ARROZ: Colheita no RS segue pressionando cotação
Os preços do arroz em casca caíram na semana passada no Rio Grande do Sul, ainda pressionados pelo avanço da colheita no estado. Segundo pesquisadores do Cepea, muitas beneficiadoras demonstram baixo interesse por novas aquisições, negociando lotes apenas quando há necessidade de repor o estoque. Algumas indústrias relatam que as vendas de arroz beneficiado estão enfraquecidas desde o começo de março.
Do lado vendedor, orizicultores também estão retraídos, voltados às atividades de campo – o clima vem favorecendo a colheita nos últimos dias. Apesar de o trabalho de campo ter se intensificado nesta semana, ainda está atrasado em relação à safra 2014/15. Além disso, parte dos orizicultores consultados pelo Cepea sinalizou que a lavoura semeada tardiamente e/ou que foi prejudicada pelas fortes chuvas ainda não está pronta para ser colhida.
De 15 a 22 de março, o Indicador ESALQ/SENAR-RS, 58% grãos inteiros, caiu 1%, fechando a R$ 39,60/saca de 50 kg na terça-feira, 22. No acumulado de março (até dia 22), o Indicador recuou 4,72%
ALGODÃO: Movimento de baixa é interrompido
Depois de seis semanas em queda, os preços internos do algodão em pluma praticamente se estabilizaram nos últimos dias. Segundo pesquisadores do Cepea, a retração das ofertas de parte das tradings e o aumento nos valores pedidos pelos vendedores em geral interromperam a sequência de queda doméstica. Ao mesmo tempo, as fortes oscilações da taxa de câmbio e dos valores internacionais tornaram compradores e vendedores mais cautelosos para novos fechamentos.
Entre 15 e 23 de março, o Indicador CEPEA/ESALQ com pagamento em 8 dias, referente à pluma 41-4, posta em São Paulo, subiu ligeiro 0,63%, fechando a R$ 2,4299/lp nessa terça-feira, 22. Na parcial do mês, contudo, o Indicador acumula retração de 3,75%.
OVOS: Menor oferta e demanda aquecida mantêm preço em alta
A oferta de ovos segue reduzida em muitas regiões acompanhadas pelo Cepea e o consumo, aquecido neste período de Quaresma. Nesse cenário, os preços dos ovos estão em alta. Os elevados altos patamares dos principais insumos da atividade (milho e farelo de soja) também reforçam o posicionamento firme dos produtores.
Entre 11 e 18 de março, a média de preço do ovo tipo extra branco colocado na Grande São Paulo subiu 3,54%, com a caixa de 30 dúzias passando para R$ 91,41 no final da última semana. Em Belo Horizonte (MG), o preço fechou a R$ 93,30/cx, com alta de 4,41%. No Rio de Janeiro, a valorização foi de 3,28%, com os negócios passando para R$ 92,95/cx.