O desempenho das exportações brasileiras do robusta foram destaque em julho. Foram embarcadas 505 mil sacas da variedade no mês, com expressivos avanços de 119% na comparação mensal e de 245% na anual, de acordo com dados do Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil). Essa intensa elevação na quantidade escoada pode ser explicada pela forte desvalorização do café arábica no mercado doméstico, que resultou em aumento da porcentagem dessa variedade nos blends em detrimento do robusta – assim, maior quantidade de robusta ficou disponível para exportação.
ARROZ: MENOR OFERTA INTERNA E BOM FLUXO DE EXPORTAÇÃO ELEVAM COTAÇÕES
Os preços do arroz subiram nos últimos dias. De acordo com informações do Cepea, este cenário se deve à menor disponibilidade interna, resultado da redução da produção, ao bom fluxo de exportação do cereal e à estabilidade do consumo. A expectativa de baixa nos estoques de passagem no final do ano também reforça o movimento de recuperação dos valores. De acordo com pesquisadores do Cepea, as vendas do arroz beneficiado tiveram ligeira melhora na semana passada, levando as indústrias a efetuarem novas compras do casca, visando a renovação de seus estoques. Produtores, por sua vez, permaneceram firmes em relação aos preços pedidos.
ALGODÃO: PREÇOS SEGUEM FIRMES NO BR
Os valores do algodão se mantêm firmes no Brasil, apesar dos avanços da colheita e do beneficiamento da nova safra no Brasil. De acordo com informações do Cepea, a sustentação vem da alta nos valores externos e também do dólar frente ao Real. No spot nacional, muitos vendedores estão afastados, e parte dos demandantes está mais ativa, mas a “queda de braço” entre as partes limita os negócios. Vendedores se capitalizam com o cumprimento de contratos a termo, enquanto compradores com necessidades imediatas precisam elevar os valores de suas ofertas. MERCADO INTERNACIONAL – As valorizações da pluma no front externo estão relacionadas ao preço do petróleo – que está em movimento de alta desde abril – e aos ajustes negativos nos estoques mundiais de passagens, tendo em vista o maior consumo e a menor oferta globais.