SOJA: Cotações se mantêm firmes; clima preocupa
Nesta reta final de cultivo da soja da safra 2015/16, o clima ainda preocupa. Os próximos dias devem ser decisivos para a produtividade da temporada, principalmente em Mato Grosso e no Paraná, primeiros estados a semearem a oleaginosa. No Nordeste do País, o baixo volume de chuva também deixa o sojicultor em alerta.
Além dessas incertezas, o dólar firme também ajuda a sustentar os preços no Brasil. Quanto aos preços, entre 11 e 18 de dezembro, o Indicador da soja Paranaguá ESALQ/BM&FBovespa, referente ao grão depositado no corredor de exportação e negociado na modalidade spot (pronta entrega), subiu 0,64%, a R$ 80,79/sc de 60 kg na sexta.
A média ponderada da soja no Paraná, refletida no Indicador CEPEA/ESALQ, avançou 1,1% em sete dias e fechou a R$ 77,19/sc na sexta, 18
MANDIOCA: Com maior oferta e fecularias em recesso, preço da raiz recua
Choveu menos na última semana e a colheita da mandioca foi retomada na maioria das regiões, ao mesmo tempo em que parte dos produtores teve maior interesse pela comercialização, visando se capitalizar neste período de final de ano. Já a maior parte das fecularias entrou em recesso. Com isso, houve excedente de matéria-prima e os preços da matéria-prima seguiram enfraquecidos.
Em função do período de festas, a liquidez esteve baixa tanto no mercado de fécula quanto no de farinha, também mantendo as cotações pressionadas.
MILHO: Exportações seguem em ritmo intenso
O ritmo intenso de embarques de milho nos últimos meses segue elevando os preços internos, o que pode, inclusive, favorecer o interesse de produtores pelo cultivo do cereal na segunda safra de 2016. Dados da Secex indicam que, nas duas primeiras semanas de dezembro, foram embarcadas 3,11 milhões de toneladas de milho, com ritmo diário de 345,55 mil toneladas.
O volume exportado em apenas 9 dias úteis deste mês representa 90% do embarcado em todo dezembro/14. Assim, caso esse ritmo permaneça, as exportações podem atingir novo recorde mensal, mesmo com as festividades de final de ano. Na parcial de 2015, já foram embarcadas 25,8 milhões de toneladas.
O Indicador ESALQ/BM&FBovespa, referente à região de Campinas (SP), segue no maior patamar desde dezembro/12, em termos nominais. Nos últimos sete dias, subiu 0,9%, fechando a R$ 35,76/saca de 60 kg no dia 18. Se considerados os negócios também em Campinas, mas com prazos de pagamento descontados pela taxa NPR, a média à vista foi para R$ 35,38/sc, também com aumento de 0,88% no mesmo período.