Os contratos futuros do café arábica voltaram a ter semana positiva na ICE US, confirmando a expectativa de analistas que, na sexta passada (confira aqui), com base no desempenho registrado em novembro, prognosticaram que as cotações poderiam sinalizar uma reversão da tendência baixista que dominou o mercado nos meses antecedentes.
Nesta semana, os ganhos foram impulsionados pela continuidade da percepção de que não haverá excessos na oferta de café como se especulou anteriormente, fato que puxou o movimento de cobertura de posições vendidas por parte dos fundos de investimento.
Na Bolsa de Nova York, o vencimento mar/20 do contrato "C" subiu 580 pontos, encerrando a sessão de ontem a US$ 1,2485 por libra-peso. Já na ICE Europe, o vencimento jan/20 do café robusta fechou a US$ 1.401 por tonelada, com recuo de US$ 5 na semana.
O dólar comercial se desvalorizou no período, também gerando impulso aos futuros do café em NY. Com quatro fechamentos negativos seguidos, a moeda recuou para o menor nível desde 13 de novembro, acompanhando o movimento externo. Ontem, a divisa encerrou a US$ 4,1883, acumulando perda de 1,23%.
Em relação ao clima, uma frente fria começa a se afastar para o oceano no sábado, mas ainda causa chuva, com acumulados elevados, nas faixas centro e leste de Minas Gerais, no Espírito Santo e no norte do Rio de Janeiro, segundo a Somar Meteorologia. Para o leste e o norte de São Paulo, oeste e centro fluminenses e demais áreas mineiras, a previsão é de precipitações isoladas.
No mercado físico, os preços espelharam o movimento internacional. Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a forte oscilação ocorrida afastou parte dos agentes, desaquecendo os negócios. Os indicadores calculados para as variedades arábica e conilon foram cotados a R$ 531,52/saca e a R$ 311,99/saca, respectivamente, com variações de 4,2% e -0,7%.