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BC enfrenta o inexorável desafio de reverter o irreversível!

Publicado 19.10.2021, 10:45
Atualizado 09.07.2023, 07:32

O tempo é implacável, na maioria das vezes não permite que se resgatem erros cometidos na trajetória, e este é o desafio posto ao BC por não ter feito a coisa certa no tempo certo, e, agora, com a inflação consolidada no país de forma irreversível busca justificá-la de diversas formas, mixando ou atribuindo culpas a ocorrência da pandemia, a escassez de produtos e a elevação dos preços, buscando ocultar as omissões antecedentes que consolidaram a base de sustentação da inflação presente.

O Brasil tem problemas maiores com a inflação, até porque estimulou a elevação dos preços internos pela contaminação dos preços externos que rebotaram para a economia interna, ainda num ambiente de não escassez, ao implementar a tese do "câmbio alto e juro baixo", teoricamente correta como estratégia tentativa, mas que logo se revelou com baixa aderência do setor produtivo que não reagiu com investimentos e nem com incremento das exportações, que na realidade ficou restrito ao setor de commodities, em especial o agronegócio, que já tinha preços internacionais aquecidos e alavancou seus ganhos com o dólar alto.

Hoje o país exporta 70% em commodities, retornou a sua condição colonial, e pode ter problema logístico de escoamento dos produtos já que o seu modal de transporte é 70% rodoviário dependente do diesel, e que começa a criar inquietações nas empresas de transporte.

Então, neste cenário adverso praticamente irreversível o BC busca corrigir o incorrigível e não logra sucesso e todo o contexto coloca muitas dúvidas acerca de como será 2022, que se configura com grande potencial de ser um ano perdido.

A serpente inflacionária, agora aquecida pelos custos devido a escassez dos produtos e pelas crises hídrica/energética, está consolidada e não se vê reversão consistente no curto prazo, o que compromete 2022, e a ineficácia de alcance de medidas como elevação da taxa SELIC ou oferta massiva de dólares, na forma de contratos de swaps cambiais ou moeda à vista, é notória.

O antídoto temporal à ascensão do preço do dólar teria sido a elevação da SELIC no tempo certo, na medida em que se verificava o insucesso da tese do "câmbio alto e juro baixo", que a despeito de tudo também foi excessivo.

O BC/COPOM claudicou, fazia o "discurso" certo, mas tinha atitude incompatível, não foi o gestor eficiente, o zelador da politica monetária.

O tempo cria o imponderável, agora temos um quadro irreversível e, certamente, o BC/COPOM adotará tardiamente e ainda assim de forma modesta a elevação da taxa SELIC e se limitará a intervenções no câmbio com oferta de contratos de swaps cambiais e/ou dólar à vista.

Mais do mesmo, e seguimos....

O contexto atual é de retrocesso, projeção do PIB 2022 cadente forte, e, naturalmente, queda de arrecadação num ambiente de aperto da questão fiscal, que ainda permanece indefinida e pressionada pela necessidade de planos assistenciais e acomodações dos pagamentos dos precatórios.

O risco CDS tem captado esta mudança de humor e com isto acentua-se a queda dos investimentos estrangeiros e, também, da FBCF, o que compromete cada vez mais a ambição da retomada da atividade.

Na medida em que a pandemia vai "aliviando" sua pressão sobre a atividade, a tendência é que ganhe notoriedade a dimensão dos danos causados pelas falhas na politica monetária ao longo do governo, em especial antes mesmo da pandemia.

O viés do preço do dólar pelo ambiente interno é de alta, podendo ser contemporizado pelo comportamento externo, mas a tendência perdura esta, enquanto o juro deverá continuar pressionado e a Bovespa pode sofrer o refluxo de grande parte dos recursos que detém atualmente para a renda fixa, que tende a se configurar mais atraente e segura como perspectiva de rentabilidade.

Últimos comentários

Comungo da mesma tese. Só não sei se foi erro ou intenção, haja vista que as medidas adotadas favoreceram um único setor da economia, aliás, o que tem maior peso de apoio ao governo. Não podemos esquecer, ainda, que nesse período de juros fictícios ou surreais, com inflação elevada e câmbio descompassado, houve um grande confisco nas economias de renda fixa, onde a maior parte da população tem suas reservas.
Sidnei Nehme. Mais uma vez sua excelente analise fundamentalista macro de mercado. Lendo os comentários, contudo, é de se destacar a polarização ideológica das opiniões. Haja paciência! Façamos assim, quem é de Bolso faz arminha, quem é Lulu faz o élezinho com indicador e polegar, aí quando forem no mercado, no posto de combustível, na farmácia e na casa de cambio trocar por doletas. Vai que cola uma empatia e o vendedor e/ou atendente retira a inflação do produto. Haja paciência... O que temos ai é só mais do mesmo populismo para ganhar a eleição... o que resolve, um pacto pela reforma politica... o resto é cena.
O governo erra em insistir em auxílios ao invés de  destravar as reformas no congresso. O povo precisa de trabalho e renda e não migalhas!
Exatamente. Governo errou e errou feio, os que pagam as contas somos nós como sempre.
excelente pensamento.
excelente. os erros na política monetária deste governo se assemelham ao erros do governo Dilma. Juros não se baixam por decreto.
Que decreto? O governo por acaso decreta alguma coisa sem parlamento e STF? Comparar qq coisa desse governo com o da Dilma que nem teve pandemia falta vergonha na cara.
Critique mas seja honesto pra criticar,
Perfeita análise Sidnei
irreversivel kkk comedia hein.
vc nao entende nada de economia e fundamentos so sabe kkkk
Reverter o mesmo que ele causou agora é tarde se fizesse isso entre maio e julho , mais não
Acho que não volta mais não
Mais uma excelente análise, contraponto aos economistas chapa branca.
selic 2pp de uma vez. só vai cair se selic 14%
inflação irreversivel foi forçado... era melhor ter colocado aspas.
Até concordo com vc, mas que a inflação aparenta ser irreversível à vista de que nunca em qualquer época que me lembre, no Brasil, os preços voltaram a patamares anteriores, após uma desvalorização, acredito que realmente, no Brasil, seja mesmo irreversível.
Realmente não existe histórico de reversão de preços. Se o dólar baixar vai ser uma redução prejudicial ao setor produtivo nacional. Dólar baixo, produtos importados mais baratos, custo Brasil alto e .....quebradeira geral
E ainda temos que torcer para que a economia não sofra outro revés da pandemia ou alguma insurgência antidemocrática, e ainda, que em 2022 consigamos sobreviver a uma eleição presidencial de extremos opostos...
Tenha certeza de que ficará polarizado e de que vai piorar.
 neste cenário, o único lugar seguro é as Ilhas Virgens...ou não ...rsrs
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