Embora não existam alterações significativas nos fundamentos do mercado de café, as condições climáticas no Brasil favoreceram a inclinação positiva das cotações futuras da commodity nos últimos dias.
As chuvas nas principais regiões produtoras brasileiras aumentaram as preocupações quanto à possibilidade de perda de qualidade e rendimento da safra 2016/17. Segundo a Somar Meteorologia, um bloqueio atmosférico tem mantido frentes frias e áreas de instabilidade sobre o cinturão produtor de arábica, por isso a ocorrência das precipitações fortes e frequentes sobre o sul de Minas Gerais, São Paulo e norte do Paraná nesta semana.
Em relação ao mercado cambial brasileiro, o cenário político continua sendo importante fator de influência da precificação da moeda norte-americana. Ontem, o dólar comercial foi cotado a R$ 3,5875, acumulando desvalorização de -0,6% em relação à última sexta-feira.
Na ICE Futures US, o vencimento julho do Contrato C foi cotado, na quinta-feira, a US$ 1,23 por libra-peso, com alta de 170 pontos em relação ao fechamento da semana anterior. O vencimento julho do contrato futuro do robusta, negociado na ICE Futures Europe, encerrou o pregão de ontem a US$ 1.656 por tonelada, com valorização de US$ 16 na comparação com a sexta passada.
No mercado físico nacional, os indicadores calculados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) para as variedades arábica e conilon foram cotados a R$ 460,72/saca e a R$ 387,94/saca, respectivamente, com variação de 1,5% e –0,04% em relação ao fechamento da semana antecedente.