Energia – Menor crescimento da oferta petrolífera nos EUA
Os preços do petróleo ficaram sob pressão ontem, com o barril de Brent fechando com uma queda de mais de 2,6% na ICE, devido ao aumento de casos de Covid na China e a indicações de que o governo manterá sua rígida política de combate à doença.
Ao mesmo tempo, números do Instituto Americano do Petróleo, divulgados ontem à noite, mostraram que os estoques petrolíferos nos EUA tiveram uma alta de 5,61 milhões de barris na semana passada, enquanto os estoques de gasolina cresceram 2,55 milhões de barris. Já os estoques de destilados recuaram 1,77 milhão de barris, o que contribui muito pouco para diminuir as preocupações com a restrição de oferta em destilados médios, à medida que se aproxima a temporada de calefação.
No curto prazo, o sentimento continua negativo, devido à perspectiva de demanda. O cenário de demanda para 2023, entretanto, está ficando cada vez mais apertado. A Administração de Informações Energéticas dos EUA divulgou sua mais recente Perspectiva de Energia para o Curto Prazo, na qual cortou as expectativas de crescimento da demanda no país para o próximo ano.
A instituição agora prevê que os EUA aumentarão a produção de petróleo em 490 mil de barris por dia ano a ano (a/a), alcançando 12,31 milhões de barris por dia (mbpd) em 2023. Embora seja um número menor do que o do mês passado, as previsões de oferta vêm sendo consistentemente rebaixadas ao longo do ano. Se voltarmos para março, a agência esperava que a produção de 2023 crescesse perto de 1 mbpd, para cerca de 13 mbpd. A indústria americana parece estar focada na disciplina de capital, e não na produção indiscriminada. O que não está ajudando é que os produtores estão relatando a falta de mão de obra e equipamentos, além do aumento dos custos.
O crescimento da oferta abaixo da expectativa nos EUA deixa o mercado mais vulnerável em 2023. Além dos cortes de produção levados a cabo pela Opep+, a oferta petrolífera da Rússia deve cair com a entrada em vigor da proibição à importação de petróleo e produtos refinados do país na UE. O menor crescimento da oferta nos EUA reforça ainda mais a nossa visão de que o barril de Brent atingirá o preço médio de US$ 110 no 4º tri de 2023.
Metais: Codelco propõe aumento de preços do cobre para clientes chineses em 2023
A Codelco, maior mineradora de cobre do mundo, propôs um prêmio de US$ 140/t para as ofertas de 2023 a pelo menos dois clientes chineses, um aumento de 33,3% em relação a este ano, maior patamar desde 2008, de acordo com uma reportagem da Reuters. O prêmio, pago sobre os preços do cobre cotados na Bolsa de Metais de Londres para entrega física de cátodos de cobre na China, é um referencial bastante acompanhado na indústria.
O movimento continua uma tendência de prêmios mais altos. No mês passado, a Codelco e a Aurubis (OTC:AIAGY) aumentaram os prêmios do cobre refinado para 2023 a clientes europeus, devido a expectativas de demanda firme e estoques baixos.
Enquanto isso, a produção de cátodos de cobre na China cresceu 14.2% a/a, de acordo com dados da SMM, embora tenham caído 0,9% m/m, para 901 mil toneladas em outubro, em meio a cortes de energia, restrições relacionadas à Covid e oferta restrita de cobre blister e secundário (sucata).
A produção acumulada de cobre aumentou 2,8% a/a, para 8,51 milhões de toneladas, nos primeiros dez meses do ano. A produção de zinco refinado na China aumentou 3% a/a e 2% m/m para 514 milhões de toneladas em outubro. A produção acumulada caiu 2,5% a/a, para 4,93 milhões de toneladas nos primeiros dez meses do ano.
Agricultura - França revisa para baixo produção de milho
O Ministério da Agricultura da França revisou para baixo sua estimativa de produção doméstica de milho, de 11.4 milhões de toneladas para 11 milhões de toneladas, após condições secas. A expectativa agora é que a produção francesa de milho caia 29% em relação ao ano passado e fique 21% abaixo da média de cinco anos.
Os últimos dados do Ministério da Agricultura da Ucrânia mostram que as plantações de grãos de inverno estão 90% concluídas com 4,3 milhões de hectares plantados. A maior parte disso é trigo de inverno - 3,6 milhões de hectares, enquanto 568 mil hectares e 79 mil hectares de cevada e centeio foram plantados, respectivamente.
Dados semanais da Comissão Europeia mostram que os embarques de trigo macio da UE chegaram a 12,5 milhões de toneladas em 6 de novembro, acima das 11,9 milhões de toneladas no mesmo período do ano passado. Enquanto isso, dada a menor produção doméstica, as importações de milho da UE estão em 10,2 milhões de toneladas, em comparação com 4,64 milhões de toneladas no ano passado.