Após tarifas de Trump ao Brasil, small cap na B3 subiu mesmo com mercado negativo
Os custos de produção da pecuária de corte nacional apresentaram em 2022 movimentos distintos dentre as fazendas típicas que representam o sistema de cria e as de recria-engorda, com aumento de 10,15% para o primeiro caso e queda de 12,56% para o segundo, conforme pesquisas realizadas pelo Cepea em parceria com a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil). O fator determinante para esse resultado foi a desvalorização do bezerro, que é o principal insumo do pecuarista que trabalha com a recria-engorda. Já os demais insumos utilizados na produção do gado de corte de ambos os sistemas registraram valorização significativa ao longo de 2022. Pesquisadores do Cepea ressaltam que, por enquanto, o cenário que se desenha para 2023 é de incremento nos custos de produção, sobretudo por conta do dólar ainda alto, que mantém encarecidos os insumos importados, e ao contexto externo, como a guerra na Ucrânia e a possibilidade de recessão global.
SUÍNOS/CEPEA: COMPETITIVIDADE DA CARNE SUÍNA CRESCE FRENTE À BOVINA, MAS CAI FRENTE À DE FRANGO
As carnes suína, de frango e bovina comercializadas no atacado da Grande São Paulo vêm registrando desvalorizações nesta parcial de janeiro. Porém, o movimento de baixa dos preços das proteínas suína e bovina está menos intenso que o observado para a frango. Diante desse cenário, a competitividade da carne suína tem aumentado em relação à bovina, mas caído frente à avícola. Para a carne suína, especificamente, agentes consultados pelo Cepea relatam que a demanda enfraquecida pressionou as cotações na segunda quinzena de janeiro. Quanto ao frango inteiro resfriado, a procura, que já vinha se desaquecendo desde dezembro, continua recuando neste mês. Além disso, agentes reportam aumento da oferta no mercado interno, o que intensificou o movimento baixista. Dessa forma, nesta parcial de janeiro, a carcaça especial suína está 4,17 Reais/kg acima do valor do frango inteiro, aumento de 3% frente à diferença registrada em dezembro – o aumento na diferença de preço entre os produtos favorece a competitividade do frango, que fica mais “em conta” aos consumidores. Já com relação à carcaça casada bovina, a diferença está em 8,26 Reais/kg, avanço de 1,2% na comparação com o mês anterior. Nesse comparativo, a carcaça especial suína tem maior competitividade na média parcial de janeiro, uma vez que sua cotação se distancia da carne bovina.