A melhora nas condições das lavouras brasileiras e o início da safra de café robusta no Vietnã pressionaram as cotações desta variedade em outubro, conforme levantamentos do Cepea. A média do Indicador CEPEA/ESALQ do robusta tipo 6, peneira 13 acima, recuou 80,73 Reais/saca de 60 kg (ou 5,4%) em relação a setembro, passando para R$ 1.416,72/saca de 60 kg em outubro – ainda assim, trata-se do segundo maior valor mensal real da série histórica (deflacionamento pelo IGP-DI de setembro/24). O Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, posto na capital paulista, teve média de R$ 1.490,14/sc, avanço de 17,4 Reais/sc ou de 1,1% em relação a setembro. Segundo pesquisadores do Cepea, a alta do arábica está atrelada a perspectivas de oferta restrita da variedade no curto prazo, já que, apesar da boa florada no Brasil, a expectativa para a próxima temporada ainda é negativa, dado o estado debilitado dos cafezais. Pesa positivamente o Real desvalorizado no Brasil e problemas logísticos enfrentados mundialmente.
ARROZ: Diferença entre mínimo e máximo é de apenas 1% em outubro
O mercado de arroz parece ter encontrado um patamar de resistência de preços, sem variações expressivas, conforme apontam levantamentos do Cepea. Em outubro, a média do Indicador do arroz em casca CEPEA/IRGA-RS (58% de grãos inteiros, com pagamento à vista) foi de R$ 119,29/saca de 50 kg, oscilando entre o mínimo de R$ 118,60/sc e o máximo de R$ 119,88/sc, ou seja, uma diferença de apenas 1,1% entre esses valores. A média mensal superou em ligeiro 0,4% a de setembro e em 14,6% a de out/23, em termos nominais. Na parcial do ano, as cotações estão 20,5% maiores que a média de igual intervalo de 2023. Pesquisas do Cepea mostram que não há choques de liquidez, com produtores atentos ao cultivo da nova temporada, atrasada em relação a 2023, e compradores também retraídos, analisando os parâmetros externos e notícias de intervenções governamentais.
ALGODÃO: Vendedores mantêm foco em embarques de contratos a termo
Pesquisas do Cepea mostram que vendedores seguem priorizando os embarques de contratos a termo de algodão em pluma e também realizam novas programações, principalmente para exportação, envolvendo a safra 2023/24, além do produto que virá na temporada 2024/25. Segundo dados da Secex analisados pelo Cepea, na parcial de outubro (até o dia 25), os embarques brasileiros de algodão em pluma somavam 257,2 mil toneladas, podendo chegar ao maior volume do ano (em fevereiro, os embarques foram de 258,2 mil toneladas). Em 12 meses (entre 1º/nov/23 e 25/out/24), são 2,7 milhões de toneladas enviadas ao exterior, um recorde nacional.