CAFÉ: Clima anima produtor de arábica
O clima vem favorecendo o desenvolvimento das lavouras e animando produtores de arábica, que têm realizado os tratos culturais necessários. Na segunda quinzena de novembro, com os preços em alta, melhorou também o ritmo de negociação.
A terceira semana do mês, período em que o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 bebida dura para melhor, posto em São Paulo, beirou R$ 480/sc, foi a mais movimentada de novembro. O preço médio do mês, no entanto, foi um pouco menor que o de outubro. O Indicador CEPEA/ESALQ do arábica teve média de R$ 469,39/saca de 60 kg, 1,82% inferior à de outubro, mas ainda 1,83% acima da de novembro/14, em termos nominais.
Em parte do mês, o clima favorável, sobretudo em Minas Gerais, pressionou os valores do arábica. Em outros momentos, os preços foram impulsionados por dados indicando estoques mundiais menores.
SUÍNOS: Exportação reage em novembro, mas preço interno cai
As cotações do suíno vivo e da carne caíram em novembro, pressionadas pela demanda interna enfraquecida. Segundo dados do Cepea, no atacado da Grande São Paulo, os valores médios do último mês recuaram para os menores patamares do período desde 2011, sendo que, para alguns cortes, os preços foram os mais baixos desde 2010. Nem mesmo a reação das exportações em novembro foi suficiente para impedir as quedas nos preços domésticos.
Nas granjas do estado de São Paulo, o suíno vivo foi negociado na média de R$ 4,05/kg em novembro, queda de 6,9% em relação a outubro/15 e de 26,4% no comparativo com novembro/14, em termos reais (descontando-se a inflação pelo IGP-DI). O valor médio de novembro/15 é o menor para o período desde novembro de 2012, quando o quilo do vivo foi comercializado na média real de R$ 3,99.
No atacado da Grande São Paulo, a média da carcaça comum suína foi de R$ 6,05/kg em novembro, 4,8% inferior à de outubro e 24% menor que a de novembro/14. Foi, ainda, o menor valor para um mês de novembro desde 2011, quando a média foi de R$ 5,41/kg (preços deflacionados pelo IPCA).
BOI: Volume exportado recua; preço interno da carne se enfraquece
Depois de subirem por dois meses seguidos, as exportações brasileiras de carne bovina caíram em novembro, elevando o volume disponível no mercado doméstico e reforçando a pressão, ainda que ligeira, sobre as cotações internas. Foram embarcadas 99,8 mil toneladas do produto in natura, volume 8% menor que o de outubro, mas 10,3% superior ao do mesmo período do ano passado, segundo dados da Secex.
No acumulado do ano, o volume de carne bovina in natura exportado está 12% inferior ao de igual período de 2014, somando 975,1 mil toneladas. A receita, por sua vez, continua sendo puxada pela desvalorização do Real, superando em 14,4% a do ano passado e atingindo R$ 14,07 bilhões.
No mercado atacadista da carne com osso da Grande São Paulo, a carcaça casada bovina se desvalorizou 0,7% no acumulado de novembro, encerrando o mês a R$ 9,70/kg – nessa quarta-feira, 2, caiu um pouco mais, para a média de R$ 9,62/kg, segundo dados do Cepea.