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Arroz: Dificuldades em Adquirir o Produto em Casca em Abril

Publicado 19.05.2020, 08:56

Na contramão do esperado para o período de colheita, pesquisas do Cepea apontam que o preço do arroz em casca registrou expressiva alta em abril no Rio Grande do Sul, devido à necessidade de compra das indústrias para atender às aquecidas demandas interna e externa. O Indicador ESALQ/SENAR-RS, 58% grãos inteiros (média ponderada), subiu expressivos 10,21% no acumulado de abril (de 31 de março a 30 de abril), fechando a R$ 57,22/sc de 50 kg no dia 30. A média mensal foi de R$ 54,74/saca, 9,91% superior à de março. Esses valores são recordes nominais da série histórica do Cepea, iniciada em 2005, mas, em termos reais (ou seja, considerando-se a inflação para o período, com base no IGP-DI até março/20), o Indicador atual é o maior desde fevereiro/17 – já a maior média real, de R$ 68,09/sc, foi registrada em maio de 2008.

De acordo com colaboradores do Cepea, diante da necessidade de repor estoques e atender aos pedidos dos grandes centros consumidores, abril foi marcado pela demanda aquecida de indústrias, principalmente do Sudeste e Centro-Oeste. No entanto, mais para o final do mês, algumas indústrias, principalmente as do Rio Grande do Sul, sinalizaram desaceleração nas compras do beneficiado por parte de consumidores finais. De acordo com o IBGE, o repasse dos custos já chegou aos poucos ao varejo, mesmo que em menores intensidades. Vale considerar que os estoques de passagens eram bem baixos em março, quando se iniciou o ano-safra 2019/20, segundo dados da Conab. Desde então, houve um deslocamento da demanda para o mercado varejista, chegando até as unidades beneficiadoras. Assim, com o aumento da procura, os preços do casca subiram de forma expressiva, atraindo alguns produtores. Outros, entretanto, aguardaram para realizar as vendas, na expectativa de cotações mais elevadas.

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CORONAVÍRUS – Quanto ao impacto do atual cenário de saúde pública no mercado de arroz, na primeira quinzena de abril, colaboradores do Cepea reportaram, em alguns casos, dificuldade em adquirir o produto em casca para cumprir contratos. Produtores limitaram as ofertas da matéria-prima e supermercadistas seguiram demandando o beneficiado, com o intuito de estocar o produto final para atender à procura de consumidores de arroz, triplicando suas compras. Outro ponto que chamou a atenção foi a distinção de cenários logísticos. Algumas empresas relataram que as entregas para estados como São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro registraram custos maiores, considerando-se que a produção industrial nestas localidades – que anteriormente ocupava os caminhões no retorno ao Rio Grande do Sul – esteve limitada em abril.

Assim, de modo geral, beneficiadoras consultadas pelo Cepea reportaram que arcaram com maior valor de frete para que os caminhões retornassem vazios, a fim de realizar novos carregamentos na origem. Além disso, houve dificuldades para encontrar borracharias, concessionárias e restaurantes abertos, dentre outros estabelecimentos de suporte aos caminhoneiros. Por outro lado, as entregas seguiram em bom ritmo, chegando a ser realizadas inclusive com utilização de caminhões terceirizados. Houve sinalização de bons volumes do arroz em casca em depósitos de indústrias e cooperativas, devido à colheita no Rio Grande do Sul, resultando em boa disponibilidade para cumprimento de contratos já efetivados.

MERCADO VAREJISTA – No varejo, dados do IBGE para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), apontaram que, entre 17 de março e 14 de abril deste ano, os preços médios do arroz subiram 3,28% em relação à média de 12 de fevereiro a 16 de março deste ano. Variações acima da média foram registradas nas regiões metropolitanas de Belo Horizonte (6,62%), Fortaleza (4,29%), Recife (3,47%) e São Paulo (3,34%). As cotações na região metropolitana de Porto Alegre, por sua vez, tiverem variação igual à média nacional. Nos últimos 12 meses, a variação do Índice acumula alta de 6,43% na média nacional, oscilando entre 3,17% e 8,77% entre as 11 regiões metropolitanas consideradas pelo IBGE.

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CAMPO – No campo, a colheita no Rio Grande do Sul segue para a reta final, com 94,6% da área, segundo o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga).

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