Não é segredo para ninguém que as eleições norte-americanas estão no foco dos investidores de todo o mundo neste momento. Se você investe e não está acompanhando o assunto, saiba que deveria. O pleito acontecerá no dia 3 de novembro e os rumos da maior economia do planeta – e dos seus investimentos - podem ser bem distintos de acordo com o resultado das urnas. Por isso, leia este artigo até o fim.
Neste momento, as pesquisas indicam a vantagem de Joe Biden por uma margem próxima de 7 pontos percentuais e uma tendência de retenção de votos em boa parte dos estados mais importantes do colégio eleitoral americano.
No entanto, o cenário atual era pouco provável antes da pandemia, com Trump ainda como favorito. Diante da nova perspectiva, alguns fatores começaram a influenciar a disputa como o avanço do coronavírus nos EUA, os resultados da economia e os crescentes protestos contra o racismo.
Essas questões foram importantes para favorecerem Joe Biden e desenharem o cenário atual. De acordo com alguns analistas, a tendência nas próximas semanas é de estabilidade ou melhora dos indicadores econômicos e de saúde.
Contudo, o que acontecerá com os Estados Unidos dependerá e muito da composição do Congresso norte-americano. Caso o vencedor do pleito não tenha apoio de ambas as Casas será difícil conseguir a implementação de políticas mais profundas como o tão falado aumento nos impostos defendidos por Biden.
Antes da pandemia, muitos acreditavam em um Congresso dividido com a Câmara nas mãos dos Democratas e Senado comandado por Republicanos. A questão é que com todas estas mudanças, as disputas pelas Casas ficaram mais uma vez em aberto.
Algumas projeções mostram o Ibovespa acima dos 110 mil pontos tanto com Biden quanto com Trump eleitos. Como eu disse anteriormente, o que deve alterar este cenário é a composição das casas legislativas.
Mas o que pode acontecer com os seus investimentos no Brasil?
Caso as eleições terminem com vitória expressiva de Biden e Senado comandado por Democratas, dificilmente o Ibovespa não seria afetado de forma negativa de acordo com algumas projeções.
Além disso, há uma discussão em torno da Guerra Comercial envolvendo Estados Unidos e China. Atualmente os chineses não estão comprando commodities americanas como soja e carne. Esta demanda vem sendo atendida, em partes, por empresas brasileiras listadas em bolsa.
Desta forma, caso Biden vença e saia um acordo em relação ao tema, os chineses podem, eventualmente, voltar a negociar os produtos com as empresas americanas deixando o Brasil em segundo plano.
Restam pouco mais de 30 dias para que o mundo conheça o resultado e o cenário ainda está dominado por incertezas. Se você não sabe bem qual estratégia seguir, eu recomendo que procure a ajuda de um profissional. E, claro, não deixe de se informar e estudar sobre o mercado.