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BlackRock: Guerras Comerciais Afetam Ganhos da Maior Gestora de Ativos do Mundo?

Publicado 18.07.2019, 18:16
Atualizado 02.09.2020, 03:05
  • Os resultados do 2T19 serão divulgados na sexta-feira, 19 de julho, antes da abertura do mercado;
  • Expectativa de receita: US$ 3,58 bilhões;
  • Expectativa de lucro por ação: US$ 6,65.

A maior gestora de ativos do mundo, a BlackRock (NYSE:BLK), será objeto de intenso escrutínio quando divulgar seus resultados do segundo trimestre amanhã. Os investidores estão preocupados e querem saber exatamente como a lucratividade da empresa está sendo afetada pela desaceleração do crescimento e pelas guerras comerciais.

Os analistas não estão muito otimistas com as expectativas de crescimento no curto prazo dessa empresa sediada em Nova York. Para o trimestre encerrado em 30 de junho, a BlackRock deve registrar vendas e lucro praticamente estáveis em comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com as previsões consensuais. Pode haver uma queda no lucro de US$ 6,66 para US$ 6,65 por ação, na comparação anual, sobre vendas de US$ 3,58 bilhões.

O desempenho financeiro da BlackRock nos últimos trimestres tem variado bastante para os investidores. Mesmo depois de registrar um declínio nos resultados no ano passado, a empresa foi capaz de produzir uma impressionante elevação nas vendas, que aumentaram 4,5% em 2018. Mas esse desempenho não parece tão promissor neste ano. As vendas caíram 7% em relação ao ano passado no primeiro trimestre, apesar do mercado em ascensão.

A BlackRock se tornou uma gestora financeira de US$ 6,5 trilhões durante o mercado de alta da última década, graças ao sucesso dos seus negócios de iShares ETF. Os ETFs, sigla em inglês para fundos negociados em bolsa, têm sido o motor de crescimento da BlackRock desde a crise financeira de 2008, permitindo-lhe mais do que dobrar os ativos sob gestão.

Mas essa área de crescimento está ficando ameaçada, pois a empresa enfrenta uma desaceleração nas entradas líquidas e uma guerra comercial que está pressionando as taxas para baixo. A concorrência tanto de players grandes quanto menores tem pressionado as margens, de acordo com dados da Bloomberg. Há cinco anos, a BlackRock gerava cerca de US$ 0,25 em receita por ano para cada dólar que administrava. No ano passado, esse número caiu para US$ 0,23, caindo ainda mais no primeiro trimestre, para US$ 0,21.

Gráfico BlackRock

Esses ventos contrários foram os principais responsáveis pelo desempenho irregular das ações da BlackRock desde o início de 2018. Negociados a US$ 470,85 no fechamento de ontem, os papéis da empresa dispararam cerca de 20% neste ano, mas se valorizaram apenas 10% nos últimos dois anos.

Ainda é um nome de peso

Apesar desse pano de fundo negativo, a BlackRock continua sendo um nome de peso na área de gestão de ativos. É difícil deixar de reconhecer sua posição dominante e seu potencial de valorização no futuro. Os ETFs, por exemplo, ainda são incipientes fora dos EUA.

A companhia prevê que o mercado global para os fundos mais do que dobrará no final de 2023, atingindo US$ 12 trilhões, impulsionado pela pressão cada vez maior por menores taxas de administração e pelo interesse crescente dos investidores em utilizar os ETFs de títulos para ter uma fácil exposição a mercados de renda fixa.

O software de risco financeiro da empresa, conhecido como Aladdin, continua sendo uma poderosa ferramenta geradora de receitas recorrentes, uma excelente proteção para quando os mercados entrarem em terreno negativo. O Aladdin é capaz de prever como o desempenho de uma carteira pode ser afetado em cenários extremos, como no crash de 2008. Entre seus usuários estão fundos de pensões, seguradoras e gestores de ativos concorrentes que pagam pela licença do Aladdin com base nos recursos que utilizam.

Conclusão

A BlackRock, apesar da sua ampla vantagem competitiva e do seu potencial de crescimento futuro, não é o tipo de ação que o investidor deveria adquirir em momentos de vulnerabilidade do mercado, em razão dos riscos cada vez maiores ao crescimento global. As ações da BlackRock estão sendo negociadas com um múltiplo de quase 18 vezes seu lucro previsto nos próximos 12 meses, depois de caírem de 21 no início do ano passado, sugerindo que os investidores estão ajustando suas expectativas.

Após o forte rali da última década, em nossa visão, seus papéis já deram o seu melhor neste mercado de alta e, no curto prazo, é pouco provável que sejam uma aposta capaz de gerar grandes retornos. Ficar de fora é a melhor estratégia para essa ação.

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