O dia nos mercados globais foi tenso e marcado por fortes volatilidades nos terminais internacionais.
Um misto de insegurança quanto ao crescimento chinês aliado à queda do petróleo azedaram de vez o humor especulativo global.
No caso do Brasil, a situação foi ainda mais complexa já que a agência de risco Moody’s rebaixou os títulos brasileiros e retirou o selo de bom pagador do pais.
Detalhe, agora o Brasil perdeu das três agências o Investment Grade e isso pode complicar a já complexa situação da economia nacional.
Muitos fundos de investimentos só podem operar em ambiente, em tese, seguro e, assim, um movimento de retirada de investimentos poderá ser visto.
Resultado, o dólar subiu a Bovespa afundou e a ansiedade geral testou novos limites.
No caso do café, o dia foi previsível já que o ativo operou em linha ao mau humor global e brasileiro.
As cotações cederam, mas conseguiram respeitar o piso do intervalo mercadológico deixando a sensação entre os envolvidos de que ainda o cenário não é de reversão de tendência, mas sim de ajustes técnicos.
Continuo de opinião, independente do rebaixamento do Brasil, caso do humor global melhore o ativo café será o primeiro a responder positivamente.
No lado interno nada de grandioso acontece.
O setor produtivo continua arredio a conversas mercadológicas deixando o dia a dia do negócio café dentro de um grande vazio.
No arábica os negócios que tem ocorrido é muito mais no futuro do que no imediato.
E no caso do conilon a ansiedade climática o ES e sul da BA rouba a cena e as atenções.
Tudo e todos estão bem ansiosos já que sem água no campo não há economia que resista no interior.