🔥Ações selecionadas por IA com InvestingPro Agora com até 50% de descontoGARANTA JÁ SUA OFERTA

Bendine Seja!

Publicado 06.02.2015, 21:11
USD/BRL
-

O que dá para falar

Não tem como começar com outra coisa. O tão aguardado anúncio de novo CEO da Petrobras frustrou as expectativas de mercado, vide a forte retração das ações.

É obviamente precipitado comentar sobre como será o perfil de gestão de Aldemir Bendine, à frente da estatal. Isso só o futuro dirá. Qualquer coisa neste sentido não passa de mera elucubração.

Vou me ater, portanto, ao perfil de gestor que o mercado esperava para a Petrobras.

Ao embutir sobre as ações uma alta percentual maior inclusive do que quando da descoberta do pré-sal, o mercado apostava em um “dream team” para a empresa.

O pacote dos sonhos incluía ao menos 3 coisas: nomes que remetessem ao estado da arte em termos de governança corporativa, relativamente blindados de ingerência política orientados o mercado, de forma a recuperar a credibilidade (e as contas) da empresa



O mercado sonhou com Agnelli (ex-Vale), Meirelles (ex-Bacen e atual holding da JBS) ou Paulo Leme (Goldman Sachs) e acordou com Aldemir Bendine (ex-BB).

O que acho do Bendine?

Que, em primeiro momento, ele não atende às condições listadas acima.

Não é propriamente um nome ilibado em termos de boas práticas de governança corporativa. Famoso pelo escândalo dos empréstimos em benefício da apresentadora Val Marchiori (ex-Mulheres Ricas), e citado pelas matérias do dia por problemas recentes com o Fisco.

Embora sob a égide de “banqueiro”, não é um nome de mercado. BB é uma estatal, recente alvo de ingerência política sob sua sua gestão.

Foi quem colocou na rua o "Bom para todos", negócio totalmente anti-mercado (e anti-BB), em clara subserviência ao planalto.

Em uma economia em frangalhos, o banco estatal, a mando do governo, expandiu carteira de crédito a mais de 20% ao ano, algo completamente descolado da realidade, e agora lida com deterioração do ROE e risco de aumento da inadimplência, enquanto pares privados como Itaú e Bradesco nadam de braçada.

Pode fazer uma bela gestão à frente da empresa? Pode. Torçamos para isso.

Mas definitivamente não é “super-homem” que estava nas contas do mercado.

Esclarece-se: a perda dos acionistas da Petrobras especificamente hoje, que fique claro, não está na conta da Dilma. A presidente tem sistematicamente decepcionado e enganado o mercado. Quem esperou postura diferente desta vez, foi ingênuo (e perdeu dinheiro). Não faltou aviso.

Meta de inflação? Móoorreu

A inflação oficial (IPCA), que a presidente chegou a afirmar durante campanha que “está em 0%”, atingiu a maior alta para janeiro em 12 anos, acumulando 7,14% em doze meses, bastante acima do teto da meta de inflação.

E segue contando.

Janeiro ainda não captura eventos importantes, como a escalada mais recente do dólar, o impacto mais sério do aumento de combustíveis na bomba e o iminente aumento adicional nas tarifas de energia.

E houve quem nos acusasse de terrorismo ao afirmar, há um ano, que a inflação real já havia estourado o teto da meta, considerando o represamento de preços pré-eleição.

Agora, parte do mercado começa a revisar as suas contas de forma mais enfática, sugerindo inflação em torno de 8%, com juros acima de 14% e retração da ordem de 1,5% da economia brasileira em 2015 com racionamento de água e energia.

A conclusão é a mesma de um ano atrás: a situação é periclitante; e vá de títulos pós-fixados.

Um tapa na cara

Agora, um tapa na cara dos analistas e economistas de mercado.

O serviço de informações financeiras da Bloomberg compila dados de postagens de pessoas via twitter para monitorar expectativas para indicadores econômicos, e esta pesquisa tem indicado dados mais precisos do que as projeções do consenso dos economistas.

Com base nisso, divulgou hoje as expectativas para os dados do mercado de trabalho americano:
twitter: criação de 223 mil vagas de trabalho em janeiro
economistas: criação de 230 mil vagas

E quanto veio?

257 mil vagas de trabalho, atingindo o melhor resultado para o período de inverno desde 1997. E, atropelando ambas as expectativas. Sinal no sentido de recuperação mais consistente da economia americana e potencial acelerador do processo de alta dos juros por lá.

E o dólar chega a R$ 2,78...

Últimos comentários

Carregando o próximo artigo...
Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.