A semana anterior foi marcada pelas diversas decisões de política monetária, todas sem surpresas relevantes e pela expectativa da costura de algum acordo entre EUA-China, em vista à data prometida para o início das taxações bilaterais.
O primeiro passo foi encorajador, onde os EUA adiaram o aumento de tarifas sobre produtos chineses ontem e Pequim não prosseguiu com as planejadas tarifas retaliatórias.
Porém, existem grandes dúvidas se tudo não passa de um mero adiamento das discussões mais sérias sobre o tema para depois das eleições americanas, dada a preocupação de Trump com o processo em andamento de impeachment.
Ainda se veem pontos de polêmica surgindo, pois Robert Lighthizer diz que a China compraria pelo menos US$ 16 bi a mais em produtos agrícolas em 2020 e 2021 e que poderia levar o total de compras para quase US$ 50 bi no período.
Porém, esta escala de compras não parece plausível e as autoridades chinesas relutam em mencionar qualquer meta específica de compras.
O que não está claro também é como e quando os EUA reverterão outras tarifas, uma condição para um acordo da Fase-1 que o lado chinês sustentou firmemente, pois os Estados Unidos manterão tarifas de 25% sobre cerca de US$250 bi em importações chinesas, juntamente com alíquotas de 7,5% sobre aproximadamente US$120 bi já em prática.
Ambos os lados ainda precisam assinar o texto, que segundo autoridades chinesas, requer revisão e tradução legais, o que deve ocorrer em Washington no início de janeiro.
A semana conta com uma agenda complexa, repleta de indicadores relevantes tanto no Brasil, quanto no exterior.
Localmente, as atenções se voltam à ata da última reunião do COPOM, onde os investidores retomam o processo analítico, quase ‘cartomântico’ do texto na busca por sinais dos próximos movimentos, em vista à repetição do termo ‘cautela’, porém adicionado de projeções de inflação mais modestas, que dá a leitura tanto para um cenário de manutenção dos juros, quanto a um corte adicional de 25 bp.
Além disso, uma série de indicadores inflacionários permeiam a semana, em especial o IPCA-15, com projeções para dezembro que se aproximam de 1% ao mês em vista à série de pressões, em especial alimentos ainda presentes, o que confunde a perspectiva de continuidade do afrouxamento monetário.
Dados de conta corrente, CAGED e arrecadação completam a semana com perspectivas mais positivas, enquanto os IGPs tendem a superar em larga escala o 1% am nas projeções médias dos analistas.
No Exterior, mais duas decisões de política monetária (Japão e Reino Unido) se unem ao PIB britânico e americano, dados de atividade econômica e mercado imobiliário, além da reação positiva à série de dados chineses positivos divulgados ontem, em especial a produção industrial e vendas varejo acima das expectativas.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva na sua maioria e os futuros NY abrem em alta, com o acordo comercial EUA-China.
Na Ásia, fechamento misto, puxado pelo otimismo comercial e dados chineses positivos.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, destaque ao cobre.
O petróleo abre em queda, na busca por sinais mais claros do cenário comercial.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -1,35%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 4,1079 / 0,43 %
Euro / Dólar : US$ 1,11 / 0,171%
Dólar / Yen : ¥ 109,42 / -0,037%
Libra / Dólar : US$ 1,33 / 0,075%
Dólar Fut. (1 m) : 4113,13 / 0,29 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 20: 4,33 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 21: 4,51 % aa (-0,66%)
DI - Janeiro 23: 5,72 % aa (-0,52%)
DI - Janeiro 25: 6,36 % aa (0,32%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,3255% / 112.565 pontos
Dow Jones: 0,0118% / 28.135 pontos
Nasdaq: 0,2015% / 8.735 pontos
Nikkei: -0,29% / 23.952 pontos
Hang Seng: -0,65% / 27.508 pontos
ASX 200: 1,63% / 6.850 pontos
ABERTURA
DAX: 0,547% / 13355,38 pontos
CAC 40: 0,798% / 5966,23 pontos
FTSE: 2,055% / 7504,51 pontos
Ibov. Fut.: 0,18% / 112665,00 pontos
S&P Fut.: 0,129% / 3172,00 pontos
Nasdaq Fut.: 0,365% / 8525,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,44% / 79,77 ptos
Petróleo WTI: 0,00% / $60,07
Petróleo Brent:-0,05% / $65,21
Ouro: 0,09% / $1.477,63
Minério de Ferro: 0,25% / $92,27
Soja: 0,81% / $15,35
Milho: 1,51% / $386,75
Café: -4,75% / $129,45
Açúcar: 0,00% / $13,50