🤑 Não fica mais barato. Garanta a promoção com 60% de desconto na Black Friday antes que desapareça...GARANTA JÁ SUA OFERTA

Atas dos Bancos Centrais Mostram Autoridades Comprometidas a Combater Inflação

Publicado 11.07.2022, 12:47
US10YT=X
-
  • Relatório de empregos nos EUA abre espaço para que o Fed seja agressivo nas altas de juros.
  • Autoridades monetárias estão preocupadas com a desancoragem das expectativas de inflação
  • BCE debate instrumento antifragmentação, enquanto surgem divergências em relação aos prêmios de risco
  • O forte relatório de empregos nos EUA, divulgado na sexta-feira, está aumentando o otimismo dos investidores de que uma recessão será evitada no país, mas as ações americanas recuavam em meio a temores com a resposta do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA).

    Os números do mercado de trabalho são uma faca de dois gumes, na medida em que as fortes contratações (foram criados 372,000 postos de trabalho em comparação com a previsão consensual de 268,000) tornam mais fácil uma elevação agressiva de juros por parte das autoridades do banco central americano, pois não precisam se preocupar com o desemprego. A expectativa é que haja uma alta nos juros de 0,75%.

    A taxa da nota referencial de 10 anos superou a marca de 3% após a divulgação dos dados, aproximando-se de 3,1% antes de fechar a 3,080% no fim do pregão.

    A ata da reunião de junho do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), divulgada na semana passada, indicou que as autoridades devem elevar a taxa básica de juros em 50 ou 75 pontos-base, mas os membros do Fomc passaram a defender um número maior recentemente.

    Os integrantes do comitê estavam preocupados com a desancoragem das expectativas em junho: “Muitos participantes julgaram haver um risco significativo de que a inflação elevada possa se consolidar caso o público comece a questionar a determinação do comitê em ajustar a posição da política monetária da maneira devida”.

    O índice de preços ao consumidor de junho, a ser divulgado nesta semana, deve ficar a 8,8% no ano, enquanto o avanço mensal esperado é de 1,1%. Mas os analistas erraram feito em seu consenso de maio, quando o IPC subiu 8,6%, em vez dos 8,3% esperados.

    Será que o número de junho será o pico da inflação, enquanto as elevações de juros do Fed, concretizadas e esperadas, deprimem a demanda?

    O Banco Central Europeu também publicou a ata da sua reunião de junho, na semana passada, com os investidores esperando uma mudança para um aperto monetário mais agressivo. A questão é saber se o conselho dirigente manterá a projeção de uma alta de 0,25% em julho ou preferirá uma taxa maior.

    “Vários dos membros expressaram uma preferência inicial por manter a porta aberta para uma elevação maior na reunião de julho. Eles ressaltaram que o atual sinal não deve ser visto como um compromisso incondicional”, afirmou a ata do BCE.

    Mohamed El-Erian, ex-CEO da Pimco que é agora consultor econômico da seguradora alemã Allianz (ETR:ALVG), disse ao periódico de negócios Handelsblatt que o BCE deve elevar suas taxas de juros em 50 pontos-base em julho. El-Erian também tem defendido que o Fed seja mais incisivo no combate à inflação.

    Enquanto isso, o BCE está enfrentando o problema da fragmentação, isto é, a ampliação do diferencial das taxas dos títulos governamentais dos países membros da zona do euro, na medida em que a inflação alta e a perspectiva de taxas de juros maiores têm um impacto maior sobre países endividados, como a Itália.

    O governador do banco central da Grécia, Yannis Stournaras, afirmou, em uma entrevista a um programa de televisão no fim de semana, que o instrumento antifragmentação proposto poderia nunca ser utilizado, caso não se tenha certeza de que seja suficiente para manter as taxas sob controle.

    Foi isso o que aconteceu com o instrumento de Transação Monetária Direta, anunciado em 2012, durante a crise do euro, que nunca foi usado, pois parece atender à promessa do então presidente do BCE, Mario Draghi, de fazer o que for necessário para preservar a moeda única.

    Nem todos concordam com a visão dovish (menos rígida) de Stournaras. O presidente conservador do Bundesbank, Joachim Nagel, disse, na semana passada, que seria perigoso interferir no prêmio de risco que os investidores atribuem aos títulos de países altamente endividados. Esse membro do conselho dirigente do BCE afirma que o banco central estaria navegando em “águas revoltas” se tentasse se antecipar ao comportamento dos mercados.

    Aviso: O autor não possui posições nos instrumentos mencionados.

    ***

    Está mais difícil do que nunca tomar as decisões certas no atual mercado. Pense nos desafios:

    • Inflação
    • Turbulência geopolítica
    • Tecnologias disruptivas
    • Aumento de juros

    Para enfrentá-los, você precisa de ferramentas eficientes para organizar os dados e ter clareza do que tudo isso significa. É necessário tirar a emoção dos investimentos e focar nos fundamentos.

    Para isso, existe o InvestingPro+, com todos os dados e ferramentas profissionais que você precisa para tomar as melhores decisões de investimento. Saiba mais »

Últimos comentários

Carregando o próximo artigo...
Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.