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Análise do Mercado :: Semana 07 a 11 de Outubro

Publicado 06.10.2019, 22:22
Atualizado 09.07.2023, 07:32

A semana que passou foi bastante tensa, depois da divulgação de dados relativos à economia americana que se mostraram muito abaixo das (piores) expectativas dos mercados. Somente na 6af, com a publicação das informações sobre o nível de emprego, também nos EUA, e mais tarde, com o discurso do presidente do Fed, Jerome Powell, que o ambiente se acalmou, e os mercados acabaram reagindo positivamente, porém, fechando a semana com quedas bem consideráveis.

Será que esse foi mais um sinal que uma recessão global de fortes consequências pode estar se aproximando?

Já há algum tempo, uma série de economistas e investidores, de forma crescente, vêm insistindo que em breve veremos um colapso generalizado nos mercados. Por um outro lado, também vemos uma corrente muito otimista, e para isso, basta olharmos para os gráficos dos principais índices americanos por exemplo, que romperam seus respectivos topos históricos em meados desse ano, e continuam se movimentando ainda muito próximo à estas regiões.

Afinal, quem estará certo?

Atualmente os bancos centrais de uma forma em geral têm implementado uma postura muito dovish, através do corte da taxa básica de juros de seus respectivos países (inclusive, parte destes, adotando taxas negativas). A geração de estímulos nas economias locais através da injeção de capital barato (juros baixos), já demonstra pelo menos uma antecipação ou preparação de um ambiente preocupante que pode estar por vir. O gráfico abaixo demonstra que depois da tentativa de desinflar o seu balanço, via venda de títulos diversos (o que gerou um significativo pânico nos mercados no mesmo período de 2018), o Fed não só interrompeu a venda, como voltou a comprar títulos (quantitative easing) como forma de voltar a dar estímulos à sua economia. Vale lembrar que desde Setembro mais recente, quando foi anunciando mais um corte na taxa básica de juros americana, o Fed teve que injetar emergencialmente cerca de USD 75 bilhões numa operação chamada de repo (repurchasing agreement ou recompra compromissada). É importante ressaltar que essa foi a maior reinjeção emergencial desde a crise de 2008.

Ainda sobre os EUA, o nível de investimento das empresas caíu recentemente cerca de 1%, e o grau de confiança do consumidor também vem diminuindo nos últimos meses.

Por um outro lado, a China, que por muito tempo foi responsável por 1/3 do crescimento da economia global, vem claramente mostrando uma desaceleração, conforme podemos ver no quadro evolutivo do seu PIB. Além disso, o país carrega uma dívida total (e crescente) que atualmente gira em torno de 300% do seu Produto Interno Bruto, sendo grande parte desta dívida alocada nas corporações (empresas).

O encolhimento das duas mais importantes economias do mundo, e o agravamento da situação já fragilizada da Europa, mesmo com um afrouxamento monetário jamais visto na história, poderão eventualmente gerar um estresse nos mercados, no qual dificilmente o Brasil escapará ileso, assim como aconteceu na grande crise de 2008.

Bem, por agora, o que nos resta é prestarmos bastante atenção nos sinais, e agirmos conforme a nossa crença e entendimento.

Por enquanto, observa-se que os índices Dow Jones e DAX, fizeram um topo duplo (2o topo um pouco mais baixo), e despencaram nesta última semana. Contudo, o DJ reagiu de modo firme na última 6af, e a próxima semana poderá nos indicar qual o caminho que ambos poderão seguir. É importante enfatizar que eventuais novidades sobre um possível impedimento do presidente Donald Trump e também nas tratativas comerciais entre EUA e China, poderão fazer os mercados se movimentarem com mais intensidade.

O nosso IBOV futuro também sofreu na semana que passou, embora esteja ainda numa tendência de alta muito clara. Após romper a congestão marcada com o retângulo em rosa marcado à direita no gráfico abaixo, se segurou num suporte bem importante com uma barra em forma de martelo, demonstrando bastante força de recuperação na última 6af. Por aqui, além de notícias vindo dos mercados internacionais, a evolução da votação da reforma da previdência no Senado (2o turno), poderá também trazer mais volatilidade nos pregões dessa semana.

Os contratos de dólar futuro que depois de formarem também um topo duplo, cairam de forma acintosa, com barras negativas com muita pressão, e com espaço (graficamente falando) de chegarem à casa dos 3,90 USD/BRL, caso rompam a figura de "M" abaixo.

O índice dollar (DXY) segue num bem definido canal de alta, e também pode corrigir ao longo dos próximos dias, já que existe uma forte expectativa de mais um corte na taxa básica de juros pelo Fed, o que naturalmente depreciaria a moeda americana frente aos seus pares.

Já nas commodities, observa-se que depois da normalização da produção de petróleo na Arábia Saudita, que os preços do barril WTI voltaram a se acomodar dentro da região abaixo marcado pelo retângulo em vermelho. A perda dessa região pode levar o preço para patamares vistos no início desse ano.

O ouro, depois de uma valorização bastante acentuada nos últimos meses, vem corrigindo dentro de um canal amplo de baixa de curtíssimo prazo. Muitos investidores vêm 'apostando' neste metal como forma de se resguardarem à uma eventual crise econômica de proporções deveras perigosa.

O preço do minério de ferro basicamente não se movimentou, dado o feriado na semana que passou na China.

Com relação ao calendário econômico para esta semana, destacamos as divulgações tanto das ofertas de emprego JOLTs e as atas da reunião do FOMC, ambos nesta 4af, conforme calendário abaixo extraído da Investing.com.

Forte abraço, e....

Bora pra cima !!!

Últimos comentários

Como faço p visualizar os gráficos? só aparece o texto p mim
Como faço p visualizar os gráficos? só aparece o texto p mim
Muito bom.
Excelente análise. Muito bom vermos algo escrito com dados, e não crenças.
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