O foco do mercado no Brasil permanece nas questões fiscais do atual governo. O novo arcabouço fiscal será extremamente importante. Se os novos parâmetros forem considerados fracos pelo mercado, podemos ter uma renovação nos receios de domínio fiscal e impedir o BC de adotar afrouxamento na taxa de juros. Vamos aguardar.
Sobre as invasões aos Três Poderes, vemos que as manifestações violentas atestam a profunda polarização social e política pré e pós-eleitoral. O mercado reagiu bem às oposições de instituições democráticas brasileiras aos eventos do fim de semana na capital federal. Uma coisa é se manifestar, outra totalmente diferente é depredar o patrimônio nacional.
A moeda norte-americana à vista fechou ontem em queda de 1,09%, a R$ 5,2019. O real parece ter se beneficiado de um movimento simultâneo de fechamento da curva de juros e bom fluxo de recursos para as ações brasileiras.
Já no panorama internacional, o Banco Mundial reduziu suas previsões de crescimento para 2023 para níveis à beira da recessão para muitos países, uma vez que o impacto do aumento das taxas de juros por bancos centrais se intensifica, a guerra da Rússia na Ucrânia continua e os principais motores econômicos do mundo tropeçam.
Com relação aos EUA, Powell em aguardado discurso ontem, não mencionou detalhes a respeito da estratégia da trajetória para a taxa de juros nos EUA, e, com isso, favoreceu o ambiente de apetite por risco, por moedas de países emergentes, ações, commodities, e contribuiu para o fortalecimento do real.
As autoridades do Fed argumentaram amplamente que, assim que terminarem de aumentar os juros, precisarão mantê-los altos para reduzir a inflação. Além disso, a diretora do Federal Reserve, Michelle Bowman, disse ontem que o Banco Central norte-americano terá que elevar ainda mais os juros para conter a inflação alta, o que deve levar a condições mais brandas no mercado de trabalho. O Fed elevou os juros em sua reunião no mês passado em 0,5 ponto percentual, deixando sua taxa entre 4,25% e 4,5%. O Banco indicou novos aumentos para cerca de 5,1% em 2023.
No calendário de hoje, teremos no Brasil as Vendas do Varejo (novembro) e a Confiança do Consumidor (janeiro).
Bons negócios, turma. E, neste vai e vem da moeda, muitas oportunidades de realizar lucro! Realizem!