Os preços do café robusta estão em queda no Brasil e a média parcial deste mês (até o dia 12) do Indicador CEPEA/ESALQ do tipo 6, peneira 13 acima, a retirar no Espírito Santo, de R$ 399,47/saca de 60 quilos, é a menor desde junho de 2016, em termos nominais. Segundo pesquisadores do Cepea, esse cenário está atrelado à possível recuperação da safra 2018/19 da variedade e à perspectiva de uma boa colheita no Vietnã (o maior produtor mundial da variedade) nos próximos meses, fatores que têm pressionado as cotações internacionais, refletindo nos preços domésticas. Além disso, o maior interesse de vendedores brasileiros também tem pressionado os valores. Entre 5 e 12 de setembro, especificamente, o Indicador do robusta recuou 1,31%, fechando a R$ 396,22/saca de 60 kg nessa terça-feira, 12.
TRIGO: VOLUME IMPORTADO EM AGOSTO É O MAIOR DESDE JAN/17
Apesar do início da colheita nas principais regiões produtoras acompanhadas pelo Cepea, as importações de trigo aumentaram em agosto, somando 656,011 mil toneladas e atingindo o maior volume importado desde janeiro deste ano – essa quantidade também foi 29,8% superior à adquirida em julho/17 e 13,8% maior que a de agosto/16. Segundo pesquisadores do Cepea, esse cenário esteve atrelado à maior competitividade do produto importado frente ao nacional – o valor médio das importações em agosto foi de R$ 625,73/t FOB, contra R$ 666,53/t no Paraná e R$ 652,41/t no Rio Grande do Sul. Quanto aos derivados, as compras externas também aumentaram em agosto (15,7%), para 35,07 mil toneladas. As exportações, por outro lado, recuaram 27,3% no mesmo período, para 3,11 mil toneladas.
ARROZ: INDICADOR CAI PARA O MENOR PATAMAR NOMINAL DESDE SET/15
O Indicador ESALQ/SENAR-RS, 58% grãos inteiros recuou significativos 3,63% no acumulado de setembro, fechando a R$ 37,03/sc de 50 kg na terça-feira, 12, o menor valor nominal desde meados de setembro de 2015 - especificamente entre 5 e 12 de setembro, o Indicador caiu 3,58%. Conforme pesquisadores do Cepea, a expressiva desvalorização está atrelada ao baixo interesse de compra das indústrias, o que também enfraqueceu o ritmo de comercialização no período. Do lado vendedor, apesar das chuvas em algumas áreas do Rio Grande do Sul, parte dos produtores disponibilizou lotes no spot para “fazer caixa”, pressionando ainda mais as cotações do cereal.
BANANA: NANICA SE VALORIZA EM 40% EM SC
As cotações da banana nanica estão em alta em algumas cidades do norte de Santa Catarina. Segundo colaboradores do Hortifruti/Cepea, as valorizações refletem a oferta reduzida da variedade na região desde a primeira semana de julho. Entre 4 e 8 de setembro, o preço pago ao produtor por um quilo da fruta teve média de R$ 0,48, alta de 40% frente à semana anterior. Quanto à banana prata litoral, também produzida no Sul do País, o aumento foi de 15% na mesma comparação, com média de R$ 1,01/kg na primeira semana de setembro.