Os valores internos do café arábica vêm registrando fortes oscilações ao longo deste mês. Desde começo de setembro, o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 bebida dura para melhor, posto na capital paulista, operou entre a mínima de R$ 1.285,14/saca de 60 kg (no dia 9) e a máxima de R$ 1.335,47/saca (no dia 6), diferença de 50 Reais/saca. Nessa terça-feira, 13, especificamente, o Indicador fechou a R$ 1.285,69/saca de 60 kg, recuo de 3,73% em relação à terça anterior, 6. Segundo pesquisadores do Cepea, agentes do setor estão atentos ao clima e preocupados com as floradas da próxima safra brasileira (2023/24). Nas regiões do Cerrado Mineiro, Sul de Minas, Mogiana e Matas de Minas (Zona da Mata), algumas lavouras já apresentaram flores da safra 2023/24 – ainda que pontuais – e, agora, dependem de precipitações para um bom desenvolvimento destas e a abertura de mais botões.
ARROZ: EXPORTAÇÕES EM AGOSTO SÃO RECORDES PARA O MÊS
Os embarques brasileiros de arroz em equivalente casca atingiram recorde para um mês de agosto, considerando-se toda a série histórica da Secex, iniciada em 1997. De acordo com pesquisadores do Cepea, os recordes são motivados pelos recentes avanços do dólar frente ao Real, que, por sua vez, favorecem a paridade do arroz nacional em relação ao importado. Segundo dados da Secex, os embarques totais do arroz (considerando-se o produto em base casca) aumentaram significativos 29,4% entre julho e agosto de 2022, somando 267,98 mil toneladas no último mês, sendo, inclusive, o quinto maior volume histórico. Quanto ao mercado interno, o Indicador do arroz em casca CEPEA/IRGA-RS está na casa dos R$ 75/saca de 50 kg desde meados de agosto.
ALGODÃO: INDICADOR RECUA MAIS DE 6% NA PARCIAL DESTE MÊS
Desde o início de setembro, a cotação do algodão em pluma vem registrando queda consecutiva, já operando nos patamares de meados agosto. Segundo pesquisadores do Cepea, a liquidez continua enfraquecida, com negócios ocorrendo apenas para atender à necessidade imediata. No geral, ainda há desacordo quanto aos preços e à qualidade dos lotes disponibilizados no spot, e alguns agentes se focam no cumprimento dos contratos a termo. No acumulado da parcial de setembro (até o dia 13), o Indicador CEPEA/ESALQ, com pagamento em oito dias, recuou 6,3%, fechando a R$ R$ 6,2853/lp nessa terça-feira, 13.
TILÁPIA: DEMANDA AQUECIDA E A OFERTA RESTRITA ELEVAM PREÇOS
Com o aquecimento da demanda interna e a oferta restrita de peixes, as cotações da tilápia subiram em todas as regiões acompanhadas pelo Cepea em agosto. A menor disponibilidade do peixe no peso ideal para o abate e o aumento na demanda por parte da indústria, especialmente na segunda quinzena, impulsionaram as cotações durante todo o mês. Segundo levantamento do Cepea, no Norte do Paraná, o valor pago ao produtor pela tilápia in natura teve média de R$ 7,93/kg em agosto, 0,76% maior do que o de julho. No Oeste do Paraná, o animal foi negociado, em média, a R$ 7,59/kg, avanço de 4,69% na mesma comparação. Na região dos Grandes Lagos, noroeste do estado de São Paulo e divisa de Mato Grosso do Sul, a cotação média foi de R$ 7,74/kg, aumento de 1,04% na comparação mensal.