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Commodities nesta Semana: Petróleo Sobe com Demanda nos EUA; Ouro Aguarda Fed

Publicado 23.05.2022, 10:24
Atualizado 02.09.2020, 03:05

Os preços dos combustíveis nos EUA atingiram as máximas históricas nas últimas duas semanas e podem acelerar antes do feriado do Memorial Day, em 30 de maio, potencializando o início da temporada de viagens automotivas no país.

Além da subida contínua dos preços nas bombas de gasolina e diesel nos EUA, o petróleo também pode registrar um forte rali, mesmo diante de dúvidas sobre a seriedade da China em reabrir Xangai após dois meses de bloqueios sanitários, o que pode dificultar o avanço do mercado no maior país importador da commodity.

Petróleo diário

No início desta nova semana de negociações na Ásia, o barril do petróleo West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova York, estava um pouco acima do barril de Brent, reprisando o breve prêmio da semana passada sobre a referência mundial do petróleo.

A drástica virada de sorte do WTI é reflexo de como o mercado está priorizando o petróleo norte-americano sobre seu rival britânico, em vista da diferença entre a oferta e a demanda de praticamente todas as formas de energia nos Estados Unidos.

Nesta madrugada em Nova York, o barril de WTI para entrega em julho girava em torno de US$ 111,20, uma alta de 92 centavos, ou 0,8% no dia.

Já o Brent com entrega no mesmo mês estava cotado a US$ 110,98, uma alta de 99 centavos, ou 0,9%.

“Se o movimento de alta ganhar suporte suficiente das compras, o WTI pode estender o rali até US$ 123,70”, afirmou o analista técnico Sunil Kumar Dixit.

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Ele também alertou que o potencial de alta do WTI dependia muito de os preços permanecerem acima de US$ 108,50. Segundo o analista:

“A perda desse suporte fará com que o WTI caia para US$ 105, o que seria uma invalidação da atual tendência de alta”.

O pico da temporada de viagens automotivas nos EUA começa oficialmente no fim de semana do feriado do Memorial Day, no fim de maio, e termina no Dia do Trabalho, em setembro.

“Os preços do petróleo contam com o suporte dos mercados de gasolina, que continuam apertados em meio à sólida demanda antes do pico de temporada de viagens automotivas nos EUA”, ressaltou Stephen Innes, sócio executivo da SPI Asset Management, em comentários feitos à Reuters.

“As refinarias estão elevando a produção para saciar a sede dos motoristas americanos nas bombas de combustível”.

Apesar do temor de que a disparada dos preços dos combustíveis pudesse prejudicar a demanda, os dados de mobilidade da TomTom e Google (NASDAQ:GOOGL) registraram alta nas últimas semanas, mostrando que mais pessoas pegaram as estradas em países como os Estados Unidos.

Um recuo do dólar na segunda-feira também faria com que os preços do petróleo subissem, já que isso faz com que o petróleo fique mais barato em outras moedas. O Índice Dólar, que compara a moeda americana a outras seis grandes divisas, registrou seu primeiro recuo semanal em seis na semana passada. Na janela asiática de negociações desta segunda-feira, o dólar girava em torno de 102,67 contra a máxima de 20 anos de 105,06 tocada na semana passada.

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Mesmo assim, alguns analistas disseram que a valorização do petróleo foi contida por preocupações com os esforços da China de acabar com a Covid através de bloqueios sanitários, mesmo com o país preparando-se para reabrir Xangai em 1 de junho, após dois meses.

As restrições econômicas na China, maior importadora mundial  de petróleo, afetaram bastante a produção industrial e a construção, abrindo espaço para iniciativas de estímulo à economia, como um corte maior do que o esperado nos juros de financiamento imobiliário nesta sexta-feira.

"Os bloqueios sanitários contra a Covid-19 são um obstáculo transitório na demanda da China, mas, em outros locais, a demanda está se segurando bem”, disseram em nota analistas da ANZ.

No caso do ouro, o contrato futuro com vencimento em junho na Comex estava a US$ 1.852,87 por onça, uma alta de 10,77 centavos, ou 0,6%, estendendo o rali de 2% da semana passada.

Ouro diário

O ouro também se valorizou por conta do recuo no dólar, com o mercado à espera da ata da reunião de política monetária do Fed em maio, a qual deve ser divulgada na quarta-feira.

O analista técnico Dixit disse que o ouro provavelmente testaria nesta semana a marca de US$ 1867, referente ao nível de 38,2% de Fibonacci medido da máxima de US$ 1998 até a mínima de US$ 1787.

“O ouro precisa se firmar acima de US$ 1858 para a continuação do movimento de alta, já que uma fraqueza abaixo desse nível provocará correções para US$ 1836-1825-1800, podendo se estender para os níveis de US$ 1780-1760”, ressaltou Dixit, cujas análise no ouro se baseiam no preço à vista do lingote.

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O que estava reforçando o vigor do ouro era a leitura sobrevendida do indicador estocástico semanal de 20/19, segundo o grafista. “Isso indica um repique”, disse ele.

“No entanto, o movimento dependerá em grande medida do rendimento da nota de 10 anos do Tesouro americano, o qual deve permanecer abaixo de 2,80%, idealmente caindo para a faixa de 2,60% a 2,40%”.

Em Wall Street, o índice S&P 500 flertava com um bear market, fazendo os investidores ficarem de olhos atentos à ata do Fed, para ter uma ideia de quão agressivo será o banco central americano nos próximos meses para combater a disparada da inflação.

O presidente do Fed, Jerome Powell, está confiante de que o banco central dos EUA conseguirá fazer um “pouso suave”, mas Wall Street não está convencida disso, emitindo alertas de sinais cada vez maiores de recessão.

Os estrategistas do Goldman Sachs (NYSE:GS) previram uma chance de 35% de a economia dos EUA entrar em recessão nos próximos dois anos, enquanto os analistas do Wells Fargo (NYSE:WFC) esperam uma leve recessão no país no fim de 2022 e início de 2023.

O Fed já elevou as taxas de juros em 75 pontos-base desde março e os mercados estão precificando um aumento de 50 pontos-base em junho e julho.

Powell prometeu elevar os juros tanto quanto fosse necessário para conter a inflação. A ata mostrará qual é o grau de persistência da inflação esperado pelas autoridades e se a economia é forte o bastante para enfrentar uma política monetária mais restritiva.

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Os investidores estão se preparando para as demonstrações de resultados da Costco (NASDAQ:COST), Dollar General (NYSE:DG) e Best Buy (NYSE:BBY) nas próximas semanas, após resultados decepcionantes castigarem as ações de grandes varejistas, na semana passada, aumentando o medo com as projeções econômicas.

O Walmart (NYSE:WMT), maior varejista dos EUA, e sua rival Target (NYSE:TGT), disseram que, embora o tráfego nas lojas tenha continuado forte, a inflação alta havia começado a deteriorar o poder aquisitivo dos consumidores americanos.

Apesar de os analistas de Wall Street já esperarem que os lucros fossem pressionados pela disparada dos preços dos combustíveis, eles afirmam que foram pegos de surpresa pela rápida mudança dos consumidores para itens básicos de menor margem, em vez de mercadorias mais lucrativas. O que também lhes causou consternação foi o aumento do volume de estoques e os grandes descontos das varejistas.

A combinação dessas preocupações deve favorecer o ouro, que é tradicionalmente visto como uma proteção contra problemas econômicos e políticos, embora essa dinâmica tenha sido prejudicada pela maior alta de juros em uma geração prevista pelo Fed.

Aviso de isenção: Barani Krishnan utiliza diversas visões além da sua para dar diversidade às suas análises de mercado. A bem da neutralidade, ele por vezes apresenta visões e variáveis de mercado contrárias. O analista não possui posições nos ativos e commodities sobre os quais escreve.

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