Café: Indicador do arábica atinge recorde real pelo 3º mês

Publicado 07.03.2025, 09:12

Pelo terceiro mês consecutivo, os preços médios do café arábica renovaram o recorde real da série histórica do Cepea, iniciada em setembro de 1997 para esta variedade – os valores foram deflacionados pelo IGP-DI de janeiro/24. Em fevereiro, o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, posto na capital paulista, teve média de R$ 2.627,79/saca de 60 kg, avanço de 12,64% ou de quase 300 Reais/sc de 60 kg, frente ao mês anterior. Em termos diários, o Indicador atingiu o maior patamar real no dia 12, ao fechar a R$ 2.769,45/sc – destaca-se que o recorde real foi renovado por cinco vezes apenas em fevereiro. Pesquisadores do Cepea explicam que os baixos estoques no Brasil e no mundo têm impulsionado os valores do grão. Além disso, a percepção de agentes de que a nova safra brasileira 2025/26 será pequena reforça o suporte às cotações.

BOI: Oferta doméstica de carne é recorde no começo de 2025

A disponibilidade interna de carne bovina no início deste ano foi recorde. Segundo estimativas realizadas pelo Cepea, a soma de janeiro e fevereiro pode ter superado em 10% o volume do primeiro bimestre de 2024 e em 38% o de dois anos atrás. Pesquisadores do Cepea destacam que, mesmo com toda a quantidade a mais, resultante do aumento da produção, o preço médio da carcaça com osso no atacado da Grande São Paulo esteve 25% maior que no começo do ano passado – valor deflacionado pelo IGP-DI. O preço do boi gordo (Indicador CEPEA/ESALQ, estado de São Paulo), no mesmo comparativo, avançou 23%. As exportações também evoluíram. No comparativo de bimestres (considerando-se estimativa do Cepea para parte de fevereiro/25), o volume sobe por volta de 6% sobre o começo de 2024 e 33% sobre o início de 2023. Segundo pesquisadores do Cepea, esses números mostram, simultaneamente, a força produtiva da pecuária nacional e a resiliência da carne bovina no cardápio do brasileiro, explicada em boa parte pela baixa taxa de desemprego. Em janeiro, especificamente, a disponibilidade interna de carne bovina atingiu o máximo histórico, segundo cálculos do Cepea. Já para fevereiro, estima-se diminuição de quase 9% em comparação a janeiro, justificada pela redução dos abates no mês. Em relação a um ano atrás, no entanto, o Cepea projeta crescimento de cerca de 7%.

FRANGO: Poder de compra diminui frente ao milho

O poder de compra de avicultores paulistas frente ao milho caiu em fevereiro, conforme apontam levantamentos do Cepea. Segundo o Centro de Pesquisas, isso se deve à forte valorização do insumo no mercado doméstico aliada ao enfraquecimento dos preços do frango vivo. O Indicador do milho ESALQ/BM&FBovespa (Campinas – SP) teve média de R$ 80,76/saca de 60 kg em fevereiro, elevação de 8,9% frente à de janeiro. Além da maior presença de compradores no spot, dificuldades logísticas e os baixos estoques domésticos explicam os aumentos das cotações do cereal. No mercado de frango, colaboradores do Cepea relataram enfraquecimento na demanda por lotes de animais em alguns períodos do mês, o que pressionou as cotações no balanço mensal. Na média das regiões de São Paulo, o frango foi negociado a R$ 5,37/kg em fevereiro, queda de 2,4% em relação a janeiro.

SUÍNOS: Cai competitividade frente a carnes substitutas

Levantamentos do Cepea mostram que a competitividade da carne suína caiu em fevereiro frente às principais concorrentes (bovina e de frango). No atacado da Grande São Paulo, os preços da proteína suinícola subiram mais que os da avícola. No sentido oposto, a carcaça bovina se desvalorizou em fevereiro. Segundo o Centro de Pesquisas, a média da carcaça especial suína avançou 10,8% em relação a janeiro, passando para R$ 13,20/kg no último mês. Pesquisadores do Cepea ressaltam que, nem mesmo a forte redução no valor dos produtos suinícolas na última semana de fevereiro – decorrente da menor demanda – impediu o aumento do preço médio pago pela carne.

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