Os preços internos do café arábica seguem oscilando com certa força, ainda operando abaixo dos R$ 1 mil por saca de 60 kg. Enquanto no dia 9 de novembro o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica do tipo 6, bebida dura para melhor, posto na capital paulista, fechou a R$ 930,62/saca de 60 kg, o menor patamar nominal desde 20 de julho de 2021, no dia 11, atingiu R$ 969,33/sc. Segundo pesquisadores do Cepea, as oscilações nos valores domésticos estão atreladas às flutuações observadas nos contratos do arábica negociados na Bolsa de Nova York (ICE Futures). Nos momentos de baixa, os vencimentos futuros são influenciados pela possibilidade de recuperação na produção mundial da variedade e por expectativas de menor demanda por café em países europeus, devido ao aumento dos juros e à possibilidade de recessão econômica global. Já as altas se devem a recuperações técnicas.
SUÍNOS: PREÇOS APRESENTAM MOVIMENTOS DISTINTOS DENTRE AS REGIÕES
As diferentes condições de oferta de suíno vivo pronto para o abate dentre as regiões acompanhadas pelo Cepea têm resultado em variações distintas nos preços do animal. Segundo pesquisadores do Cepea, no Rio Grande do Sul e em Minas Gerais, a oferta restrita de suíno em peso ideal para abate vem elevando e/ou sustentando os valores do animal, quando consideradas as médias de outubro e novembro. Já em boa parte das praças do Paraná, a dificuldade no escoamento dos produtos e no carregamento de animais para abate no início deste mês acabaram pressionando as médias de preços de novembro. Quanto ao mercado da carne, agentes de frigoríficos indicaram pequeno aquecimento na procura por parte dos atacadistas na primeira quinzena deste mês, especialmente por cortes como carré, pernil com osso e paleta desossada, o que vem causando ajustes positivos nas cotações.
ALGODÃO: RETRAÇÃO VENDEDORA IMPULSIONA COTAÇÃO DA PLUMA
Os valores do algodão em pluma estão subindo de forma expressiva no mercado brasileiro. De acordo com pesquisadores do Cepea, o impulso vem da posição firme de vendedores, que estão atentos às valorizações externas da pluma e ao aumento da paridade de exportação. Assim, compradores com necessidade imediata acabam pagando os maiores preços, especialmente para lotes de melhor qualidade.
TILÁPIA: BAIXA OFERTA E MAIOR DEMANDA ELEVAM VALOR PELO 3º MÊS SEGUIDO
As cotações da tilápia avançaram em outubro pelo terceiro mês consecutivo em todas as regiões acompanhadas pelo Cepea. O movimento de alta foi resultado da baixa oferta de peixes em peso ideal para o abate e da demanda crescente no mercado doméstico. Segundo levantamento do Cepea, no Norte do Paraná, o valor pago ao produtor pela tilápia in natura teve média de R$ 8,23/kg em outubro, 2% maior que o de setembro. No Oeste do Paraná, o animal foi negociado, em média, a R$ 8,13/kg, avanço de 3,7% na mesma comparação. Na região dos Grandes Lagos (noroeste do estado de São Paulo e divisa de Mato Grosso do Sul), a cotação média foi de R$ 8,11/kg, aumento de 3,05% na comparação mensal.