Caro(a) Trader
Dias tensos! Juros, Tresuries, crise na Turquia, desacirramento, acirramento das questões comerciais, máximas do petróleo. Não tem sido fácil. Será que temos que seguir a máxima de “sell in may and go away” nesta sexta-feira? Ainda vale acompanhar o que temos na agenda, resultado do PIB do Reino Unido, o número de pedido de bens duráveis nos Estados Unidos e discurso do presidente do FED. Principalmente para quem está acompanhando S&P. Explicarei os motivos mais abaixo.
Primeiro, vamos a agenda da semana que vem. Segunda será feriado no Reino Unido e EUA. Terça, o destaque é o número da confiança do consumidor americano. Na quarta, tem variação do desemprego alemão, PIB brasileiro, variação de empregos privados e PIB dos Estados Unidos e PMI chinês. Quinta é feriado aqui e de indicadores teremos IPC da Zona do Euro, vendas pendentes de moradias americanas e estoques de petróleo além do PMI industrial chinês. Na sexta haverá mais PMIs, europeus agora, porém o destaque mesmo é o non-farm payroll americano que dá a graça toda a primeira sexta-feira de cada mês.
Hoje vamos voltar a falar do S&P, último artigo foi 23/03, onde abordamos:
“Mercado corrigiu, voltou, fez topo mais baixo que o anterior e voltou a corrigir. Ainda sem atingir a mínima mais recente, região de 2.530 pontos, provável suporte (3ª linha branca tracejada de cima para baixo). Observar que os preços ainda encontram-se acima da LTA de longo prazo vermelha, indicando, possivelmente, a manutenção da tendência de alta. Sinal amarelo poderá ser ligado se perder os 2.530 pontos. Caso perder a LTA de longo prazo, aí provavelmente poderá ser o momento de pensar em mais quedas. Não acontecendo isto, parece que podem haver alguns desafios para cima. Para acompanhar o movimento de correção tracei uma LTB de curto prazo amarela. Os preços primeiramente precisam vencer esta LTB, para termos mais indicações de alta. Depois, há as possíveis resistências (topos anteriores) nas regiões de 2.807 pontos e 2.878 pontos (2ª e 1ª linhas tracejadas brancas, de cima para baixo, respectivamente)”.
A seta amarela indica a região de preços do último artigo. Mercado corrige mais um pouco, porém faz fundo acima dos 2.530 pontos, respeitando este possível importante suporte. Volta a subir, volta a descer, fazendo o zig-zag, com novo fundo ascendente, para depois fazer um topo ascendente. Este último topo foi após o rompimento da LTB amarela de curto prazo, na região dos 2.741 pontos. Preços fazem um pullback em cima da LTB rompida e voltam para testar o topo (2.741), sem sucesso até o momento. O rentângulo azul destaca este movimentos: o rompimento, o topo, o pullback e o teste. E aqui chegamos a chamada do texto, será que chegou a hora do S&P voltar a se movimentar em direção ao topo histórico?
Os movimentos que descrevi desde a seta amarela foram muitos bonitos para uma perspectiva altista, até como dizem alguns grafistas, movimentos de livro, bons para serem usados para ensinar análise gráfica. Porém há alguns desafios para o S&P se movimentar para testar a máxima histórica. Primeiro deles é este topo em 2.741 pontos que é preciso ser superado, depois os 2.807 pontos (2ª linha tracejada branca, de cima para baixo). Posto isto, caso já falhar na tentativa dos 2.741 pontos, se já não falhou, os preços podem continuar a corrigir e a LTB amarela pode precisar ser ajustada. Estaremos na verdade em um movimento mais longo de correção, desde a máxima, fazendo um terceiro topo descendente. O que causa estranheza é a falta do novo fundo descendente, mas pode ser preciso aguardar o desenrolar do mercado. Mesmo vindo para baixo ainda tem a LTA de longo prazo vermelha, indicando o movimento altista. Esta LTA e os 2.530 pontos são “pièce de résistance” para o bom humor dos Touros.
Até a próxima semana e bons trades.
Leo Felipe Senger (Equipe Youtrading)