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Aversão ao Risco Devido à Crise Institucional Ainda Repercute no Dólar Hoje

Publicado 09.09.2021, 07:12
Atualizado 11.10.2023, 23:02

Foi muito previsível o movimento do mercado de câmbio de ontem após tensões políticas ficarem mais acirradas através das falas do presidente da República nos eventos de 7 de setembro e da variante delta do coronavírus pelo mundo. Como ambas as situações levam o investidor a um sentimento de aversão ao risco força para o dólar, que é um ativo considerado seguro em tempos de incerteza, como sempre escrevo nesse espaço. Os discursos radicais do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) contra o STF podem azedar as negociações para a PEC dos precatórios entre o Congresso e o Judiciário. O que pode acontecer é uma paralisação das pautas e reformas e só o Brasil quem perde com isso. Risco-país sobe ainda mais.

Luiz Fux, presidente do STF, em pronunciamento na tarde de ontem disse que ameaças à autoridade da Corte e o desprezo por decisões judiciais configuram crime de responsabilidade e ressaltou que a convivência entre visões diferentes sobre o mesmo mundo é pressuposto da democracia e quem repete o discurso "nós contra eles" propaga a política do caos.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), cancelou as sessões no Senado previstas para esta semana alegando falta de ambiente de segurança.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), pediu a pacificação entre os poderes. Disse também que o país tem um compromisso inadiável com as urnas eletrônicas em 2 de outubro de 2022, ao se referir às eleições do ano que vem e que a Constituição jamais será rasgada.

Na verdade, por aqui nada mudou, inflação continua alta e com indícios de subir ainda mais com a crise hídrica, preços cada vez mais altos e com exemplos muito óbvios, como os combustíveis. O povo parece que decidiu viver naturalmente como se não houvesse mais pandemia aglomerando e, ainda que uma parte use máscaras, parece que a vida voltou ao normal. Para nós do mercado financeiro, resta acompanhar desdobramentos de notícias aqui e pelo mundo afora, assim como índices e discursos de autoridades para tentar acertar o rumo do câmbio (no meu caso, pois vivo neste mundo). O fato é que os ruídos políticos dificultam a atração de investidores estrangeiros pelo Brasil, alias eles já estão afastados por ora.

Por aqui, saiu IGP-DI, que fechou agosto com deflação de 0,14%, invertendo a direção tomada um mês antes, de avanço de 1,45%. Com este resultado, o índice acumula alta de 15,75% no ano e de 28,21% em 12 meses. Apesar da queda registrada na taxa do IGP-DI, a inflação continua a pressionar a estrutura produtiva das empresas e o orçamento familiar. O resultado de agosto foi influenciado pela queda de 21,39% no preço do minério de ferro.

Ontem o presidente do Federal Reserve (Fed) de St. Louis, James Bullard, em entrevista ao Financial Times, disse que o quadro geral é que a redução de estímulos vai começar este ano e acabar em algum momento do primeiro semestre do próximo ano. Quanto antes isso ocorrer pior para os emergentes. O relatório Jolts de ontem divulgou oferta de empregos recorde nos Estados Unidos. Também ontem, a secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, pressionou novamente o Congresso para que discuta o limite de endividamento do governo norte-americano, dizendo que não estava claro por quanto tempo durariam as medidas do Tesouro para financiar temporariamente o governo federal. O resultado mais provável é que o dinheiro e as medidas extraordinárias se esgotem durante o mês de outubro, disse ela. A reunião do Fed, no próximo dia 22, pode definir quando será iniciado o processo de redução de compra de ativos (“tapering”).

Assunto importante de hoje no exterior é a decisão da política monetária na Europa, para ver se os estímulos da economia por lá já vão começar a ser retirados ou não. Essa possibilidade se dá em meio à revisão para cima do PIB da zona do euro no segundo trimestre no início desta semana. Será decidida também a taxa de juros. No Brasil, conheceremos hoje IPCA. Nos EUA, pedidos de seguro-desemprego e mais um discurso de membro do Fomc, Mary Daly e John Williams desta vez. Hoje o discurso do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, será um evento crítico para os mercados, pois será em meio a um avanço da variante delta e uma ligeira desaceleração da economia, conforme mostrou ontem o livro bege do Fed..

As surpresas negativas sobre a contração econômica na China e o payroll mais fraco nos EUA fizeram o mercado ficar mais preocupado com o impacto da variante delta no mundo e consolidam uma percepção mais pessimista no mercado. A grande questão é a incerteza em torno do nível de desaceleração do crescimento econômico mundial, redução do estímulo na economia americana e o potencial de aumento da inflação por lá. DXY em alta.

A volatilidade imperou ontem, mas sempre em alta. Mercado operou na mínima em R$ 5,1950 e não durou quase nada neste patamar, na máxima ficou em R$ 5,3337.

Hoje, mercado ainda vai continuar repercutindo as falas de Bolsonaro e a reação de autoridades aqui e pelo mundo. Apesar de ontem dólar te subido muito fechando em R$ 5,326, é importante monitorar hoje se haverá uma correção pelos mercados com investidores realizando posições, ou se a aversão a risco continuará forçando a taxa de câmbio. Vamos acompanhar a questão fiscal que pode trazer um certo alivio, ou descambar de vez.

Últimos comentários

Dolar se subir para 5,500 é mais do que normal nessa situaçao...
Quem vende dolar numa situaçao dessas ,só pode ficar implorando para cair novamente.....é um contra senso....
Ponto que eu considero muito importante.  A volatilidade imperou ontem, mas sempre em alta. Mercado operou na mínima em R$ 5,1950 e não durou quase nada neste patamar, na máxima ficou em R$ 5,3337.
Bom dia Vanessa. Bom dia mercado...
bom dia Vanessa, pra quem viu a alta do dolar ontem acho que não percebeu que subiu no vazio nem tinha volume, muitas vezes ele até parou que não tinha vendedores, porque se tivesse volume ia subir muito mais, o BC poderia ter intervido ontem sem um custo alto, mas infelizmente acho que tudo isso eh plantado pra alguns ganharem com isso. Hj daria até para acreditar em uma correção se não fosse algumas paralisoes dos caminhoneiros, tá difícil
ja saiu audio pra finalizarem os bloqueios. eles mesmos vao destruir a economia. kkk. ou acham que os precos nao iriam subir como da outra vez. pessoal nao pensa.
se olhar volume foi forte ontem. se tava vazio nao sei. mas olha no grafico diario. mas hoje deve ter correção de 100 pontos. pode ver. ate primeiro candle da alta.
tamanho de candle não quer dizer volume, tanto eh quer qualquer boletada de 100 contratos já subia o preço varios pontos, quando era próximo das 11:00 só parou de subir que não tinha vendedores, maioria dos movimentos foram feitos pelos HFts que foram empurrando nas faixas das Vwaps
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