Trump diz que só reduzirá tarifas se países concordarem em abrir mercados aos EUA
Os preços dos etanóis no mercado paulista caíram em novembro. Do lado das distribuidoras, mesmo com três feriados e também com a proximidade do encerramento da safra 2018/19, o interesse por etanol esteve menor no correr do mês, visto que muitas já haviam adquirido o produto anteriormente. Para as usinas, as necessidades de “fazer caixa” neste final de safra e também de liberar espaço nos tanques resultaram em maior volume ofertado. Além disso, os novos recuos no preço da gasolina A fizeram com que algumas unidades antecipassem as vendas de etanol. Nas refinarias, em novembro, a média de preço do combustível fóssil foi de R$ 1,6335/litro, contra R$ 2,111/litro em outubro, recuo de 48 centavos (ou de 22,6%). Para o biocombustível, a média do Indicador CEPEA/ESALQ do etanol hidratado das semanas cheias de novembro foi de R$ 1,6433/litro, queda de 7,96% na comparação com a média das semanas cheias de outubro (R$ 1,7854/litro). No mesmo comparativo, a média do etanol anidro, de R$ 1,8361/litro, recuou 6,63% frente a out/18 (R$ 1,9664/litro) – ambos considerando apenas o spot. Quanto ao mercado varejista, o preço médio do biocombustível nas bombas dos postos de São Paulo foi de R$ 2,750/litro e para a gasolina C de R$ 4,372/litro em novembro, mantendo a relação de preços em 62,9%, vantajosa para o etanol. Nos outros estados produtores do Centro-Sul, como MT (60,2%), MG (63,7%), GO (63,2%) e PR (67,8%) a paridade também segue favorável ao biocombustível. Os dados são da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) – Até o dia 29.
NORDESTE – Os preços dos etanóis também caíram em novembro nas unidades produtoras do Nordeste. A maior oferta do etanol hidratado decorrente do período de safra aliada às quedas dos preços da gasolina A e do biocombustível do Centro-Sul pressionaram as cotações. Em Pernambuco, o Indicador CEPEA/ESALQ do hidratado fechou a R$ 1,5784/litro (sem frete, sem ICMS e sem PIS/Cofins) em novembro, queda de 4,77% frente a out/18. Em Alagoas, o Indicador CEPEA/ESALQ do biocombustível caiu 5,29% na comparação com o mês anterior, fechando a R$ 1,5840/litro (sem frete, sem ICMS e sem PIS/Cofins). Na Paraíba, o Indicador CEPEA/ESALQ do hidratado fechou a R$ 1,6173/litro (sem frete, sem ICMS e sem PIS/Cofins), baixa de 3,12% frente a out/18. Em Alagoas, o Indicador CEPEA/ESALQ do anidro fechou a R$ 1,9451/litro (sem frete e sem PIS/Cofins), queda de 2,53% frente ao mês anterior. Para os estados de Paraíba e Pernambuco, o número de dados levantados foi insuficiente para compor uma média representativa de preços. Nos postos do estado da Paraíba, a relação entre os combustíveis em novembro foi favorável ao etanol hidratado pelo segundo mês consecutivo, com paridade de 68,6%, contra 69,3% em outubro. Já em Pernambuco e em Alagoas, a relação entre os preços foi superior a 70% (Dados da ANP disponíveis até o dia 29).
EXPORTAÇÕES E IMPORTAÇÕES – No acumulado da safra 2018/19, foram exportados 1,3 bilhão de litros de etanol. Em novembro, especificamente, as exportações somaram 147,9 milhões de litros de etanol, gerando receita de US$ 77,6 milhões (ou de R$ 293,8 milhões), de acordo com dados da Secex. Na comparação com o mês anterior, houve recuo de 47% no volume exportado e queda de 45% na receita. Frente a novembro/17, contudo, o volume exportado cresceu 9,7% e a receita aumentou 5%, ainda segundo a Secex. As importações de etanol somaram 139,4 milhões de litros em novembro, sendo 92,6% deste volume destinado aos portos dos estados do Norte e Nordeste do Brasil. O volume total importado em novembro foi praticamente o triplo do mês anterior (47,7 milhões de litros). No acumulado da safra 2018/19, foram importados mais de 947 milhões de litros de etanol segundo a Secex.