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Café: Preços do Arábica Dispararam em Maio

Publicado 10.06.2021, 14:13
Atualizado 14.05.2017, 07:45

ARÁBICA

Mesmo com o início da colheita da nova safra no Brasil, os preços do café arábica dispararam em maio. O impulso veio da expectativa de oferta mais justa tanto no País quanto em outras origens no curto prazo. Além disso, o atual clima desfavorável em lavouras nacionais e os problemas logísticos na Colômbia também reforçam o movimento de alta nos preços externos e internos do arábica. Entre 30 de abril e 31 de maio, o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, posto na capital paulista, avançou expressivos 94,82 Reais por saca de 60 kg (ou +12,1%), fechando a R$ 877,41/sc no dia 31 – novo recorde nominal da série do Cepea, iniciada em 1996. Para cafés mais finos, os preços já operavam na casa dos R$ 900/sc. Dados divulgados no encerramento de maio pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) e pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) confirmaram a menor produção na safra de 2021/22 do Brasil e reforçaram o movimento de alta nos preços internos. Para o USDA, a produção nacional deve somar 56,3 milhões de sacas de 60 kg, queda de 19,4% frente a 2020/21. A Conab estima volume menor, de 48,8 milhões de sacas, recuo de 22,6% em relação à safra passada.

No geral, agentes consultados pelo Cepea ainda não tinham uma estimativa concreta da produção em maio, visto que a colheita estava no início. Além disso, as lavouras apresentaram fases distintas de desenvolvimento, devido ao clima – em algumas praças, o enchimento dos grãos foi prejudicado pelo clima mais seco a partir de meados de março, enquanto outras apresentaram bom enchimento. Muitos colaboradores consultados pelo Cepea acreditam que o volume colhido possa ser levemente superior ao da Conab, mas inferior ao do estimado pelo USDA. O mercado também seguiu atento às chuvas abaixo da média no Brasil. No dia 27 de maio, o governo federal emitiu um alerta de emergência hídrica associado à escassez de precipitação para a região hidrográfica da Bacia do Paraná, que abrange os estados de Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná, para o período de junho a setembro de 2021. Este cenário climático tem aumentado as preocupações quanto ao estado das lavouras e a possíveis impactos na produção brasileira de 2022/23, o que agravaria o quadro de oferta global de café.

Fora do Brasil, agentes estiveram apreensivos com as exportações na Colômbia, devido aos problemas de logística associados aos protestos antigovernamentais no país, e com a oferta na América Central, tendo em vista os impactos do clima e problemas de mão de obra. Com isso, os futuros do arábica passaram a operar acima dos 150 centavos de dólar por libra-peso na Bolsa de Nova York (ICE Futures), os maiores patamares em mais de quatro anos. Entre 30 de abril e 28 de maio, o contrato Julho/21 avançou 14,8%, fechando a 162,35 centavos de dólar por libra-peso no dia 28 (no dia 31 de maio, a Bolsa de Nova York não operou, por conta do feriado de Memorial Day nos EUA). Quanto ao dólar, fechou a R$ 5,225 no dia 31, desvalorização de 3,84% no mesmo comparativo. Em relação à liquidez, poucos negócios foram efetivados no físico nacional, uma vez que a maior parte dos produtores seguiu distante do mercado, devido à incerteza quanto à oferta em 2021 e, consequentemente, à possibilidade de novas altas dos preços. Parte dos agentes começa a se preocupar, agora, com os cumprimentos dos contratos realizados anteriormente para entrega neste ano, visto que muitos cafeicultores fecharam negócios abaixo dos R$ 600/sc.

ROBUSTA

As cotações domésticas do robusta também avançaram em maio, especialmente na última semana do mês, quando os futuros da variedade se elevaram, refletindo as preocupações quanto à oferta. O contrato Julho/21 terminou o dia 28 de maio a US$ 1.583,00/tonelada, aumento de 8,7% em relação ao último dia útil de abril – no dia 31, a Bolsa não operou devido ao Spring Bank Holiday na Inglaterra. Assim, o Indicador CEPEA/ESALQ do tipo 6 peneira 13 avançou 20,35 Reais por saca (+ 4,4%) entre 30 de abril e 31 de maio, fechando o dia 31 a R$ 476,77/sc de 60 kg. Para o tipo 7/8, a alta foi de 21,91 Reais por saca (+4,9%), terminando o dia 31 a R$ 466,37/sc.

A liquidez seguiu relativamente baixa durante o mês, uma vez que produtores estiveram concentrados na colheita e também no aguardo de novas valorizações. Apenas na última semana de maio que os negócios estiveram um pouco mais agitados. Apesar da expectativa de aumento de produção de robusta no Brasil em 2021/22, agentes apontam que a quebra de arábica e a expectativa de retomada de consumo global em 2021 podem favorecer a demanda pela variedade, sustentando os preços. Nesse sentido, muitas indústrias devem aumentar a porcentagem de robusta nos blends. Para o robusta, o USDA estima produção de 21,3 milhões de sacas em 2021/22 no Brasil, aumento de 5,4% frente a 2020/21, enquanto a Conab projeta volume de 15,4 milhões de sacas, alta de 7,9%. Para colaboradores consultados pelo Cepea, a temporada de robusta deve ser superior à da Conab, chegando mais próxima das 20 milhões de sacas. No campo, alguns produtores relataram menor rendimento do que o esperado. Entretanto, de forma geral, a qualidade de bebida e a peneira dos grãos são satisfatórias. Até o encerramento de maio, o volume colhido era de 20 a 30% no Espírito Santo, enquanto em Rondônia, esse percentual estava entre 55 e 65% da safra.

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