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Commodities: petróleo atinge mínima de 11 meses com protestos na China

Publicado 28.11.2022, 10:16
Atualizado 02.09.2020, 03:05
  • Manifestações contra restrições sanitárias exigem novo governo na China
  • Estima-se que a demanda de petróleo na China tenha uma queda de 1 milhão de barris por dia (mbpd), afetando inclusive compras da Rússia.
  • Fed acompanha de perto relatório de empregos de novembro nos EUA para decidir sobre próxima elevação de juros.
  • Protestos violentos contra as restrições sanitárias na China, maior país importador de petróleo do mundo, estão exercendo forte pressão sobre a cotação do produto, em meio a uma semana de nervosismo para os operadores, à espera dos dados sobre o mercado de trabalho nos EUA, que podem decidir qual será a próxima elevação de juros pelo Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA).

    Oil Daily

    O barril de Brent, negociado em Londres e que serve de referência mundial, testava o suporte de US$ 80, enquanto o barril de West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova York e que serve de referência para o mercado futuro norte-americano, estava em torno da faixa inferior da região de US$ 70.

    Às 8h15 de Brasília, ambos registravam uma queda de cerca de 3% cada, aprofundando a desvalorização de quase 18% do WTI e de 17% do Brent ao longo das últimas três semanas.

    Hiroyuki Kikukawa, gerente-geral de pesquisa da Nissan Securities, disse o seguinte, em uma entrevista à Reuters:

    “Além das preocupações cada vez maiores com a demanda mais fraca de combustíveis na China, devido ao aumento dos casos de Covid-19, a incerteza política, causada pelos raros protestos no país, provocados pela rígida política de restrições sanitárias na Xangai, intensificou as vendas”.

    “Fora, presidente Xi!”

    Ocorreram protestos em cidades e centros universitários ao redor da China neste fim de semana, com cidadãos frustrados e revoltados tomando as ruas em grandes manifestações contra a política de “Covid zero” do governo, segundo reportagem do Washington Post. Moradores de Xangai, cidade mais populosa da China, entoavam desde gritos como: “Queremos liberdade!” e “Desbloqueiem Xinjiang, desbloqueiem toda a China!” até exigências mais veementes, como: “Fora, Xi Jinping!”  e “Fora, Partido Comunista!”, diante do aumento do descontentamento público, informou o Post.

    As expectativas de retomada da demanda petrolífera da China estão desvanecendo, por conta do aumento de casos diários de Covid, que atingiram níveis recordes, levando as autoridades a intensificar as medidas de contenção e as restrições a deslocamentos. De acordo com o banco ANZ (ASX:ANZ) (NZ:ANZ), que atua na Austrália e Nova Zelândia, o aumento de novas infecções já afetava a mobilidade e a demanda de combustíveis na China, onde se estima que  o consumo deva registrar uma queda de 1 mbpd, abaixo da média, para 13 mbpd.

    Em meio a esse complexo pano de fundo, algumas refinarias chinesas também estavam evitando compras de carregamentos do petróleo russo mais barato, enquanto os operadores aguardavam mais detalhes sobre o plano do G7 de estabelecer um teto para o petróleo da Rússia, em conjunto com sanções da União Europeia (UE), no dia 5 de dezembro.

    Diplomatas dos dois grupos vêm discutindo um teto de preços para o petróleo da Rússia na faixa de US$ 65 a US$ 70, mas ainda não conseguiram chegar a um acordo, de acordo com a Reuters.

    O objetivo do G7 e da UE é restringir a receita petrolífera passível de uso por Moscou na ofensiva militar contra a Ucrânia, sem provocar transtornos nos mercados petrolíferos, mas o nível proposto está em linha com o que os países asiáticos já estão pagando.

    “Se esse teto sugerido de preços permanecer acima daquele que o mercado havia inicialmente imaginado, a impressão geral será que o Kremlin reagirá de forma menos agressiva em termos de restrição de exportações e produção”, declarou John Kilduff, sócio-fundador do fundo de hedge de energia Again Capital, de Nova York, ao Investing.com.

    “Isso seria negativo para o petróleo”.

    Apesar da perspectiva extremamente baixista para o petróleo até novembro, os operadores com posições tomadas (compradas) esperam que a Opep+ tome ações corretivas em 4 de dezembro, quando deve se reunir a aliança formada pelos 13 países que integram a Organização dos Países Exportadores de Petróleo, liderada pela Arábia Saudita, mais 10 aliados produtores de petróleo comandados pela Rússia.  O grupo já concordou em cortar a produção em 2 mbpd até o fim do próximo ano, a fim de alçar os preços dos barris de Texas e Brent, que já recuaram cerca de 40% em relação às suas máximas de março.

    Na semana passada, o ministro de Energia da Arábia Saudita, Abdulaziz bin Salman, indicou que a Opep+ provavelmente realizaria outro corte de 2 mbpd na semana que vem.

    Ainda que não se possa descartar uma queda maior nos preços do petróleo norte-americano, a extensão dessa queda deve ser limitada à média móvel simples de 200 meses de US$ 72,50 e a média exponencial de 50 meses de US$ 71, declarou Sunil Kumar Dixit, estrategista-chefe do site SKCharting.com.

    “Esses níveis podem defender o WTI contra mais quedas e permitir que retorne ao suporte rompido, transformado em zona de resistência”, explicou Dixit.

    Ele declarou ainda que uma análise mais aprofundada da ação dos preços do WTI indicava uma “possibilidade bastante grande” de um repique de curto prazo desde as áreas de suporte de US$ 72 e 70.

    Se houver uma extensão do movimento de alta, o WTI teria como alvo a MMS de 100 semanas a US$ 81,50 e a MME de 50 dias a US$ 85,50, seguidas da MME de 50 semanas a US$ 89,50, acrescentou.

    O relatório de emprego de sexta-feira nos EUA referente ao mês de novembro será o principal destaque da próxima semana, com os investidores esperançosos de que o Fed em breve reduzirá o ritmo de alta de juros.

    As manifestações do presidente da instituição, Jerome Powell, no Instituto Brookings na quarta-feira serão acompanhadas de perto. Os dados de inflação na zona do euro também estarão em destaque, assim como os números de PMI na China, em meio a preocupações com o ressurgimento de casos de Covid no país.

    As expectativas são que o Fed em breve reduza o ritmo de elevações agressivas de juros, com base na ata da última reunião do comitê de política monetária do país, divulgada na semana passada. O relatório de empregos de sexta-feira, referente a novembro, colocará essas expectativas em teste.

    Os economistas esperam que a economia dos EUA crie 200.000 novos empregos, o que seria o menor aumento desde dezembro de 2020.

    O relatório de empregos também deve mostrar que o crescimento dos ganhos por hora trabalhada está se moderando, enquanto a taxa de desemprego deve permanecer estável, um pouco acima da mínima de cinco décadas de 3,7%.

    Esse será o último relatório de empregos antes da reunião final do Fed no ano, em dezembro.

    Mas os investidores têm razões para manter a cautela: cinco dos últimos seis relatórios de empregos vieram mais fortes do que o esperado e outra leitura nesse sentido poderia gerar problemas para as ações dos EUA.

    Embora Powell tenha indicado que o Fed possa reduzir o aumento de juros no mês que vem, também apontou que possivelmente seria necessário que as taxas ficassem mais altas do que as autoridades monetárias inicialmente pensavam no próximo ano. Também devem se pronunciar o presidente do Fed de St. Louis, James Bullard, e o presidente do Fed de Nova York, John Williams, na segunda-feira.

    O calendário econômico também prevê o PMI industrial e o indicador favorito de inflação do Fed, o núcleo do índice de gastos com consumo pessoal (PCE), a serem divulgados na quinta-feira.

    Outros relatórios a serem apresentados na semana são as contratações do setor privado da ADP, pedidos iniciais de seguro-desemprego, confiança do consumidor e o o Livro Bege do Fed.

    Aviso: Barani Krishnan utiliza diversas visões além da sua para dar diversidade às suas análises de mercado. A bem da neutralidade, ele por vezes apresenta visões e variáveis de mercado contrárias. O analista não possui posições nos ativos e commodities sobre os quais escreve.

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