Ibovespa tem variação discreta após recordes; MBRF volta a disparar
Nesta semana, Apple (NASDAQ:AAPL), Amazon (NASDAQ:AMZN), Alphabet (NASDAQ:GOOGL), Microsoft (NASDAQ:MSFT) e Meta Platforms (NASDAQ:META) divulgarão seus resultados referentes ao terceiro trimestre, e minha expectativa é de que esses balanços superem as projeções, dando início a um rali que pode se estender até o fim do ano.
O sentimento nos mercados já reflete essa antecipação. Os contratos futuros atrelados ao Nasdaq e ao S&P 500 avançaram antes dos anúncios, sinalizando que os investidores se posicionam para lucros mais robustos das maiores empresas de tecnologia do mundo.
Essas companhias não apenas se adaptaram ao ambiente de juros elevados dos últimos dois anos, mas aprenderam a prosperar nele.
A expansão das receitas em inteligência artificial, computação em nuvem e publicidade digital voltou a ganhar ritmo. A demanda por serviços baseados em IA está evoluindo de projetos experimentais para integrações completas nas operações corporativas. Os gastos com nuvem, que haviam desacelerado durante o ciclo de aperto monetário, estão se recuperando à medida que os orçamentos voltam a crescer. Já a publicidade digital nas grandes plataformas mostra reação, acompanhando a retomada do crescimento das empresas.
Os dados de inflação divulgados na semana passada vieram abaixo do esperado, reforçando as apostas de que o Federal Reserve poderá cortar os juros em sua reunião de 29 de outubro. A precificação atual de mercado indica uma probabilidade entre 95% e 98% de um corte de 25 pontos-base, o que levaria a taxa-alvo para algo em torno de 3,75% a 4%.
Se isso ocorrer, espero uma rápida retomada de liquidez nos ativos de crescimento, e as big techs devem ser as primeiras beneficiadas. Essas empresas possuem balanços sólidos, presença global e exposição direta a todos os grandes vetores estruturais de expansão, incluindo inteligência artificial, automação, infraestrutura em nuvem e ecossistemas digitais.
Custos de financiamento mais baixos tendem a estimular novos investimentos em produtividade e inovação. Cada dólar adicional de investimento corporativo acaba direcionado para tecnologia, seja em software, hardware, dados ou sistemas voltados à eficiência operacional. Esse capital fluirá diretamente para as principais franquias do setor.
Minha projeção é que essa combinação de lucros robustos e política monetária mais branda provoque uma reprecificação acelerada das ações de tecnologia. A rotação de capital de volta para o setor pode ser intensa, levando gestores que reduziram exposição no início do ano a buscar desempenho conforme o rali se fortalece.
Um desempenho sólido dessas líderes não ficará restrito aos Estados Unidos. Surpresas positivas das big techs tendem a elevar o sentimento em todo o mercado global.
Fabricantes de semicondutores e fornecedores de componentes na Ásia, especialmente no Japão, na Coreia do Sul e em Taiwan, devem se beneficiar com a expectativa de maior demanda ao longo da cadeia de suprimentos.
Também espero que o otimismo se estenda aos ativos digitais. A valorização do Bitcoin acima de US$ 115 mil reflete o retorno do apetite por risco e a crescente percepção de que o dólar tende a enfraquecer à medida que os juros recuam.
Se os lucros das big techs vierem acima do previsto e o Fed efetivamente reduzir as taxas, o Bitcoin e outros ativos alternativos poderão continuar avançando, à medida que investidores buscam diversificação de portfólio.
Minha previsão é que tanto o Nasdaq quanto o S&P 500 alcancem novas máximas históricas até o fim do ano. Caso as projeções dessas empresas se confirmem, sua capitalização combinada de mercado poderá crescer de forma expressiva.
O grupo das “Sete Magníficas” já responde por mais da metade dos ganhos do S&P 500 em 2025, e essa influência deve se ampliar.
Essa nova fase de liderança vai além do otimismo. Nos últimos dois anos, as grandes empresas de tecnologia reduziram custos, reorganizaram equipes e direcionaram investimentos para ganhos de eficiência com IA. Essa disciplina começa agora a se traduzir em margens operacionais mais elevadas, algo que deve se refletir nas declarações dos executivos e nas projeções futuras.
As avaliações permanecem altas e as expectativas elevadas, mas os fundamentos seguem sustentando a confiança. Se o Federal Reserve agir conforme o mercado espera, as condições de liquidez deverão se voltar novamente para os ativos de crescimento.
Somada à redução das tensões comerciais entre Estados Unidos e China e à demanda global estável, essa conjuntura cria o ambiente mais favorável para o setor em vários anos.
Para o investidor, o essencial é não confundir impulso com especulação. O rali que prevejo se apoia em rentabilidade, produtividade e coerência com a política monetária, não em euforia. As big techs continuam sendo o motor mais confiável do crescimento de lucros e da geração de caixa no mundo, e os resultados desta semana devem confirmar isso.
Minha projeção é que as big techs superem as expectativas, ampliem os ganhos até o fim do ano e impulsionem os principais índices globais a novas máximas até o encerramento de 2025. Inovação, liquidez e confiança voltam a convergir, criando as condições para uma nova fase de expansão dos mercados mundiais.
Este é um desses momentos.
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