Pesquisadores do Cepea indicam que o bom volume de chuvas nas regiões produtoras de café, que vem sendo verificado desde outubro de 2024, tem resultado em desenvolvimento satisfatório da safra 2025/26. Já para fevereiro, pesquisadores do Cepea alertam que previsões indicam chuvas abaixo do histórico e temperatura acima da média para o período, o que tem causado certa preocupação entre cafeicultores, tendo em vista que este é um período de desenvolvimento final da temporada. Vale lembrar que a produção da safra 2025/26 já foi prejudicada pelo calor e pela seca em boa parte de 2024. Assim, segundo o Cepea, apesar de as chuvas atuais trazerem otimismo, as temperaturas daqui para frente serão cruciais para que haja um produto de boa qualidade nesta temporada. O excesso de calor, além de desfavorecer a qualidade do produto – já que a planta precisa de noites amenas para uma boa bebida –, pode secar os grãos antes da colheita, impactando negativamente a safra 2025/26.
ARROZ: Preços seguem estáveis no RS; transações externas estão firmes
Os preços do arroz em casca seguem registrando pequenas oscilações no Rio Grande do Sul, diante de certa “queda de braço” entre compradores e vendedores, segundo indicam pesquisadores do Cepea. Agentes continuam relatando baixa liquidez, com redução no volume de beneficiamento. A procura por parte de atacadistas e varejistas também está relativamente baixa, já que os diferentes elos da cadeia produtiva parecem estar com estoques satisfatórios. Enquanto isso, as importações e as exportações estão firmes. De acordo com a Secex, chegaram aos portos brasileiros 109,97 mil toneladas de arroz (equivalente casca) em janeiro/25, expressivos 122,69% superior ao volume de dezembro/24, mas 44,3% abaixo do de janeiro/24. As exportações somaram 96,62 mil toneladas em equivalente casca em janeiro/25, recuo de 27,7% frente às do mês anterior, mas 15,5% acima das de janeiro/24.
ALGODÃO: Negócios são lentos no BR; exportações estão intensas
As negociações envolvendo algodão em pluma estão pontuais neste início de fevereiro no mercado doméstico, com agentes enfrentando dificuldades em acordar preço e/ou a qualidade dos lotes disponibilizados. Enquanto parte dos compradores oferta valores menores para novas aquisições, outros chegam a pagar mais para atrair vendedores. No front externo, as exportações brasileiras da pluma iniciaram o ano de forma acelerada, alcançando volumes recordes. De acordo com a Secex, em janeiro, foram escoadas 415,6 mil toneladas de algodão, um recorde para o mês. Em 12 meses (de fevereiro/24 a janeiro/25), as vendas ultrapassam 2,9 milhões de toneladas, também recordes para esse período.