Bom dia Investidores,
Na sexta o Ibovespa subiu 0,46% e fechou aos 104.817 pontos, com um giro financeiro de R$ 22,3 bilhões. Na semana, a alta foi de 1,27%, sendo a quarta alta consecutiva do índice.
O mercado se segurou bem, pois lá fora as bolsas caíram e o clima ficou ruim, após cancelamento inesperado da visita dos chineses a fazendas nos EUA, com a imprensa alegando que isso teria sido uma retaliação dos chineses à declaração de Trump, que tinha dito um pouco antes, que os EUA querem um acordo completo com a China e não só maior compra de produtos agrícolas.
Ontem, porém, o Ministério do Comércio da China disse que foram mantidas conversas construtivas com os EUA na semana passada e que a desistência inesperada da China de uma visita planejada a fazendas em estados agrícolas dos EUA não teve nada a ver com negociações comerciais. Essa notícia já deve trazer um certo alívio as bolsas internacionais.
Aqui no Brasil, o clima ficou animado com o Copom cortando taxa de juros em 0,5 ponto percentual, e com o mercado já projetando Selic abaixo de 5% para o final de 2019. Esse otimismo deve ser confirmado essa semana com a ata do Copom amanhã e pelo Relatório trimestral de inflação na quinta.
Amanhã Bolsonaro irá discursar na ONU às 9hrs, e tudo pode acontecer nesse discurso e na repercussão dele, por isso o mercado deve aguardar com cautela hoje, além disso, amanhã a reforma da previdência deve ser votada em 1º turno no Senado.
Na sexta os bancos ajudaram a segurar a alta do Ibovespa, com o Bradesco(BBDC4) subindo 1,76%, o Itaú(ITUB4) subindo 0,26% e o Banco do Brasil(BBAS3) subindo 1,58%. Já o Santander(SANB11) recuou 0,47%. O Banco Inter(BIDI4) que não faz parte do Ibovespa, subiu 1,44%.
As ações da Vale(VALE3) subiram 0,21%, mesmo com a queda do preço do minério de ferro, que caiu forte na semana. Já as ações da Petrobrás(PETR4) recuaram 1,06%, juntamente com a queda do preço do barril de petróleo.
As maiores altas da sexta foram de Braskem(BRKM5) subindo 5,29% após a notícia de que a petroquímica estaria contratando a Lazard para retomar o processo de venda de sua participação na companhia. Contudo a Odebrecht negou a notícia.
Marfrig(MRFG3) e JBS(JBSS3) subindo respectivamente, 4,46% e 4,25% fecharam as maiores altas do dia. Além disso, JBS foi colocada na lista de TOP 5 ações do Itaú BBA.
Já na parte debaixo as maiores quedas foram da Eletrobrás(ELET3) e (ELET6), caindo respectivamente, 5,78% e 5,38% após Alcolumbre falar que diante da forte oposição do Norte e Nordeste, não há clima para privatizar a estatal. A terceira maior queda do dia foi de Sabesp(SBSP3) recuando 3,48%.
Em setembro, a maior alta segue sendo da Marfrig, disparado agora, com alta de 31,74%, seguido de longe pelas ações da Braskem(BRKM5) com acumulado de 14,78% no mês. Já as maiores quedas do mês são de Eletrobrás, sendo 12,73% na ON e 9,88% na PNB.
O dólar recuou 0,22% na sexta, fechando a R$ 4,15. A moeda chegou a subir durante o dia, porém fechou em queda após anúncio do FED de que realizará leilões em série de recompra(repo), até dia 10/10, para injetar liquidez na economia.
Na semana o dólar subiu 1,64%, por conta da declaração de Powell não sugerindo novos cortes de juros nos EUA. O euro caiu 0,33% a R$ 4,58.
Os DIs voltaram a recuar com o mercado cada vez mais convicto de uma Selic abaixo de 5%. Hoje o relatório Focus pode mostrar demonstrar essa perspectiva. O DI jan 2021 recuou de 5,03% para 4,98%, enquanto o DI jan 2025 caiu de 6,81% para 6,70%.
Os títulos do Tesouro Direto fecharam negociando em direções mistas. O NTN-B Principal 2024, caiu de 2,73% para 2,64% + IPCA, já o NTN-B 2026 subiu de 2,78% para 2,84% + IPCA. A LTN 2022 subiu de 5,57% para 5,58% enquanto a NTN-F 2029 caiu de 7,06% para 7,04%.
Na agenda hoje teremos o relatório Focus às 8h25, o IPC-S e a sondagem do consumidor de setembro pela FGV às 8hrs, a sondagem industrial de agosto da CNI às 10hrs e a balança comercial às 15hrs.
Indo para os EUA o dia foi de queda, com o Dow Jones recuando 0,59%, o S&P500 caindo 0,49% e o Nasdaq caindo 0,80%.
Conforme mencionado, um possível conflito com a China, que cancelou a visita a algumas fazendas americanas, noticiado na sexta, derrubou as bolsas internacionais. Por lá, o mercado tenta adivinhar como Fed agirá nas próximas reuniões de política monetária, já que se não houver mais cortes, o dólar tenderá a se valorizar e as bolsas tenderão a cair.
A taxas dos títulos norte-americanos recuaram. A T-Bill para 3 meses recuou de 2,05% para 1,89%, a T-Note para 10 anos recuou de 1,77% para 1,69%, enquanto a T-Bond para 30 anos, recuou de 2,20% para 2,13%.
Por lá, nenhuma tendência na abertura, com os futuros operando de lado, o Dow Jones futuro caindo 0,09%, o S&P500 futuro caindo 0,01% e o Nasdaq futuro subindo 0,10%.
Na agenda norte-americana teremos atividade nacional de agosto pelo FED/Chicago às 9h30, leitura preliminar do PMI de setembro às 10h45 e discursos de três membros do FED durante o dia.
Indo para a Europa as bolsas abriram em queda, com o Euro Stoxx recuando 1,02%, Paris caindo 0,98%, Londres caindo 0,73% e Frankfurt caindo 1,16%. Hoje Draghi discursará às 10hrs em Bruxelas e teremos o dado preliminar se setembro do PMI composto na zona do euro.
Na Ásia, as bolsas fecharam em queda, com Hong Kong caindo 0,85% e Xangai caindo 0,98%. Já Seul ficou de lado com alta de 0,01%. A bolsa de Tóquio ficou fechada por conta de feriado.
O preço do barril de petróleo voltou a recuar, com o mercado monitorando a produção da Arábia Saudita e se de fato eles irão conseguir repor a produção perdida pelos ataques a Saudi Aramco. O WTI caiu 0,44% a US$ 57,93 e o Brent recuou 0,19% a US$ 64,28.
O contrato de 250g de ouro OZ1D subiu 2,29%, enquanto as criptomoedas estão em queda nas últimas 24 horas, com o Bitcoin recuando 0,74%, a Ethereum caindo 1,10% e a Ripple recuando 1,18%.
Para finalizar, o IFIX subiu 0,12%, e teve como maior destaque o FII Kinea II Real Estate Equity (KNRE11) com alta de 1,88% e a maior queda foi do FII Hedge Shopping Praça da Moça (HMOC11) recuando 4,00%.
Ótima semana e bons negócios!