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Cenário Mais Provável de Temer

Publicado 10.07.2017, 11:14
JBSS3
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PETR4
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E o cerco segue se fechando sobre o governo Temer. Cada vez mais encurralado, já parece surgir uma tendência no mercado de que sua saída pode ser uma boa solução, desde que rápida, para não impactar ainda mais na recuperação da atividade e no bom curso da gestão econômica.

Na semana passada, Temer seguiu sofrendo derrotas no seu esforço de sobrevivência política. Na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) foi nomeado o relator Sergio Zveiter, do PMDB do Rio, que dizem, mais alinhado com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, do DEM. Este, embora, ainda no esteio do presidente, já se articulava para a eventualidade de ter que substituí-lo. Comentava-se inclusive sobre como seria seu ministério, sendo importante a manutenção do núcleo duro da equipe econômica, neste caso, Henrique Meirelles na Fazenda e Ilan Godfajn no BACEN, também sendo uma boa a manutenção de Pedro Parente na Petrobras (SA:PETR4), numa gestão elogiada por todos.

Apenas ressaltando. Temer será “julgado” na CCJ, quando o parecer com a denúncia de “corrupção passiva” deve ser aprovado por maioria simples, sendo então um importante sinalizador para a votação no plenário da Câmara. Lembremos que lá são necessários 172 votos para que este parecer seja “arquivado”, mas com tal “derretimento” do presidente nem isto parece garantido. Neste momento, não descartemos que a oposição consiga os votos suficientes para o afastamento temporário de Temer. Ocorrendo isso, o parecer vai para o Superior Tribunal Federal para ser avaliado pelos ministros. Temer será então “afastado” por 180 dias para ser “julgado”, mas poucos acreditam no seu retorno, dada à pressão contrária já existente.

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Assim sendo, Rodrigo Maia aguardará 30 dias para convocar eleições indiretas no Congresso. Parece-nos crescente, no entanto, a possibilidade dele ser o escolhido para esta difícil travessia até o final de 2018. Isso já começa a ser aceito por lideranças dos partidos da base e pelo próprio Maia que, aos poucos, se afasta do papel de liderança do governo para ser apenas presidente da Câmara.

Não sabemos se este cenário será o desfecho final desta agonia que vem sendo o governo Temer, depois das malfadadas delações da JBS (SA:JBSS3) de maio. Na hipótese de ser, que seja rápido, para que a economia não acabe afetada. Muitos consideram haver alguma “resiliência” na atividade neste momento, mas cabe observar que esta pode se dissipar, caso estes embates permaneçam. Consideramos, inclusive, que a economia poderá sofrer ainda mais se este impasse, esta acirrada disputa pelo poder, se prolongar por mais tempo. Sendo assim, um desfecho rápido se mostraria essencial.

Na atividade, o que se tem são dados até maio mostrando um relativa evolução positiva, por não terem absorvido ainda o calor da crise. A produção industrial de maio veio em alta de 0,8% contra abril, tendo grande contribuição dos bens duráveis, puxados pela indústria automobilística. Esta, em junho parece já ter sentido algum tranco, ao recuar, mensalmente, 15,4% na produção de autoveículos contra maio. Por outro lado, na comparação com o ano passado, se manteve em bom ritmo, no ano crescendo 23,3%, impulsionada pelas exportações, que cresceram 57%. Ressaltemos que estas representam 30% da produção nacional de veículos.

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Por outro lado, mostrando alguma virada de ânimo, os indicadores de confiança nos vários setores da economia já começaram a perder força. Pelas Sondagens, à da Indústria (ICI) recuou 3% em junho contra maio (que cresceu 1,2%), com o Índice de Expectativas recuando 3,6 pontos e o de Situação Atual 2 pontos. Nos Serviços e no Comércio, o recuo foi de 3,3% e no Consumidor 2,3%. Por outro lado, a Sondagem da Construção ainda mostrou alguma resistência, avançando 0,3%, mas logo deve sentir o tranco das incertezas políticas, caso esta crise se estenda.

Sendo assim, já começa a haver algum consenso de que esta crise deve ser estancada logo, sob o risco de sacrificar toda a recuperação recente da economia e da confiança recente. Aguardemos então os próximos capítulos desta “novela política”. Que seja breve e sem maiores traumas.

SONDAGENS PERDENDO FORÇA (FGV)

Confiança perdendo força

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