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Trigo em Alta apesar de Produtores Desestimulados

Publicado 23.08.2017, 11:39
ZW
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As cotações de trigo finalizaram julho em alta. Produtores consultados pelo Cepea estiveram desestimulados em cultivar o cereal no início do mês, devido à baixa liquidez no mercado interno e aos preços de comercialização que, muitas vezes, não cobriram os custos de produção. A maior procura de moinhos, os baixos volumes disponíveis para negociação e as incertezas climáticas no Brasil e nos principais países fornecedores do cereal ao mercado brasileiro (Paraguai, Estados Unidos e Argentina) também foram fatores de sustentação nos preços.

Segundo dados divulgados pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) em julho, as importações devem somar 7 milhões de toneladas, elevando a disponibilidade interna para 15,02 milhões de toneladas, um recorde. O consumo também deve crescer para 11,7 milhões de toneladas, e as exportações, para 800 mil toneladas. Se os dados da Conab se confirmarem, o estoque de passagem em julho de 2018 deve ser de 2,53 milhões de toneladas, o que indica pressão sobre as cotações. Entretanto, as incertezas quanto ao clima e ao volume a ser colhido no segundo semestre de 2017 podem impulsionar os preços de trigo.

No mercado de balcão (preço pago ao produtor), as cotações de trigo se mantiveram elevadas durante todo o mês. No Paraná, a alta foi de 6,6%, no Rio Grande do Sul, de 3% e em Santa Catarina, de 0,7%. No mercado de lotes (negociações entre empresas), os preços também subiram em julho, mas as negociações seguiram pontuais. No Rio Grande do Sul, o produto se valorizou em 8,4%, no Paraná, 6,7%, em Santa Catarina, 6,2% e em São Paulo, 5,7%.

Quanto aos trabalhos no campo, no Paraná, a área de cultivo do cereal está totalmente coberta, enquanto no Rio Grande do Sul, se encontra na reta final. As geadas que ocorreram em julho no Sul do País preocuparam triticultores, uma vez que afetaram a qualidade das lavouras. Se as chuvas atrapalharam o andamento do semeio em seu período inicial, a falta delas, por outro lado, pode comprometer ainda mais a produção nacional.

FARINHA – Os preços das farinhas oscilaram em julho, devido à valorização do trigo em grão e às incertezas quanto ao consumo. Na primeira quinzena do mês, as cotações de todas as farinhas estiveram em alta, em função da necessidade de repasse dos custos, principalmente para a aquisição do grão. Mas, nos últimos 15 dias do período, o movimento de preços entre elas foi distinto.

Neste cenário, as farinhas para bolacha doce, bolacha salgada, massas frescas, panificação, integral, pré-mistura e massas em geral se valorizaram em 2,37%, 2,1%, 1,85%, 0,99%, 0,81%, 0,79% e 0,2%, respectivamente.

FARELO – As cotações de farelo de trigo caíram em praticamente todo o mês de julho, exceto na terceira semana, quando a geada que atingiu parte das pastagens do Sul do País aumentou a demanda pelo derivado e impulsionou as cotações. Mas, no acumulado do período, os preços se elevaram, devido à maior oferta de milho no mercado, que também é substituto da ração animal. O farelo a granel se desvalorizou 7,44% e o ensacado, 6,44%.

MERCADO INTERNACIONAL - Nos Estados Unidos, as cotações dos contratos futuros oscilaram. No início do mês, o clima quente e seco no Norte das Grandes Planícies impulsionaram os preços. Entretanto, devido à queda nos valores de milho e apesar da piora na qualidade do trigo no País, os preços no mercado futuro encerraram julho em queda.

Neste cenário, os contratos Set/17 do trigo Soft Red Winter (Bolsa de Chicago) e Hard Winter (Bolsa de Kansas) recuaram 7,1%, a US$ 4,7450/bushel (US$ 174,35/t), ambos no dia 31. IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO - As importações brasileiras de trigo somaram 505,44 mil toneladas em julho, volume 10% maior que o do mês anterior, porém 17,3% menor que o do mesmo período do ano passado. Do volume adquirido, 76,28% vieram da Argentina, 9,5%, do Paraguai, 8,28%, dos Estados Unidos e 5,94% do Canadá, segundo dados da Secex.

No segmento de farinhas, as compras externas caíram 13,1% de junho para julho, totalizando 30,32 mil toneladas - se comparado com julho/16, este percentual está em 0,1% superior. As exportações brasileiras deste derivado aumentaram 15,9%, indo para 4,28 mil toneladas, frente a junho/17.

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