A expectativa de parte dos agentes consultados pelo Cepea é que a safra 2018/19 seja volumosa. Isso porque a produção brasileira de café (arábica e robusta) pode atingir entre 54,44 e 58,51 milhões de sacas de 60 kg, o que seria de 21,1% a 30,1% superior à temporada atual (2017/18), de acordo com estimativas da Conab. A maior safra estaria atrelada à bienalidade positiva dos cafezais de arábica e à recuperação da produção do robusta, por conta do clima favorável, segundo a Conab. Quanto aos preços, para o arábica, o Indicador CEPEA/ESALQ do tipo 6 bebida dura para melhor, posto na capital paulista, fechou a terça-feira, 23, a R$ 443,62/saca de 60 kg, estável (+0,2%) frente à terça-feira anterior, 16. Em relação ao robusta, o Indicador CEPEA/ESALQ do tipo 6, caiu 3,2% em setes dias, indo a R$ 316,48/sc de 60 kg nessa terça.
ARROZ: VENDEDOR ATIVO E INDÚSTRIA RECUADA PRESSIONAM COTAÇÃO
Com as intenções de venda maiores que o interesse de compra, o arroz em casca no Rio Grande do Sul tem se desvalorizado. Indústrias demonstram baixo interesse por novas aquisições, dando preferência para o arroz depositado em seus armazéns. Do lado vendedor, por sua vez, com a necessidade de cumprir com pagamentos de safra, alguns produtores disponibilizaram lotes, movimentando o mercado. De 16 a 23 de janeiro, o Indicador do arroz em casca ESALQ/SENAR-RS, 58% grãos inteiros, fechou a R$ 36,60/sc de 50 kg, recuo de 1,4% frente à semana anterior.
ALGODÃO: RITMO DE ALTA É LIMITADO POR CAUTELA DE COMPRADORES
As cotações do algodão em pluma seguem em alta, mas em menor intensidade em comparação à primeira quinzena do mês. Mesmo diante da necessidade de repor estoques, compradores estão mais cautelosos em aumentar os valores de aquisição. Vendedores, por sua vez, estão mais ativos e firmes nos preços de negociação. Quanto aos negócios, apresentam bom ritmo, porém, os fechamentos envolvem poucos volumes e de lotes com diferentes tipos de qualidade. Entre 16 e 23 de janeiro, o Indicador do algodão CEPEA/ESALQ, com pagamento em 8 dias, fechou a R$ 2,8377 /lp nessa terça, 23, alta de 0,5%.
MAÇÃ: PREÇOS DA SAFRA 2017/18 DEVEM SER MAIORES QUE OS DA TEMPORADA PASSADA
Os preços da maçã da safra 2017/18 devem ser mais elevados frente à temporada anterior, devido à recuperação da economia, à redução do volume e à melhor qualidade das frutas. O cenário de recuperação pode ajudar a cobrir com os prejuízos da temporada passada, que dependem, também, dos custos de produção. Com a aproximação da colheita da safra 2017/18, produtores têm comercializado os últimos lotes em estoque.