Os preços da arroba do boi gordo seguem enfraquecidos no mercado nacional, cenário que vem sendo verificado desde o final de fevereiro, quando os embarques de carne à China foram suspensos, seguindo protocolo estabelecido entre o Brasil e a China em casos de registros de “mal da vaca louca”. Já os preços da carne negociada no mercado atacadista da Grande São Paulo estão firmes. Assim, na parcial de março (até o dia 14), enquanto o Indicador do boi gordo CEPEA/B3 (mercado paulista) registra média de R$ 274,48/@, a carcaça casada é comercializada no atacado a R$ 284,85/@, ou seja, com vantagem de 10,37 Reais/@ para a proteína. Trata-se da maior diferença de preços entre o boi gordo e a carne desde outubro de 2021, quando justamente o setor pecuário nacional atravessava um cenário de suspensão de envios da proteína à China.
SUÍNOS: PODER DE COMPRA DO SUINOCULTOR RECUA
A queda nas cotações do animal vivo nestes últimos dias vem reduzindo o poder de compra do suinocultor paulista frente aos principais insumos da atividade, milho e farelo de soja. Segundo pesquisadores do Cepea, a pressão sobre os preços do animal vem do enfraquecimento da demanda pela indústria por novos lotes de suínos para abate. Diante disso, cálculos do Cepea mostram que, na terça-feira, 14, o suinocultor da região de Campinas (SP) conseguia adquirir 5,26 quilos de milho com a venda de um quilo de suíno, 0,7% a menos que na terça-feira anterior. Quanto ao farelo de soja, o suinocultor pode comprar 2,71 quilos do derivado com a venda de um quilo de suíno, retração de 0,8% em relação ao volume da terça anterior.