Os negócios estão lentos no mercado doméstico de café arábica, visto que a forte oscilação das cotações externas da variedade mantém boa parte dos compradores e vendedores afastada do mercado. O feriado de Finados (2) também influenciou a retração dos agentes e a menor liquidez interna. Para o robusta, o cenário foi o mesmo. Segundo colaboradores do Cepea, além da pressão exercida pela desvalorização do Real no encerramento de outubro, os preços externos também foram influenciados pela safra do Vietnã, que deve se intensificar na segunda quinzena de novembro e pode pressionar os valores internacionais. Quanto aos preços no Brasil, o Indicador CEPEA/ESALQ do café arábica tipo 6 bebida dura para melhor, posto na capital paulista, fechou a R$ 445,56/saca de 60 kg nessa terça-feira, 6, elevação de 0,7% em relação à terça anterior, 30. Para o robusta, a alta foi mais intensa, devido à valorização da moeda norte-americana no início desta semana. Nessa terça-feira, 6, o Indicador CEPEA/ESALQ do robusta tipo 6 peneira 13 fechou a R$ 334,03/sc de 60 kg, alta de 1,4% na mesma comparação.
ARROZ: COM PRODUTOR ATIVO E INDÚSTRIA RECUADA, INDICADOR CAI 5,2% EM OUTUBRO
Após sete meses em alta, o Indicador ESALQ/SENAR-RS, 58% grãos inteiros, registrou queda de 5,2% em outubro, fechando a R$ 43,37/sc de 50 kg no dia 31. Especificamente nos últimos sete dias (30 de outubro a 6 de novembro), o recuo foi de 1,47%. Segundo colaboradores do Cepea, indústrias permaneceram cautelosas para novas aquisições ao longo do mês, priorizando o arroz depositado em seus armazéns. Outras beneficiadoras, por sua vez, não demonstraram interesse de compra durante boa parte do período. De acordo com agentes consultados pelo Cepea, a demanda enfraquecida em outubro esteve atrelada ao baixo patamar dos preços de venda do fardo beneficiado aos setores varejista e atacadista dos grandes centros consumidores, que, por sua vez, ressaltam a concorrência acirrada entre as várias marcas disponíveis. Do lado vendedor, produtores com necessidade de “fazer caixa” estiveram ativos nas negociações, principalmente na segunda quinzena do mês.
ALGODÃO: PREÇO MÉDIO REGISTRA QUEDA DE QUASE 8% EM OUTUBRO, A MAIS INTENSA DESDE JUL/14
Cepea, 7/11/2018 – O baixo interesse de compradores e a flexibilidade de vendedores mantêm enfraquecido os preços do algodão em pluma. Diante do bom volume esperado para a safra 2017/18, indústrias trabalham com estoques e adquirem apenas pequenos volumes no spot, na expectativa de novas desvalorizações. Em outubro (entre 28 de setembro e 31 de outubro), o Indicador do algodão em pluma CEPEA/ESALQ, com pagamento em 8 dias, recuou expressivos 7,67%, superando a queda de julho/18 (de 7,57%), e sendo a mais intensa desde julho/14 (quando caiu fortes 11%). Nos últimos sete dias (30 de outubro a 6 de novembro), especificamente, o Indicador registrou queda de 0,3%, fechando a R$ 2,9424/lp nessa terça-feira, 6. Verifica-se, ainda, “queda de braço” entre compradores e vendedores quanto ao preço e à qualidade. Demandantes apontam baixa a qualidade dos lotes disponibilizados até o momento. Conforme colaboradores do Cepea, esse cenário está atrelado ao fato de cotonicultores priorizarem as entregas de contratos, não ofertando a pluma no spot e, quando disponibilizam, parte é de lotes que foram contratados e não aprovados.
BANANA/CEPEA: VENTANIA CAUSA PERDA DE 35% DOS BANANAIS NO VALE (SA:VALE3) DO RIBEIRA
Os bananicultores do Vale do Ribeira (SP) tiveram grandes prejuízos no último final de semana, ocasionados por fortes ventos e chuvas que atingiram a região – o temporal resultou na queda de plantas na maioria das áreas produtoras. Até essa terça-feira, 6, a Associação dos Bananicultores do Vale do Ribeira (Abavar) estimava que mais de 35% dos bananais haviam sido perdidos. No entanto, o levantamento das áreas afetadas ainda está sendo realizado por produtores, e o prejuízo total pode ser ainda mais intenso, já que as plantações entrariam em pico de safra entre o final de 2018 e o início de 2019.