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Commodities nesta Semana: Petróleo e Ouro em Ponto de Inflexão Após Correção

Publicado 22.02.2021, 11:13
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Publicado originalmente em inglês em 22/02/2021

Os estoques de petróleo nos EUA determinarão a direção dos preços do barril nesta semana, já que tanto a produção quanto o refino estão sendo retomados lentamente no Texas e nas Planícies, após as tempestades da semana passada que causaram transtornos e fizeram o petróleo americano voltar a ser cotado abaixo de US$ 60.

Petróleo diário

Os investidores do gás natural, enquanto isso, buscam um ponto ideal entre os níveis superiores de US$ 2 e inferiores de US$ 3 por mmBtu onde possam se posicionar, já que a pior de todas as tempestades de fevereiro parece ter acabado e antes que novas surpresas climáticas aconteçam em março.

Nos metais preciosos, o ouro provavelmente tentará retornar ao patamar de US$ 1.800 por onça, após o colapso da semana passada até as mínimas de junho, abaixo de US$ 1.760, uma vez que tanto a proteção contra a inflação quanto o possível suporte técnico do metal amarelo foram rompidos.

Ouro diário

Ainda nos metais, a expectativa é que o cobre encontre novos pontos de rompimento plurianuais acima de US$ 4 por lb, dando continuidade à sua poderosa corrida de alta das últimas semanas, enquanto a prata também tenta fazer um rompimento para cima, a fim de retomar a força demonstrada na maior parte de fevereiro. Faremos uma análise mais detalhada sobre as perspectivas do cobre e da prata durante esta semana.

Divergências de mercado ligadas ao dólar

No âmbito macro, algumas divergências de mercado devem ocorrer nas commodities após a acentuação da curva de juros nos EUA na sexta-feira, responsável por fazer o dólar subir na segunda. O movimento nas commodities pode ser misto se isso continuar, afirmaram analistas, entre os quais está o estrategista-chefe de mercados asiáticos da OANDA, Jeffrey Halley.

Sobre o petróleo, Halley declarou que, embora o dólar mais brando possa ajudar na recuperação, há outros fatores pesando sobre o West Texas Intermediate e o Brent. Ele disse ainda:

“As quedas de quinta e sexta-feira tiraram a pressão sobrecomprada sobre o Índice de Força Relativa (IFR) em ambos os contratos. A correção pode ser temporária, já que os ralis de hoje voltam a alçá-los à condição sobrecomprada novamente. Ainda que o cenário seja comprador, nem o Brent nem o WTI deverão recapturar as máximas de US$ 65,50 e US$ 62,80 nesta semana.”

Semana antes da reunião da Opep gera preocupação

Halley afirmou ainda que as atenções também estarão direcionadas à reunião técnica da Opep+ na primeira semana de março, na qual a aliança de produtores de petróleo deverá tomar decisões importantes.

“Diante da condição de backwardation no mercado futuro de petróleo, que indica preços mais elevados adiante, a Opep+ precisará decidir se aumentará a produção, já que o shale oil americano pode rapidamente voltar a ganhar participação de mercado. As primeiras indicações são que a Arábia Saudita e a Rússia têm opiniões divergentes”.

O clima extremamente frio no Texas e nos estados da Planície forçou a interrupção da produção de até 4 milhões de barris por dia (mbpd) de petróleo, além de 21 bilhões de pés cúbicos de gás natural, segundo estimativas.

As equipes dos campos petrolíferos deverão levar dias para descongelar as válvulas, reiniciar os sistemas e recomeçar a produzir óleo e gás. As refinarias da Costa do Golfo no EUA estão começando a avaliar os danos às instalações e podem levar até três semanas para restaurar a maior parte das suas operações, de acordo com analistas, devido à perda de pressão de água, gás e pó.

O lento reinício da produção sugere que os preços do petróleo ficarão no terreno positivo nesta semana, após a queda de 2% no WTI e de 1,6% no Brent na sexta-feira.

Dados de estoques nos EUA, possíveis tratativas com o Irã

No entanto, os estoques petrolíferos nos EUA podem crescer pela primeira vez em semanas se a produção não avançar. Isso faz com que o relatório semanal da EIA, agência energética dos EUA, seja extremamente importante para o mercado.

Da mesma forma, qualquer recuperação nos preços do petróleo pode ter vida curta em razão da retomada das negociações entre EUA e Irã para levantamento das sanções ao país persa se este concordar em renunciar ao seu programa de enriquecimento de urânio para construir uma bomba nuclear.

O Irã, no auge da sua produção antes das restrições de Trump, chegou a extrair 4 mbpd e exportou pelo menos metade disso.

Analistas dizem que o impacto da produção de Teerã pode ser mitigado pelos cortes de produção da Arábia Saudita e outros membros e aliados no âmbito da Organização dos Países Exportadores de Petróleo.

Mas os mercados temem que as tratativas nucleares – se e quando elas começarem – possam restringir o rali de três meses no petróleo.

Gás natural perde máximas com melhora nas temperaturas

No mercado de gás natural, as temperaturas mais amenas abriram caminho para o Texas e outras regiões retomarem as atividades, segundo o portal NatGasWeather, perspectiva que pode pesar sobre um mercado que já se afastou das máximas de US$ 3,32 por mmBtu na semana passada.

Em vez de temperaturas de -20 graus, as regiões centro-continental e sudeste podem ter temperaturas na casa dos 30 nesta semana, ainda de acordo com NatGasWeather, sugerindo que menos gás será queimado para calefação.

A instituição afirmou ainda:

“O pior das temperaturas mais frias já passou diante das condições mais moderadas nos próximos dias”.

Ouro pode tentar retornar a US$ 1.800 se dólar ajudar

Para o ouro, o dólar mais fraco será um alívio, facilitando um possível retorno a US$ 1.800 ou níveis um pouco abaixo disso, segundo analistas, inclusive o grafista técnico Sunil Kumar Dixit, da S.K. Dixit Charting em Kolkata, Índia.

Dixit disse ainda:

“Desde que o ouro spot se segure acima de 1762, a projeção de alta aponta para a média móvel exponencial de 50 semanas a 1796, além de 1815 e 1834, níveis referentes às médias de 20 dias e 50 dias”.

Aviso de isenção: Barani Krishnan utiliza diversas visões além da sua para oferecer aos leitores uma variedade de análises sobre os mercados. Como analista do Investing.com, ele apresenta visões distintas e variantes divergentes de mercado.

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