A injeção adicional de US$ 71,2 bi foi um dos elementos a garantir o retorno à normalidade do mercado chinês, com Shangai subindo 1,34% e puxando as bolsas asiáticas.
O mercado tenta retomar a aparente normalidade, com o usual apetite pelo prêmio de maior risco de ativos como bolsas de valores, porém as incertezas quanto ao problema do vírus continuam ativas, assim como a doença em larga escala.
A contagem mais recente dispunha de 20.677 infectados, 427 mortos e 697 curados, este número subindo em maior proporção, o que exatamente traz o alento de que o governo chinês esteja agindo de modo a deter a doença.
Deste modo, as atenções se voltam às agendas macro e microeconômicas, com a temporada de balanços corporativos ganhando corpo na Europa e no Brasil, continuando suas divulgações nos EUA.
Localmente, o primeiro dia da reunião do COPOM não traz grandes movimentações, porém os investidores se colocam majoritariamente apostando em um corte, ainda que os elementos da defasagem das ações de política monetária estejam subestimados nas análises.
Relembrando o mais recente relatório de inflação, onde o BC cita que "A política monetária tem impacto sobre a economia com defasagens longas, variáveis e incertas, usualmente estimadas em até dois anos", ou seja, ainda estamos sob a égide do corte para 6,5% aa.
Se utilizarmos a defasagem mais usualmente considerada, de 6 a 9 meses, somente em janeiro deste ano estaríamos sob o primeiro corte promovido por esta gestão do BC. Portanto, a atividade econômica no fim de 2019 não respondeu aos cortes e sim a parâmetros próprios.
O investimento privado reagiu com aumento da confiança, ao evento “queda nos juros” e à aprovação da reforma da previdência e ainda que o ritmo da atividade pareça insuficiente, ele está ocorrendo à vista de inclusive indicadores antecedentes e em números absolutos.
Basta agora entender qual será o entendimento do Banco Central acerca de tal defasagem e do potencial de movimentos de juros.
No âmbito político internacional, a votação dos Democratas no Caucus em Iowa para o início das primárias presidenciais terminou sem resultado por problemas considerados técnicos e inconsistências dos resultados, os quais poderão ser divulgados mais tarde, ainda hoje.
A agenda macroeconômica reserva a produção industrial no Brasil hoje, com expectativa negativa, pela sazonalidade de dezembro e pedidos às fábricas e bens duráveis nos EUA.
Atenção hoje aos balanços de Walt Disney, BP, Sony, Chipotle, Chubb, Prudential, Ford e Snap.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, com o mercado reagindo às ações do governo chinês contra o vírus.
Na Ásia, dia negativo, com a nova injeção de recursos do governo chinês.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas generalizadas, exceção ao ouro e minério de ferro.
O petróleo abre em alta, com expectativa sobre a China.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -9,74%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 4,2466 / -0,85 %
Euro / Dólar : US$ 1,11 / -0,036%
Dólar / Yen : ¥ 109,09 / -0,348%
Libra / Dólar : US$ 1,30 / -0,015%
Dólar Fut. (1 m) : 4254,46 / -0,80 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 22: 4,93 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 23: 5,46 % aa (-1,09%)
DI - Janeiro 25: 6,15 % aa (-0,97%)
DI - Janeiro 27: 6,52 % aa (-1,21%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,7635% / 114.629 pontos
Dow Jones: 0,5088% / 28.400 pontos
Nasdaq: 1,3383% / 9.273 pontos
Nikkei: 0,49% / 23.085 pontos
Hang Seng: 1,21% / 26.676 pontos
ASX 200: 0,37% / 6.949 pontos
ABERTURA
DAX: 1,114% / 13190,50 pontos
CAC 40: 1,256% / 5905,76 pontos
FTSE: 1,326% / 7423,37 pontos
Ibov. Fut.: 0,85% / 114903,00 pontos
S&P Fut.: 1,029% / 3283,50 pontos
Nasdaq Fut.: 1,174% / 9229,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,82% / 74,69 ptos
Petróleo WTI: 1,80% / $50,82
Petróleo Brent: 1,07% / $54,87
Ouro: -0,65% / $1.568,51
Minério de Ferro: -3,71% / $78,33
Soja: 0,86% /$ 884
Milho: 0,46% / $381,25
Café: 1,74% / $99,70
Açúcar: 1,01% / $15,03