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Base Política Fragmentada do Governo pode Prejudicar Intenções

Publicado 11.02.2015, 07:01
Atualizado 14.05.2017, 07:45

O desafio a ser superado pela nova equipe econômica é enorme e se faz cada vez maior, havendo agora de forma mais explícita o risco presente de surgimento de oposição às medidas reorganizadoras das diretrizes da política econômica do país, a partir da própria base de sustentação política do governo.

Como temos destacado a situação da economia brasileira bastante deteriorada envolve um grau de complexidade em que as medidas necessárias acabam por serem conflituosas entre si, o que já torna quase inviáveis mudanças de cenários no curto/médio prazo, e, sem apoio político para levá-las avante a missão da nova equipe econômica pode ficar amplamente comprometida.

Temos tudo de ruim em demasia, com forte risco de agravamento se as ações corretivas não forem sendo implantadas.

A reforma fiscal que sinaliza a busca de recuperação via eliminação das benesses concedidas pontualmente a alguns setores da economia que não corresponderam e mais acentuadamente pelo forte tarifaço que está sendo aplicado em proporções muito superiores às piores perspectivas. Provavelmente precisaria de cortes mais efetivos nos gastos do governo, mas os efeitos colaterais poderiam ter impactos que o governo não pretende que ocorram.

O resgate dos erros do passado conduz à correção dos preços relativos da economia, e este fato acaba por contaminar toda a cadeia produtiva que reajusta, com motivos e até sem motivos, seus preços no atacado que causam efeito direto no varejo. A inflação vem se tornando algo bastante perceptível pela população.

Correções dos preços administrados de forma intensa como nos combustíveis, na energia, nos transportes, etc. atingem duramente a renda da população.

Já há a percepção de que a economia está estagnada e com forte tendência à recessão, derretendo o PIB nacional que já é projetado negativo para este ano, o que deve fomentar o desemprego indesejável também por parte do governo.

Resultante imediata destas medidas, a inflação ganha força e certamente passará a exigir maior alta da taxa SELIC.

Afora isto, o Brasil precisa do preço do dólar justo/realista, compatível com o quadro de sua economia, e o Ministro Levy manifestou isto, sem o que a indústria brasileira que retrocedeu 3,2% em 2014 não tem chance de se redimir reconquistando o espaço perdido no mercado interno, já que ocorre o aumento do preço dos produtos importados o que deve determinar contração nas importações, e, ter condições de focar o mercado externo.

Dólar com seu preço justo exerce pressão inflacionária e a defesa, também, deverá ser feita com maior alta da taxa SELIC.

Taxa SELIC alta inibe investimentos, rejeição que se fortalece a partir do aumento de tributos que torna o país caro, afora a realidade do Brasil não despertar grande interesse neste momento para IED´s, até porque também o volume de empréstimos intercompanies contido nos IED´s devem ser reduzidos este ano.

Por outro lado, as empresas brasileiras estão no rol das que tomaram muitos recursos no exterior, por isso devem ser bastante moderadas nas captações este ano.

A situação do setor externo brasileiro é bastante critica a despeito de o país ter reservas cambiais em torno de US$ 372,0 Bi, liquidas US$ 352,0 Bi se abatermos as posições vendidas dos bancos que vem ancorando a necessidade de financiamento externo do país, e agravadas pelo volume em torno de US$ 120,0 Bi de swaps cambiais, que não são dólares efetivamente, mas que tem aceitabilidade baseada na existência destas reservas.

O nicho que o país tem para atração de investimentos de forma mais rápida é a oferta de concessões na infraestrutura, mas o governo parece lento nesta propagação e tem sido historicamente muito burocrático. Por este canal poderá atrair volumes substantivos de ingressos de recursos estrangeiros. O Ministro Levy pontuou este tema muito bem na reunião do G-20 colocando que o Brasil vai estimular os investimentos em infraestrutura, mas é necessário que saia da palavra para a ação efetiva nesta direção.

Mas neste momento a correta mensuração dos desafios a serem suplantados pelo país no seu reordenamento já deixa perceptível que haverá oposição política às medidas a partir da própria base de sustentação do governo que é muito fragmentada. A realidade que se coloca em perspectiva é de muitas perturbações em torno das novas diretrizes que precisam ser adotadas, e desta forma são crescentes as incertezas e esta circunstância já torna perceptível um possível retorno do pessimismo no mercado financeiro.

Os índices de confiança depois de uma breve e rápida melhora voltaram a ficar muito baixos, por isso não está havendo a retomada do investimento.

O grupo gestor da política econômica deverá enfatizar fortemente que o preço da moeda americana está em patamar compatível com o momento que o país atravessa, pois somente assim poderá efetivamente estimular o revigoramento da indústria nacional e a contenção das importações.

Na margem, esta atitude também fomentaria o interesse de capitais especulativos pelo Brasil, que tem atualmente perspectiva de SELIC mais elevada do que a atual, que, a despeito da má qualidade, poderiam dar um alivio com ingressos de recursos no país.

Temos observado muitas “falas” apontando a possibilidade de desmonte das posições “em ser” de swaps cambiais por parte do BC, mas de nossa parte não nutrimos esta expectativa que somente será factível quando o país recuperar fluxos positivos. Medida neste sentido poderia alavancar ainda mais o preço da moeda americana no nosso mercado, levando o BC a ter que fazer oferta direta de liquidez ao mercado a vista e futuro, o que na ponta poderia criar ambiente para movimentos especulativos sobre a moeda nacional.

Nossa projeção, realizada em dezembro, continua sendo do preço em torno de R$ 2,80 no 1º trimestre e R$ 3,20 ao final do ano. Mas haverá volatilidade naturalmente.

No momento os segmentos juros e câmbio estão muito estressados com o retorno das incertezas e aumento do pessimismo e dão evidência a isto com a alta.

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