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Como Entender a Avaliação de Mercado das Ações do S&P 500?

Publicado 11.12.2020, 09:48

Este artigo foi escrito exclusivamente para o Investing.com. Publicado originalmente em inglês em 11/12/2020

As ações ao redor do mundo não pararam de subir desde março. Trata-se de um rali impulsionado pela liquidez, responsável por fazer as empresas com as maiores taxas de crescimento de lucro atingirem as mais elevadas avaliações de mercado em décadas. Até mesmo o S&P 500 viu sua relação P/L disparar acima de 20, com base nas estimativas de resultado de 2021.

Quem é responsável por isso são os juros superbaixos gerados pela agressiva política monetária para enfrentar a pandemia de coronavírus. Isso fez com que os investidores buscassem novas formas de avaliar as ações e o mercado de forma geral. Mas, apesar de essas métricas criativas terem ajudado a impulsionar o mercado, elas não mudam a realidade da situação: as ações estão historicamente supervalorizadas.

S&P 500 ante o PIB dos EUA

Perceba que o S&P 500 está sendo negociado bem acima de 150% do PIB dos EUA, seu nível mais alto de todos os tempos. E sim, o PIB americano se recuperará forte nos próximos anos, superando as máximas de 2019 de quase US$ 20 trilhões. Mas deve levar algum tempo para ultrapassar US$ 30 trilhões, que é a capitalização de mercado de todo o S&P 500 atualmente.

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Sendo criativo

Sem dúvida, se recorrermos à criatividade, seria possível defender que o S&P 500 irá mais do que dobrar em relação ao seu nível atual de 3.700 neste mundo de juros baixos. Considere, por exemplo, o dividend yield do S&P em torno de 1,5%, que está 60 pontos-base acima da taxa do título de 10 anos do Tesouro americano.

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Historicamente, essa métrica do S&P 500 apresenta um desconto em relação ao treasury de 10 anos. Apoiando-se nessa lógica, o S&P 500 teria que subir muito mais para fazer seu dividend yield ficar a 90 pontos-base ou abaixo disso. Nos últimos doze meses, o S&P 500 tem um dividendo em dinheiro de cerca de US$ 58,85, ou seja, esse índice de mercado precisaria subir até cerca de 6.500. 

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O outro lado da mesma moeda

Utilizando o método da taxa de rendimento do S&P 500, é possível constatar que o índice é negociado a 4,5% com base em estimativas de resultados de cerca de US$ 165 por ação em 2021. Ou seja, o S&P 500 é negociado a cerca de 22,5 vezes essas estimativas de lucro em 2021. Mas, pegando a taxa de rendimento e comparando-a à taxa do treasury de 10 anos, percebemos que o spread é de cerca de 3,6%. Esse spread está exatamente em linha com o nível em que o S&P 500 se encontrava em janeiro, antes da pandemia de coronavírus.

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Mas, ironicamente, mesmo sendo negociado ao mesmo valuation que a taxa do treasury de 10 anos com base no rendimento das ações, se considerarmos sua relação P/L, o S&P 500 está muito mais caro do que em janeiro, quando essa métrica estava a 19 vezes as estimativas de resultados para um ano.

O inverso de 1999

Isso cria um problema interessante e complexo. Se o múltiplo prospectivo de resultados a 22 está muito caro, isso faz com que a taxa de rendimento ajustada a juros baixos seja correta ou sustentável? Será que o mercado criou uma nova forma de avaliar o S&P 500 e as ações, em geral, para justificar essa incrível alta?

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Observando o problema de outra perspectiva, a taxa de rendimento de hoje do S&P 500 só ficou igual ou inferior ao seu nível atual em outro período desde 1985. Evidentemente, só faria sentido se esse período tivesse ocorrido em 1999 e 2000.

Ironicamente ou não, esse foi outro período em que os investidores estavam tentando compreender os valores excessivos do mercado de ações. Naquele período, os juros estavam elevados. Mesmo assim, a economia estava a todo valor, com altíssimas taxas de crescimento, novamente justificando as elevadas relações P/L, o que é o inverso da taxa de rendimento.

Chame isso de coincidência se achar melhor. Mas as similaridades são impressionantes. Os mesmos valuations superelevados e uma narrativa exatamente oposta. Usando o inverso da mesma métrica de valuation, com o mundo sem crescimento e juros baixos de hoje, em comparação com o forte crescimento e os juros elevados de 1999.

Não importa o elevado P/L ou a baixa taxa de rendimento, é a mesma coisa, mas dita de forma diferente.

Últimos comentários

bom texto interessante, no fritar dos ovos qual sua projeção, eu penso que ficar vendido está mais seguro, mesmo porque pelas linhas de borlinguer, IBOV vai cair em breve
bom texto interessante, no fritar dos ovos qual sua projeção, eu penso que ficar vendido está mais seguro, mesmo porque pelas linhas de borlinguer, IBOV vai cair em breve
Tudo especulação
Fique vendido entao. Me deixa ganhar com a tendência rsrs
tendência é sempre o principal parâmetro para decisão, cuidado com efeito manada, qd os grandes players resolverem realizar, esteja fora de papéis
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