9%
A quantidade de etanol hidratado negociado no mercado spot por usinas paulistas em julho cresceu 23% frente à do mês anterior. Mesmo assim, os valores do biocombustível recuaram no mês, devido ao aumento da oferta por parte das usinas com necessidade de caixa e de liberar tanques, segundo colaboradores do Cepea. Em julho, a média do Indicador CEPEA/ESALQ do etanol hidratado (considerando-se as quatro semanas cheias do mês) foi de R$ 1,4565/litro, forte queda de 9,2% frente à do mês anterior. Quanto ao anidro, a média em julho foi de R$ 1,6608/litro, 8,23% inferior na mesma comparação – ambos considerando apenas o mercado spot. Entre 30 de julho e 3 de agosto, especificamente, o Indicador do hidratado fechou a R$ 1,4004/litro, queda de 2,1% em relação ao da semana anterior. O Indicador do anidro foi de R$ 1,5915/litro, recuo de 3,7% no mesmo período. As desvalorizações também foram verificadas em outros estados do Centro-Sul – usinas dessa região enviaram volumes expressivos ao mercado paulista, em decorrência da necessidade de liberar espaço nos tanques.
TRIGO: COM MENOR OFERTA DE GRÃOS DE QUALIDADE, IMPORTAÇÃO SEGUE FIRME
A baixa disponibilidade de trigo de qualidade no mercado brasileiro tem elevado o ritmo das importações do cereal, mesmo com o dólar mais valorizado. Em julho, o volume de trigo em grão adquirido pelo Brasil foi o maior desde outubro de 2016. No geral, o País intensificou as compras dos Estados Unidos, mas reduziu um pouco as aquisições da Argentina, devido à menor competitividade do grão argentino. Em julho, as importações brasileiras de trigo somaram 757,55 mil toneladas, crescimento de 29,5% em relação a junho, segundo dados da Secex. Com o dólar médio de R$ 3,83 no mês passado, o preço da importação foi de R$ 919,79/tonelada FOB (Free on Board), contra R$ 850,91/tonelada em junho. No Brasil, por outro lado, as cotações oscilaram, refletindo as incertezas quanto à comercialização do cereal.
LEITE: VALORES RECUAM PELA 4ª SEMANA CONSECUTIVA
As cotações do leite UHT e da muçarela caíram pela quarta semana consecutiva no mercado atacadista de São Paulo. Entre 29 de julho e 4 de agosto, o preço do UHT teve média de R$ 2,90/litro, queda de 4,84% frente ao da semana anterior. Conforme colaboradores do Cepea, essa desvalorização está atrelada à normalização do cenário após o encerramento da greve dos caminhoneiros, no final de maio – a paralisação acabou atrapalhando a entrega de produtos lácteos ao atacado, impulsionando fortemente as cotações. Além disso, o elevado estoque dos atacados também contribui para as quedas de preço. Quanto ao queijo muçarela, os valores recuaram 1,62% no mesmo período, para a média de R$ 19,23/kg.