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As commodities tiveram uma alta generalizada em novembro, impulsionadas por fatores climáticos e comerciais, com destaque para prata, arroz e cacau.
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O mercado de prata teve um desempenho positivo, influenciado pela desvalorização do dólar americano e pela expectativa de mudança de política do Fed, podendo testar os maiores níveis do ano.
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Os preços do arroz dispararam devido às restrições de exportação da Índia, que afetaram os mercados globais, enquanto os preços do cacau subiram por causa das condições climáticas adversas na África Ocidental, mirando recordes históricos.
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Novembro foi um mês de alta para a maioria das commodities essenciais de alimentos, metais industriais e preciosos, com exceção de níquel e aveia. Os principais impulsionadores dessa tendência foram as condições climáticas e as restrições comerciais, que exerceram pressão sobre os preços das commodities nos mercados globais.
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Um fator proeminente que influenciou esse cenário foi o fenômeno conhecido como "El Niño", um evento atmosférico que se desenvolve principalmente nas águas do Pacífico, mas que tem um impacto notável nos padrões climáticos globais.
1. Prata mantém impulso altista
Com a deflação em curso e a expectativa de mudança de política do Fed em maio do próximo ano, a desvalorização do dólar americano continua. Um dólar mais fraco favorece a alta dos preços de metais como ouro e prata, onde uma clara tendência de alta é observada. Atualmente, o preço da prata está se aproximando de uma forte zona de resistência em torno de US$ 25,40 por onça.
Se a demanda conseguir romper essa região, abre-se caminho para testar os maiores níveis do ano em torno de US$ 26,40 por onça. Considerando a falta de argumentos para o fortalecimento do dólar no contexto dos dados macroeconômicos recebidos, o cenário de alta parece mais provável. Também é essencial monitorar potenciais níveis de suporte para acompanhar a tendência de alta em caso de correção, sendo notável o suporte local em torno de US$ 24,10 por onça.
2. Índia mantém restrições comerciais de arroz
Entre as commodities alimentares básicas, o preço do arroz teve o maior aumento percentual, chegando a quase 8% no último mês. Um dos fatores que contribuíram para isso foram as restrições de exportação da Índia em relação ao arroz (proibição de exportação de variedades além do basmati) pelo menos até o início do próximo ano.
Isso está relacionado à alta dos preços no mercado doméstico, especialmente na preparação para as próximas eleições. A economista Sonal Varma, do Banco Nomura, alerta que as restrições podem persistir mesmo após as eleições se os preços permanecerem muito altos. Isso naturalmente sustenta a pressão da demanda, que pode levar a um ataque ao próximo alvo técnico em torno dos maiores níveis locais de junho e julho deste ano.
Nos últimos anos, a Índia se tornou um dos maiores produtores de arroz do mundo, tornando qualquer perturbação em seu mercado de impacto global.
3. Condições climáticas desfavoráveis podem causar escassez de cacau
A África Ocidental, especificamente a Costa do Marfim e Gana, desempenha um papel crucial na produção global de cacau, cultivando aproximadamente 75% do volume global desta commodity. Este ano, condições climáticas adversas, como tempo seco e quente durante um período crítico de crescimento, são atribuídas ao fenômeno “El Niño”. Portanto, desde o início do mês, os preços do cacau subiram pouco mais de 10%, atingindo os níveis mais altos em décadas.
Onde procurar níveis-alvo para o lado da demanda? Parece que os compradores têm amplo espaço para crescimento adicional, com o alvo principal sendo as máximas dos anos 1970 na vizinhança de US$ 5300.
Conclusão
Em resumo, novembro vê um contínuo impulso ascendente para várias commodities, impulsionado por fatores relacionados ao clima e restrições comerciais. Prata, arroz e cacau se destacam como os principais vetores no cenário de commodities deste mês.
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Aviso: Este artigo tem fins meramente informativos e não constitui qualquer oferta ou recomendação de investimento.