O mercado brasileiro de café inicia 2025 com poucos agentes ativos e praticamente sem negócios realizados, conforme apontam levantamentos do Cepea. Ainda retornando das festividades de fim de ano, parte dos compradores e vendedores continua afastada do spot nacional. Segundo colaboradores do Cepea, a comercialização do grão deve começar a ganhar ritmo a partir desta ou da próxima semana. Quanto aos preços, expectativas de mais uma safra de oferta limitada no Brasil vêm dando suporte às cotações do arábica, que seguem em patamares reais próximos de 1997 em termos reais (deflacionamento pelo IGP-DI de dezembro/24). Para o robusta, pesquisadores do Cepea explicam que o quadro é similar. Com o Vietnã, maior produtor da variedade, devendo colher um pouco menos na safra 2024/25 e com dificuldades de envio aos principais países consumidores, a oferta mundial tende a seguir justa, favorecendo a demanda pelo produto brasileiro. Nesse cenário, a variedade continua em patamares recordes reais da série histórica do Cepea, superiores a R$ 1.800/sc de 60 kg nos primeiros dias do ano, conforme o Indicador CEPEA/ESALQ do tipo 6, peneira 13 acima, a retirar no Espírito Santo.
AÇÚCAR: 2025 inicia com baixa liquidez
Como já esperado para este período de recesso, as negociações envolvendo o açúcar cristal branco no mercado spot de São Paulo estiveram lentas nos primeiros dias de 2025. Com liquidez reduzida, os preços apresentaram pequenas oscilações, conforme apontam levantamentos do Cepea. No balanço de 30 de dezembro de 2024 a 3 de janeiro de 2025, a média do Indicador CEPEA/ESALQ, cor Icumsa de 130 a 180, foi de R$ 160,43/saca de 50 kg, ligeira alta de 0,08% em comparação com a do intervalo anterior.
ETANOL: Demanda aquecida sustenta cotações neste início de ano
O ano de 2025 se iniciou com a demanda por biocombustível bastante aquecida. Levantamento do Cepea mostra que, de 30 de dezembro/24 a 3 de janeiro/25, o volume de etanol hidratado negociado no mercado spot do estado de São Paulo quase dobrou frente ao período anterior. Além da expectativa de preços firmes nos próximos meses com a entressafra mais prolongada no Centro-Sul, a reposição das vendas do período de festividades do ano passado também deu suporte às cotações. Entre 30 de dezembro e 3 de janeiro, o Indicador CEPEA/ESALQ do etanol hidratado fechou em R$ 2,6712/litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins), avanço de 0,99% frente ao período anterior. No caso do anidro, o Indicador CEPEA/ESALQ subiu 0,82%, a R$ 3,0339/litro, valor líquido de impostos (sem PIS/Cofins).