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Algodão: Preços Oscilaram Pouco Entre Meados de Janeiro e o Final de Março

Publicado 25.04.2019, 13:27
Atualizado 14.05.2017, 07:45

MERCADO INTERNO - Os preços do algodão apresentaram poucas oscilações de meados de janeiro até o final de março. De lá para cá, o Indicador CEPEA/ESALQ, com pagamento em 8 dias, operou com mínima de R$ 2,9054/libra-peso e máxima de R$ 2,9536/lp, ou seja, diferença de apenas cinco centavos/lb. Como comparação, no mesmo período do ano passado, a oscilação foi de 22 centavos/lb.

Esse cenário esteve atrelado ao fraco ritmo de comercialização da pluma. As disparidades de preço e de qualidade dos lotes disponibilizados permaneceram limitando os fechamentos entre os agentes ativos e também resultando em pequenas oscilações. As queixas quanto à qualidade dos lotes ofertados continuaram e estiveram especialmente relacionadas aos tipos inferiores, cor ou outras características intrínsecas (como fibra, micronaire e resistência).

Assim, entre 28 de fevereiro e 29 de março, o Indicador do algodão em pluma CEPEA/ESALQ, com pagamento em 8 dias, acumulou elevação de apenas 0,1%, – a menor variação mensal desde dezembro/18. A média de março, de R$ 2,9262/lp, ficou 0,27% inferior à de fevereiro/19 e 8,58% abaixo da de março/18, em termos reais (valores atualizados pelo IGP-DI de fevereiro/19).

Algumas empresas se mostraram abastecidas em março, trabalhando com o produto estocado e/ou de contratos firmados anteriormente. Com isso, parte dos demandantes teve interesse por novas aquisições apenas para embarque futuro, inclusive para o primeiro semestre deste ano. Comerciantes estiveram ativos para compras, no intuito de cumprir com as programações e na tentativa de negócios “casados”.

Cotonicultores, com boa parte da safra 2017/18 comprometida, estiveram com as atenções voltadas aos embarques dos contratos firmados anteriormente e ao desenvolvimento da lavoura da próxima safra.

PRODUÇÃO - De acordo com dados da Conab, a área nacional da safra 2018/19 deve ser de 1,569 milhão de hectares, aumento de 33,6% frente à anterior. Mesmo com a produtividade média podendo recuar 3,9%, indo para 1.641 kg/ha na safra 2018/19, a produção brasileira está projetada em 2,575 milhões de toneladas, forte aumento de 28,4% frente à temporada 2017/18. Em Mato Grosso, a temporada 2018/19 deve somar 1,726 milhão de toneladas, 33,8% maior que a anterior, impulsionada pelo crescimento da área semeada (+35,3%). Na Bahia, a área semeada deve ser de 332 mil hectares na temporada 2018/19 (+25,9%) e produção poderá atingir 547,8 mil toneladas, elevação de 9,9% na comparação com a anterior.

Os fortalecimentos dos preços internacionais e do dólar frente ao Real fizeram com que agentes se voltassem para as safras 2018/19 e 2019/20, efetivando vários contratos para os mercados externo e doméstico. Em março, os preços internos estiveram apenas 5,1% acima dos da paridade de exportação – a paridade subiu 12,82% e o dólar, 4,4%. As fixações de contratos foram realizadas em Real, dólar, na Bolsa de Nova York (ICE Futures) e também no Indicador CEPEA/ESALQ.

De acordo com dados da BBM (Bolsa Brasileira de Mercadorias) tabulados pelo Cepea, 69,3% da safra brasileira 2017/18, estimada em 2,005 milhões de toneladas, teria sido comercializada até o dia 29 de março. Deste total, 57,8% foram direcionados ao mercado interno, 31,2%, ao externo e 11%, para contratos flex (exportação com opção para mercado interno). Para a próxima temporada, dados indicam que ao menos 23,9% da produção de 2018/19 (projetada em 2,575 milhões de toneladas pela Conab) foi comercializada no mesmo período, sendo 47,3% ao mercado doméstico, 28,3%, para exportação e 24,4%, para contratos flex.

Dados do Cepea captados em março/19 indicam que as negociações para embarque ao mercado externo no segundo semestre de 2019 (do produto a ser colhido na temporada 2018/19) tiveram média de US$ 0,7656/lp, ficando 3,8% acima do registrado em fevereiro/19 (US$ 0,7376/lp). Para exportação envolvendo a pluma da temporada 2019/20, a média das informações captadas para o segundo semestre de 2020 foi de US$ 0,7753/lp no mesmo período, alta de 5,01% frente à do mês anterior (US$ 0,7383/lp). Vale considerar que, para a comercialização no curto prazo, a média de US$ 0,7686/lp esteve 4,26% maior que a de fevereiro/19, ainda referente à pluma da temporada 2017/18.

EXPORTAÇÃO - Em março, segundo dados da Secex, foram embarcadas 97,6 mil toneladas da pluma, 11,1% superior ao volume de fevereiro/19 (de 87,9 mil toneladas) e expressivamente acima das 47,1 mil toneladas de março/18 (+107,1%). O faturamento foi de US$ 166,2 milhões, 11,1% maior que o de fevereiro/19 e duas vezes acima do de março/18 (US$ 82,2 milhões). Quanto ao preço médio, de US$ 0,7721/lp em março, ficou estável frente ao mês anterior, mas recuou 2,3% em relação ao mesmo período do ano passado.

IMPORTAÇÃO - A Secex aponta que as importações somaram 148,7 toneladas em março/19, elevação de 35,2% no comparativo com o mês anterior, mas 89,2% inferior ao de março/18. O preço médio de importação foi de US$ 1,4965/lp em março/19, ligeira alta de 0,1% se comparado ao do mês anterior, mas alta de 46,3% sobre o de um ano atrás.

INTERNACIONAL - De 28 de fevereiro a 29 de março de 2019, a paridade de exportação na condição FAS (Free Alongside Ship), porto de Paranaguá (PR), aumentou expressivos 12,82%, impulsionada pela alta de 7,74% do Índice Cotlook A (referente à pluma posta no Extremo Oriente) e da elevação de 4,4% do dólar frente ao Real. A média mensal da paridade foi de R$ 2,7886/lp, aumento de 6,64% em relação à do mês anterior e 7,1% superior à de março/18 (R$ 2,6040/lp). No mesmo período, a média do Índice Cotlook A subiu 2,77%, com o dólar se valorizando 3,28% frente à de fevereiro/19 e expressivos 17,3% em relação a março/18.

Na Bolsa de Nova York, todos os contratos registraram alta em março, impulsionados pelo bom desempenho das exportações, pelo enfraquecimento do dólar no mercado internacional, que torna a fibra norte-americana mais atraente, e pela alta no preço do petróleo, que diminui a competividade da fibra sintética e estimula a demanda pelo algodão. Além disso, a projeção de área menor nos Estados Unidos também influenciou o movimento altista. Assim, entre 28 de fevereiro e 29 de março, o vencimento Maio/19 aumentou 6,58%, fechando a US$ 0,7761/lp, e Jul/19, 5,84% (US$ 0,7831/lp). O contrato Out/19 se valorizou 3,07% (US$ 0,7598/lp) e o Dez/19, 2,95%, a US$ 0,7544/lp.

Segundo dados divulgados pelo USDA na sexta-feira, 29, a intenção de semeadura nos Estados Unidos para a o ano-safra 2019/20 é de 5,58 milhões de hectares, 2,3% inferior à área cultivada em 2018/19 (5,71 milhões de hectares), mas ainda 8,3% acima da semeada na temporada 2017/18 (5,15 milhões de hectares) e a maior desde a safra 2010/11.

Relatório do USDA, divulgado no dia 8 de março, levantou ligeiramente a produção mundial 2018/19 frente ao mês anterior, para 25,9 milhões de toneladas, mas comparada à safra anterior o volume está 3,9% inferior – com menores produções na Índia e Estados Unidos. O consumo global poderá ser de 26,9 milhões de toneladas, volume 0,8% maior que o da temporada 2017/18, com leve aumento na Índia, Bangladesh e Vietnã. Assim, o estoque mundial 2018/19 foi rebaixado, em 6,2%, indo para 16,56 milhões de toneladas. Quanto ao comércio global, está previsto crescimento de 3,1%, ficando em 9,18 milhões de toneladas.

Dados do Icac (Comitê Internacional do Algodão), divulgados no dia 1º de abril, aponta que a produção mundial na safra 2019/20 poderá atingir as 26,7 milhões de toneladas, impulsionada pela produtividade média. Apesar dos desafios da indústria global, como desaceleração do crescimento econômico e enfraquecimento da demanda mundial, o consumo está estimado em 27,3 milhões de toneladas – um recorde mundial. O estoque global poderá ficar em 17,7 milhões de toneladas.

CAROÇO DE ALGODÃO – O mercado esteve com baixa liquidez no spot ao longo de março. Vendedores elevaram os valores de suas ofertas, devido à baixa disponibilidade do produto da safra 2017/18, enquanto compradores com necessidade imediata tiveram que ceder nos preços. Do lado das indústrias, boa parte utilizou o produto já adquirido anteriormente e seguiram com os embarques dos derivados já programado, como óleo, torta e farelo de algodão.

Segundo informações captadas pelo Cepea, o preço médio do caroço no mercado spot em março/19 foi de R$ 556,17/t em Primavera do Leste (MT), 11,4% superior ao de fevereiro/19. Em Campo Novo do Parecis (MT), a alta foi de 23,5% e em Lucas do Rio Verde (MT), de 22,2%.

Em março/19, de acordo com dados da Secex, a exportação de caroço de algodão (descrito como sementes de algodão, exceto para semeadura) totalizou 4,07 mil toneladas, elevação de 7,2% se comparada à de fevereiro/19 (3,8 mil toneladas) e oito vezes mais que o volume de março/18 (de apenas 503 toneladas). Do total embarcado, em março, 2,4 mil toneladas tiveram como destino a Coréia do Sul e 1,7 mil toneladas, o Japão. No primeiro trimestre de 2019, já foram embarcadas 14,2 mil toneladas de caroço de algodão, enquanto no mesmo período de 2018, o volume exportado foi de apenas 3,8 mil toneladas.

Série Estatística

Cotação do Algodão

Evolução dos preços do algodão

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