As cotações e a liquidez do café arábica voltaram a avançar no mercado nacional, mesmo após a divulgação do relatório da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), no último dia 19, apontando elevação de 7,9% na produção total de café (arábica + robusta) em 2023/24, para 54,94 milhões de sacas de 60 kg. Assim, o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, posto na capital paulista voltou a operar acima dos R$ 1.000,00/saca. Segundo pesquisadores do Cepea, o suporte aos preços internos vem do maior interesse comprador e das valorizações do arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures).
ALGODÃO/CEPEA: RITMO DE NEGÓCIOS MELHORA NO BRASIL
O ritmo de comercialização envolvendo algodão em pluma no mercado brasileiro melhorou nestes últimos dias. Pesquisadores do Cepea relatam, contudo, que a “queda de braço” entre compradores e vendedores continua sendo observada, devido à diferença de qualidade entre os lotes ofertados. Diante disso, os negócios de grandes volumes estão mais limitados. Compradores seguem preocupados com o desempenho das vendas de produtos manufaturados, ao passo que vendedores esperam preços mais atrativos e não têm necessidade imediata de comercializar.
ARROZ/CEPEA: PROXIMIDADE DA COLHEITA LIMITA NEGÓCIOS, E PREÇOS RECUAM
Com o início oficial da safra 2022/23 de arroz no Sul do Brasil previsto para meados de fevereiro, os preços do cereal já vêm apresentando ligeiras quedas no mercado spot do Rio Grande do Sul. Segundo parte dos agentes consultados pelo Cepea, este cenário já era esperado, devido à preferência em negociar apenas o produto depositado nas empresas (a fim de liberar espaço para a entrada do “arroz novo”) e à concorrência com o grão vindo do Mercosul, onde a colheita já está em andamento. De acordo com levantamento do Cepea, parte dos compradores se manteve retraída nos últimos dias, optando por trabalhar apenas com os volumes já estocados. Ainda assim, foram captadas efetivações do cereal em localidades mais afastadas do destino. Vendedores, por sua vez, seguiram com as propostas firmes, tendo em vista a estimativa de baixa disponibilidade do arroz em casca e os custos elevados.