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Café ainda na mão dos algoritmos e especuladores

Publicado 29.05.2023, 09:10
Atualizado 14.05.2017, 07:45

Nessa semana as informações vindas do USDA* e as notícias sobre a economia americana levando a um novo aumento dos juros americanos na próxima reunião do FED jogaram o mercado pra baixo. O USDA* está estimando uma safra colombiana em +11,60 milhões de sacas e a safra do Vietnam em +31,30 milhões de sacas (com o “mercado” aguardando uma safra <= +10,50 milhões de sacas e <= +29,00 milhões de sacas respectivamente). Então, teoricamente, o mercado esta “recebendo” aproximadamente +3,00 milhões de sacas para aumentar o lado da oferta no balanço mundial da “oferta x demanda”. E deixando o índice “estoque x consumo” em patamar “confortável” ao redor dos +10%!

A inflação nos EUA segue firme e forte. Nessa semana foi publicado dados atualizados do “poder de compra dos americanos” durante o mês de abril, e os números vieram novamente acima do esperado em +0,50% x esperado em +0,10% (indicando agora uma nova probabilidade real para um novo aumento de +0,25 pontos na próxima reunião do mês de junho). Assim, se concretizado, os juros americanos irão para o novo patamar entre +5,25 / +5,50% ao ano.

Para finalizar, a economia alemã retraiu -0,30% (colocando a principal engrenagem da zona do euro em “recessão técnica”) e a Rússia “deu a entender” que não vai aceitar novas reduções na produção de petróleo prevista para ser anunciada pelos membros da OPEC+ na reunião agendada para os dias 5/6 de junho. Com isso o petróleo chegou a cair -4,5% mas no decorrer da semana consegui se recuperar e terminou com o petróleo tipo WTI @ +72,87 US$/barril e o petróleo tipo Brent @ +77,12 US$/barril. E a economia chinesa segue com crescimento estagnado aguardando por novos estímulos do governo local.

Com o provável novo aumento dos juros americanos o US$ voltou a valorizar levando o R$ a negociar novamente nos +5,03 R$/US$ (terminou a semana novamente abaixo dos +5,00 R$/US$ @ +4,988 R$/US$).

Com tantas incertezas pela frente o mercado cafeeiro segue no modo “aversão ao risco”. O set-23 caiu -5,83% fechando a semana @ +179,55 centavos de dólar por libra-peso (fechamento sexta-feira semana anterior / máxima / mínima / fechamento dessa semana respectivamente @ +189,30 / + 191,05 / +178,25 / + 179,55 centavos de dólar por libra-peso).

Em R$/saca, para o café tipo arábica, o mercado interno voltou a testar o patamar dos +1.000 R$/saca, oscilando entre +960 / +1.100 R$/saca dependendo da qualidade / tipo bebida / certificações e localização para entrega.

Em Londres o mercado do café tipo robusta continua firme. Notícias continuam indicando a redução nos embarques do Vietnam e Indonésia durante os meses de abril-23 e agora maio-23. Os prêmios pagos no mercado interno continuam firmes (+100/+180 US$/ton). Os vencimentos julho-23 e set-23 fecharam a sexta-feira novamente acima dos +2.500 US$/ton (+2.574 US$/ton vencimento julho-23 e +2.528 US$/ton vencimento set-23).

A colheita no Brasil continua sem problemas. Aproximadamente já foi colhido entre +25%/+30% da safra do café tipo robusta e no máximo +10% do café tipo arábica. Muitos produtores do café robusta no estado do Espirito Santo seguem informando quebras nas suas lavouras entre -25%/-40%! Por outro lado, o “mercado” e o presidente da Cecafé* continuam otimistas com uma estimativa ainda acima dos +20,00 milhões de sacas. Em breve saberemos quem estava correto nas suas projeções.

Os estoques certificados, como previsto em comentário anterior, voltou a romper o patamar dos +600.000 sacas e terminou a semana com +598.493 sacas apenas. Será que vamos ver um “4” na frente em breve?

A exportação brasileira no mês de maio-23, segundo os dados da Cecafé, está projetando aproximadamente +2,52 milhões de sacas (considerando que o mês de maio tem 31 dias). Considerando a mesma exportação no mês de junho-23 em +2,50 milhões de sacas então realmente o Brasil dificilmente irá exportar +35,50 milhões de sacas (frustrando muitas previsões entre +38/+40 milhões de sacas – algumas casas estimavam a exportação brasileira em até mesmo +42 milhões de sacas).

Novamente vejo o “mercado” nas mãos dos algoritimos e especuladores operando em função dos gráficos, das “médias-móveis”, buscando nesse momento romper a média-móvel dos +100 dias no julho-23 e set-23 (respectivamente @ +178,20 e +176,50 centavos de dólar por libra-peso). Se a média-móvel dos +100 dias for rompida, próximo suporte importante a ser “testado” será o piso da “Banda de Bollinger*” da média móvel dos +50 dias (respectivamente @ +168,90 e +167,70 centavos de dólar por libra-peso).

Poderemos chegar lá? SIM! Basta a “aversão ao risco” continuar na próxima semana, e o clima continuar contribuindo para o avanço nas operações de colheita. Por outro lado, já existem previsões para uma nova frente fria a partir do dia 6-7 de junho. Qualquer sinal / probabilidade de geadas poderá voltar a dar folego ao mercado. O inverno ainda não começou! E tudo indica que teremos um inverno “frio”!

Se o mercado vier a buscar os suportes acima, então, o mercado interno voltará a negociar abaixo dos +1.000 R$/saca devendo trabalhar no intervalo entre +850 / +950 R$/saca.

Infelizmente poucos produtores realizaram a compra do seguro que venho sugerindo há meses! Muitos ainda por falta de conhecimento e muitos outros por “teimosia” mesmo – o mercado é soberano!

Nessa semana indicamos a estrutura para a próxima safra 24/25, contra o set-24, onde o produtor poderia ter garantido o “direito mas não a obrigação” em fixar a sua safra 24/25 com piso @ +1.080 e a “obrigação” em vender @ +1.350 R$/saca já considerando um custo na operação estimado ao redor dos +60 R$/saca (e desde que o Set-24 terminasse acima dos +150 ou acima dos +224 centavos de dólar por libra-peso no dia 08 de agosto de 2024). Nada mal quando o mercado/cooperativas já estavam indicando interesse em pagar aproximadamente +940/+980 R$/saca.

Como já falamos aqui, se a próxima safra 24/25 brasileira vier acima dos +70/+75 milhões de sacas combinado com eventual redução no consumo na Europa/Estados Unidos e recuperação eventual na Colômbia, América Central e Vietnam, então acredito ser possível NY buscar os +150/+130 centavos de dólar por libra-peso (com liquidação em R$/saca próximo dos +800/+780 R$/saca). Segundo o pessoal da Procafé* as principais regiões produtoras estão com armazenamento hídrico acima do esperado. Com “temperatura e pressão” constantes até a próxima florada então a próxima safra 24/25 tem tudo para ser uma “grande safra”.  

Como sempre, fiquem atentos, acompanhem o mercado diariamente, aproveitem as oportunidades, e, PROTEJAM-SE!

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