As chuvas registradas nas regiões produtoras brasileiras de café têm sido positivas às lavouras tanto de arábica como de robusta. Segundo pesquisadores do Cepea, as precipitações devem auxiliar no enchimento dos grãos de cafezais mais tardios e contribuir para a realização das últimas adubações da safra – a umidade do solo favorece a absorção dos nutrientes. O ritmo de negócios segue lento no spot nacional, mas esse cenário pode mudar nas próximas semanas; com a proximidade da colheita, mais lotes devem ser escoados, à medida que produtores precisem fazer caixa para custear os trabalhos no campo. Por enquanto, o diferencial entre os preços das variedades continua estreito. Nesta parcial de março (até o dia 25), o Indicador CEPEA/ESALQ do robusta registrava média de R$ 883,54/sc e o do arábica, de R$ 1.010,87/sc, resultando em diferença de 127,33 Reais/sc – em março do ano passado, era de quase 460 Reais/sc.
ARROZ: CLIMA DEIXA SETOR EM ALERTA
As fortes chuvas ocorridas no Rio Grande do Sul na última semana deixaram o setor arrozeiro em alerta. Segundo pesquisadores do Cepea, em algumas regiões, houve acamamento das plantas, o que pode acarretar em perdas de produtividade nesta fase final de ciclo. Além disso, estruturas de secadores e galpões ficaram comprometidas em determinadas localidades e alguns acessos rodoviários foram dificultados. Diante disso, o ritmo de negócios esteve lento nos últimos dias. Quanto aos preços, ainda que muitos compradores tenham pressionando as cotações do casca, em algumas regiões, os valores chegaram a esboçar reação para determinadas faixas de rendimentos. Do lado produtor, são poucos os que necessitam “formar caixa” neste momento. Assim, a oferta esteve restrita, também conforme pesquisadores do Cepea.
ALGODÃO: LIQUIDEZ SEGUE BAIXA NO SPOT
O mercado de algodão em pluma segue enfraquecido, com compradores e vendedores mostrando pouco interesse em realizar novos negócios no spot. Dentre os agentes ativos, observa-se desacordo quanto ao preço e/ou à qualidade dos lotes disponibilizados. Segundo pesquisadores do Cepea, produtores estão atentos ao desenvolvimento da próxima temporada e buscam melhores oportunidades para liquidar o saldo da safra 2022/23. Do lado comprador, indústrias fazem aquisições pontuais para entrega imediata, ao passo que outras unidades trabalham com estoques e/ou com a matéria-prima já contratada.